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Skylake: o que você precisa saber sobre os processadores Intel Core de 6ª geração (mais 3 notícias)

Skylake: o que você precisa saber sobre os processadores Intel Core de 6ª geração (mais 3 notícias)

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Skylake: o que você precisa saber sobre os processadores Intel Core de 6ª geração

Posted: 05 Aug 2015 02:25 PM PDT

Core i7 - Skylake

É oficial: a era Skylake acaba de começar. Nesta quarta-feira (5), na Gamescom 2015, a Intel anunciou os dois primeiros modelos da sexta geração de processadores Core: os chips Core i5-6600K e Core i7-6700K. A espera teve alguma coisa de rumor e expectativa, mas não foi em vão. Tudo indica que os chips Skylake não vão decepcionar.

Novo socket e memórias DDR4

Assim como as unidades Broadwell (a geração atual), os chips Skylake são baseados em tecnologia de fabricação de 14 nanômetros (a próxima geração também terá essa litografia — explicamos tudo aqui). Mas, nos demais aspectos, muita coisa muda.

Para começar, os chips Skylake utilizam um padrão de conexão ligeiramente diferente (um pino a mais, basicamente), o socket LGA 1151. Isso significa que você não poderá instalar os novos processadores em placas-mãe com LGA 1150, por exemplo. A recíproca é verdadeira: processadores Core das gerações anteriores não são compatíveis com o novo socket.

Chip Skylake

Outra mudança notável é o foco que os novos processadores dão para as memórias DDR4. A Skylake é uma arquitetura de transição, digamos assim, então ainda haverá compatibilidade com módulos DDR3. Mas, provavelmente, teremos muito mais placas-mãe com DDR4. Memórias DDR3 deverão estar mais presentes em laptops, pelo menos inicialmente.

Quer dizer então que a Intel vai nos forçar a comprar novas memórias se tivermos que fazer um upgrade? Se você quiser extrair o máximo potencial dos novos chips, sim, mas eu não vejo isso de modo negativo. A transição faz sentido. Memórias DDR4 consomem menos energia (por padrão, trabalham com 1,2 V), têm taxas de transferência mais altas e são mais densas, ou seja, dá para contar com mais gigabytes no mesmo módulo.

É verdade que as memórias DDR4 são mais caras, mas os preços devem baixar à medida que a fabricação dos módulos aumentar.

Overclock

Na nova geração, a Intel não quer dificultar (muito) a vida dos amantes de overclock. Os processadores Skylake (pelo menos os modelos mais poderosos) virão com multiplicador liberado e completo acesso ao BCLK (clock base). Também há mais liberdade para overclock de memória.

Skylake - overclock

Tem mais: com os chips Haswell, a Intel passou a adotar o FIVR (Fully Integrated Voltage Regulator). Isso significa que o regulador de voltagem deixou de estar presente na placa-mãe para ser integrado ao processador. Teoricamente, essa abordagem permite controle mais preciso da alimentação elétrica e reduz os custos de fabricação da placa-mãe. Só que a geração Skylake deixou de incorporar o FIVR.

Para muita gente, essa é uma ótima notícia. Apesar das aparentes vantagens, muitos heavy users acreditam que o FIVR atrapalha o overclock por fazer o processador gerar mais calor e dificultar a mudança de determinados parâmetros.

Não é do feitio da Intel dar enfoque ao overclock dessa maneira. Provavelmente, a mudança de comportamento é uma estratégia para a companhia se aproximar ainda mais do público gamer. Mas há um detalhe importante: inicialmente, o real aproveitamento do overclock só será possível com o também novo chipset Intel Z170.

Chipset Intel Z170

Obviamente, o componente não foi pensado só para dar acesso a parâmetros de overclock. O chipset também se destaca por trazer Thunderbolt 3.0, PCI Express 3.0 (até 20 pistas), RAID baseado em dispositivos com conectores M.2, SATA de 6 Gb/s, até 14 portas USB 2.0 e máximo de dez conexões USB 3.0. Pode haver suporte a USB 3.1, mas isso dependerá de controladores instalados na placa-mãe pelo fabricante.

GPU

Pelo jeito, a Intel já entende como regra a integração de GPUs aos seus processadores. Na nova geração não é diferente. Os chips Core i5-6600K e Core i7-6700K, por exemplo, virão com a igualmente nova GPU Intel Graphics HD 530.

Ambos os processadores são de alto desempenho e devem atender especialmente aos gamers de plantão, público que, invariavelmente, equipa suas máquinas com placas de vídeo poderosas. Assim, é pouco provável que os jogadores se interessem pela GPU integrada. Provavelmente, o recurso servirá como “quebra-galho”.

A Intel Graphics HD 530 suporta DirectX 12, resolução 4K e até três transmissões de vídeo ao mesmo tempo, por exemplo. Fraca, portanto, a GPU não é. Mas jogos mais pesados certamente exigirão chips gráficos mais parrudos.

Core i5-6600K e Core i7-6700K

Core i5-6600K e Core i7-6700K

Nas demais especificações, o Core i5-6600K conta com quatro núcleos, clock de 3,5 GHz (3,9 GHz em Turbo Boost), cache L3 de 6 MB e TDP de 91 watts. Não há suporte a HyperThreading, porém.

Já o Core i7-6700K é um chip quad-core com frequência de 4 GHz (4,2 GHz em Turbo Boost), cache L3 de 8 MB e, novamente, TDP de 91 watts. O HyperThreading está presente nesse modelo.

Ambas as novidades chegam ao mercado até o final do trimestre. O Core i5-6600K terá preço de US$ 243; o Core i7-6700K, de US$ 350. Mas esses são valores considerados para lotes de mil unidades. Para nós, meros mortais, os processadores custarão bem mais (principalmente no Brasil, você sabe como é).

Core i5-6600K e Core i7-6700K

Mas essa é só a largada. Ao longo dos próximos meses, a Intel deve anunciar mais processadores Skylake, inclusive mais baratos. Podemos esperar mais novidades (incluindo outros detalhes da nova geração) na próxima edição do Intel Developer Forum, marcada para o próximo dia 18.

Valerá a pena migrar? Esse é o tipo de pergunta que merece um “depende”. Se você tem um computador mais antigo (com processador Sandy Bridge ou Ivy Bridge, por exemplo), é uma ideia a se considerar. Se não, talvez seja melhor esperar um pouco mais. Pelo o que já apontam alguns benchmarks, o ganho de performance das unidades Skylake não deve superar 10% na comparação com as gerações anteriores — os chips Broadwell e Haswell.

Com informações: ExtremeTech, AnandTech, Ars Techica 

Skylake: o que você precisa saber sobre os processadores Intel Core de 6ª geração










LG G4: o grande acerto da LG

Posted: 05 Aug 2015 01:02 PM PDT

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O segmento de smartphones topo de linha nunca esteve tão bem servido. A Samsung abandonou o criticado acabamento de plástico e mostrou um belo design na linha Galaxy S6. A Apple se curvou ao mercado e passou a oferecer telas maiores nos iPhones. A Motorola finalmente está prometendo câmeras boas em seus aparelhos. É nesse momento que a LG tentará conquistar o público com o G4, sucessor do elogiado G3.

A nova geração do flagship da LG traz alguns upgrades no poder de processamento, mas foca especialmente na qualidade das câmeras, com sensor de 8 megapixels na frontal e uma ainda incomum lente de abertura f/1,8 na traseira. A sul-coreana também atualizou a tela levemente curvada de 5,5 polegadas e está usando o novo processador hexa-core Snapdragon 808.

Como o G4 se sai no uso diário? Eu te conto nos próximos parágrafos.

Design e tela

Tive acesso a duas unidades do G4. A primeira, em meados de junho, com design de plástico. A segunda, na última semana, com acabamento de couro. Na prática, a diferença entre as versões é pequena, porque apenas a tampa traseira é alterada. Não há nenhuma sofisticação adicional no resto da carcaça do smartphone de couro, o que não impediu a LG de cobrar 100 reais a mais por esse pequeno diferencial.

Embora a tela de 5,5 polegadas esteja acima do que julgo confortável para manuseá-lo com uma mão, a LG fez um bom trabalho em reduzir ao máximo a moldura em torno do display, o que deixa a pegada menos desconfortável — mas não quer dizer que seja boa; é um retrocesso em relação ao G3 e G2, que eram mais estreitos e agradáveis de segurar.

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O G4 segue o conceito que estamos vendo desde o G2: não há nenhum botão liga/desliga ou controle de volume na lateral, apenas na traseira. É uma abordagem que gosto bastante, já que meus dedos ficam naturalmente nesse local; isso também ajuda no momento de ajustar o volume enquanto o smartphone estiver no bolso da calça. Claro que o software também colabora: se o aparelho estiver sobre uma mesa, com os botões inacessíveis, basta dar dois toques rápidos e a tela será ligada.

Mas, embora o acabamento do G4 não seja particularmente ruim, na geração atual a LG ficou atrás de Samsung e Apple, que adotaram materiais mais sofisticados em seus flagships. A versão de plástico do G4, certamente a mais vendida pelo preço inferior e maior disponibilidade, é apenas medíocre (no sentido original da palavra) e uma baixa em relação ao G3, que trazia um elegante acabamento lembrando aço escovado. O design da LG na época do Optimus G me agradava mais.

Ao retirar a tampa traseira, vemos a bateria removível de 2.900 mAh, um slot para o Micro-SIM da operadora e uma importantíssima entrada para microSD. É legal ver que a LG ainda se preocupa com essa questão, já que até a rival Samsung deixou de lado a expansão de memória no Galaxy S6. Para quem faz questão de carregar muitas músicas e vídeos no smartphone, o G4 ainda é uma das poucas opções que restam no mercado.

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A tela, um componente que sempre elogiei nos aparelhos mais caros da LG, continua excepcional. O G4 possui a melhor tela LCD de smartphone que já passou pelas minhas mãos, com ângulo de visão impecável, nível de preto excelente dentro das limitações da tecnologia e brilho e cores mais vivas que no G3, mas sem exagerar na saturação. A definição, em um display de 5,5 polegadas com resolução de 2560×1440 pixels, dispensa comentários adicionais.

No G4, a LG adotou uma nova tecnologia chamada IPS Quantum Display, que promete cores mais fiéis de acordo com os padrões do Digital Cinema Initiatives (DCI), um grupo formado por estúdios de cinema; e melhorias físicas no painel, que passou a combinar sensor de toque e LCD em camada única pela primeira vez numa tela Quad HD. Deu certo? Aparentemente, sim.

Software

Eu nunca fui um grande fã do software da LG, e a nova UX 4.0 faz pouca coisa para mudar essa opinião. A interface está muito parecida com a anterior, mas melhor adaptada ao Material Design do Android 5.1 Lollipop. Mesmo assim, ainda há os ícones quadrados de cantos retos que contrastam com os de outros aplicativos e os recursos que não funcionam a contento.

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Ao deslizar o dedo para a direita na tela inicial do launcher da LG, não é mostrado o Google Now, mas o Smart Bulletin. Essa tela mostra alguns recursos da LG, como LG Health (aplicativo de saúde) e Smart Tips (dicas de como usar algumas funções), além do player de música e calendário. Ele só faria algum sentido se adicionasse algo em relação ao Google Now, ou fosse melhor em alguma coisa. Mas é apenas um bloatware que parece ter sido feito para não deixar os desenvolvedores da empresa ociosos.

Há um recurso chamado Janela Dupla, que permite o uso de dois aplicativos ao mesmo tempo, dividindo a tela grande de 5,5 polegadas. Assim como nos smartphones anteriores da LG, esse recurso continua ruim: há suporte a poucos aplicativos (os nativos, desenvolvidos por Google e LG), que são exibidos em uma grade pré-definida.

As intenções da LG em desenvolver alguns diferenciais no Android parecem ser boas, mas a execução é ruim. Há inconsistências de design por todo lado, diferenciais que seriam bons no papel e na prática não funcionam como deveriam, recursos que parecem inacabados. Esses problemas permanecem na LG há anos, desde que os Androids da marca se chamavam Optimus e, enquanto Samsung e Motorola aprimoraram significativamente seus softwares, não houve grandes avanços na LG.

Câmera

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Depois de criticar o software da LG, vale uma pausa para elogiar… o software. Mais especificamente o aplicativo da câmera, que consegue agradar a todo mundo. No modo simples, parecido com o que vemos na Motorola, basta tocar na tela para tirar a foto e usar gestos para alternar entre câmeras. O modo básico adiciona alguns atalhos para configurar o HDR, flash e temporizador. E o modo manual, o mais bacana de todos, permite configurar tudo, incluindo ISO e velocidade do obturador.

O modo manual não será usado por muitas pessoas, mas é ótimo para quem gosta de ter controle maior sobre a imagem e possui algum conhecimento técnico em fotografia. É possível ajustar, de maneira fina, balanço de branco (em Kelvin), distância de foco, ISO (de 50 a 2700) e tempo de exposição (de 1/6000 a 30 segundos). Na parte superior, há um histograma e até um fotômetro. Lembra bastante o aplicativo de câmera dos Lumias — só que mais rápido e muito melhor. Em um smartphone com lente f/1,8, ter tanto controle sobre a foto é sensacional. Ponto para a LG.

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Mas, para quem deseja apenas tirar fotos e não quer lidar com o modo manual, o G4 não decepcionará — muito pelo contrário. A câmera consegue reproduzir cores que agradam e mantém um nível de definição das imagens bem impressionante para um smartphone. As fotos noturnas e em ambientes internos também ficam acima da média, provavelmente ajudadas pela lente de grande abertura.

Abaixo você confere algumas fotos de teste:

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A câmera frontal, com sensor de 8 megapixels, também fica acima da média. Na minha selfie (em modo paisagem e com um monte de objetos atrás para avaliar melhor a definição do sensor) dá para ver claramente as teclas do teclado do notebook e outros pequenos itens, o que era impensável para uma câmera frontal até algum tempo atrás:

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Se você procura um smartphone e faz questão de câmera boa, certamente ficará bastante satisfeito com o G4.

Hardware e bateria

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A LG gerou uma pequena sensação negativa no lançamento do G4 pelo uso do Snapdragon 808, um processador hexa-core da Qualcomm, com dois núcleos Cortex-A57 de 1,82 GHz e quatro Cortex-A53 de 1,44 GHz. É um dos melhores chips do mercado, mas essa característica foi estranha porque o G Flex 2 já vinha com Snapdragon 810, que está um patamar acima.

O que isso muda na prática? Pouca coisa. Nos benchmarks sintéticos, há alguma perda nos números, especialmente nos gráficos, que são providos por uma Adreno 418, levemente inferior à Adreno 430. Na prática, no entanto, eu não tive nenhum problema com travadinhas, os aplicativos sempre abriram rapidamente (a RAM de 3 GB ajuda bastante) e todos os jogos famosos por aqui (Dead Trigger 2, Modern Combat 5 e Real Racing 3) rodaram muito bem, com ótima qualidade gráfica.

O que eu não tive foram as engasgadas incômodas e inexplicáveis do G Flex 2 e o temido superaquecimento que afetou as primeiras unidades do Snapdragon 810. Então, acho que está tudo bem.

As principais fabricantes têm conseguido colocar bons alto-falantes em seus smartphones. Não é diferente com o G4: a qualidade sonora é ótima e o nível de volume está suficientemente alto para incomodar muitas pessoas no transporte público. Mas a LG traz um adicional na caixa: os novos fones QuadBeat 3. Eles emitem bom som, com ênfase nos graves como o nome sugere, e possuem um fio com acabamento reforçado — que, pelo menos no meu caso, também ajudou muito a evitar embolamentos.

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A bateria do G4, com capacidade de 2.900 mAh, dá conta do recado. Para fins de comparação, eu repeti quase as mesmas atividades do teste do G Flex 2: tirei o G4 da tomada às 10h40, ouvi áudio por streaming (Spotify e Pocket Casts) no 4G por 2h30min e naveguei na web (emails, sites e redes sociais) por cerca de 2h. A tela ficou ligada por exatamente 2h17min. Às 19h20, ainda restavam 28% — mais que os 13% do G Flex 2, que tem bateria de 3.000 mAh.

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É curioso que haja uma diferença boa de autonomia com um hardware bem parecido, apenas trocando o Snapdragon 810 pelo Snapdragon 808. Também é bom saber que, mesmo com uma tela de resolução exagerada, a LG continua mantendo uma autonomia bem decente nos topos de linha, embora não surpreenda tanto quanto na época do G2.

Conclusão

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O G4 é o Android mais bacana com que tive contato nos últimos meses. Alguns pontos precisam ser refinados, como o software e o design, mas a LG conseguiu produzir um smartphone bastante equilibrado, com os melhores componentes do mercado. A tela, um componente que a LG sempre conseguiu fabricar muito bem, é excelente. A câmera, que costumava ser muito abaixo da concorrência nos aparelhos antigos, está ótima.

No Brasil, o G4 foi lançado por R$ 3.099 (plástico) e R$ 3.199 (couro). São preços muito altos, mas na prática nós sabemos que qualquer smartphone da LG se desvaloriza de uma forma assustadora: menos de três meses após o lançamento, é fácil encontrar o G4 por R$ 2,1 mil à vista em grandes redes de varejo. O mesmo havia acontecido com o G3 (e com qualquer outro topo de linha da LG), lançado em 2014 por R$ 2.299 e que já pode ser encontrado por R$ 1 mil em promoções de lojas online.

Considerando que o G4 continuará a cair de preço, provavelmente estamos diante de uma das (futuras) melhores relações custo-benefício do mercado. Para quem comprou um Android topo de linha no último ano, provavelmente a compra não vale a pena, a não ser que você esteja insatisfeito com sua câmera. Já para quem precisa de um upgrade, será difícil se arrepender com o G4. A LG praticamente não errou na nova geração.

Especificações técnicas

  • Bateria: 2.900 mAh;
  • Câmera: 16 megapixels (traseira) e 8 megapixels (frontal);
  • Conectividade: 3G, 4G, Wi-Fi 802.11ac, GPS, Bluetooth 4.1, USB 2.0, NFC, infravermelho;
  • Dimensões: 148,9 x 76,1 x 9,8 mm;
  • GPU: Adreno 418;
  • Memória externa: suporte a cartão microSD de até 128 GB;
  • Memória interna: 32 GB (24 GB disponíveis para o usuário);
  • Memória RAM: 3 GB;
  • Peso: 155 gramas;
  • Plataforma: Android 5.1 (Lollipop);
  • Processador: hexa-core Snapdragon 808 (dois Cortex-A57 a 1,8 GHz e quatro Cortex-A53 a 1,4 GHz);
  • Sensores: acelerômetro, proximidade, bússola, giroscópio, barômetro;
  • Tela: IPS LCD de 5,5 polegadas com resolução de 2560×1440 pixels e proteção Gorilla Glass 3.

 

LG G4: o grande acerto da LG










Feita por brasileiros: conheça a Graava, a câmera que edita os vídeos por você

Posted: 05 Aug 2015 10:48 AM PDT

graava-iphone6

Uma startup brasileira anunciou nesta quarta-feira (5) a Graava, uma câmera que, além de gravar os vídeos, ela edita-os por você. A empresa foi criada no ano passado por Bruno Gregory, Marcelo DoRio e Marcio Saito no Vale do Silício.

Como a edição funciona? Simples: a Graava usa sensores embutidos para analisar os melhores momentos da sua gravação. Assim, você pode selecionar quantos segundos quer que o vídeo final tenha, mostrando apenas os melhores momentos. Isto é, a partir da detecção de novos objetos ou sons na filmagem, o software prefere essas partes mais interessantes do vídeo e seleciona-as durante a edição automática.

Os sensores embutidos variam entre o sensor de luminosidade, dois microfones, acelerômetro, Bluetooth e GPS. A Graava também é compatível com sensores de terceiros para medir a frequência cardíaca. Desta forma, ela detecta quando o seu coração está mais acelerado e também supõe que essa parte do vídeo é preferível em relação a outras em que você está com menos atividade, por exemplo.

graava app group

Na era do compartilhamento em massa em inúmeras redes sociais, poucas aceitam o vídeo por completo. Pensando nisso, a Graava também limita os vídeos a 6 segundos para o Vine e a 15 segundos para o Instagram. Caso você tenha amigos que também possuam uma Graava, também é possível juntar as múltiplas gravações em um vídeo só.

A partir do aplicativo, a Graava também consegue monitorar ambientes como casa, carro e o quarto do seu bebê. Assim, ela usa alertas de atividade em determinadas zonas e seu sensor GPS para te avisar se algo de errado está acontecendo. O streaming é feito na qualidade HD e há a opção de armazenar as gravações na nuvem.

O bumper é um dos acessórios disponíveis para a Graava.

O bumper é um dos acessórios disponíveis para a Graava.

Em relação à qualidade, a Graava captura vídeos em 1080p a 30 frames por segundo ou em HD a 60 fps, todas com estabilização de imagem. O sensor tem 8 megapixels e o ângulo de visão da imagem chega a 130 graus. Ela também é à prova d’água pelo padrão IP67.

O aplicativo ainda faz gravações no modelo timelapse nas resoluções 4K, 1080p e 720p. A bateria tem 1.100 mAh e dura até 3 horas se o Wi-Fi estiver ligado, tudo isso em um aparelho “tão pequeno quanto uma caixa de Tic Tacs”, segundo a fabricante.

Se você ficou curioso para vê-la em funcionamento, veja aqui uma gravação de 4min17s feita com a Graava e aqui a gravação limitada a 30 segundos com os melhores momentos. Abaixo, também está disponível um vídeo explicando suas principais funcionalidades. A previsão é que a pequena câmera chegue ao mercado no começo de 2016 por US$ 399, ou US$ 249 na pré-venda.

Você confiaria em um software para editar seus vídeos por você?

Feita por brasileiros: conheça a Graava, a câmera que edita os vídeos por você










Não é bruxaria, é tecnologia: como a hoverboard da Lexus funciona

Posted: 05 Aug 2015 09:07 AM PDT

É difícil acreditar que uma hoverboard possa realmente existir. Já fomos enganados com a HUVr, uma prancha futurística que só fazia parte de uma campanha para ser viral. A dúvida voltou quando a Lexus divulgou há algumas semanas um teaser mostrando sua própria hoverboard. Agora, com mais detalhes, dá para saber como ela funciona (e alguns segredinhos vão ser revelados).

A Slide, como a Lexus batizou sua hoverboard, não flutua por mágica: o conceito físico aplicado na prancha é chamado de levitação magnética. Sem complicar muito, ímãs e supercondutores trabalham juntos em baixíssimas temperaturas para fazer com que campos magnéticos se repilam, criando uma espécie de levitação.

Se você dormiu nas aulas de física do ensino médio, supercondutores são materiais que, quando submetidos a temperaturas muito baixas, não têm nenhuma resistência elétrica. Ao serem combinados com ímãs, ocorre o efeito de superdiamagnetismo, em que a permeabilidade magnética é igual a zero (ou seja, não há campo magnético no interior do material).

Assim, quando colocado sobre um ímã permanente, o supercondutor fica preso no campo magnético permanente e, enquanto estiver muito frio, vai continuar flutuando. A tarefa, a partir dessa parte, fica por conta de dois criostatos embutidos na prancha, que esfriam o supercondutor a uma temperatura de -197 ºC a partir de nitrogênio líquido. A imagem abaixo mostra a harmonia de tudo:

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Assim, não só é necessária uma trilha de ímãs para repelirem o supercondutor, como também ele precisa ser resfriado a todo momento por nitrogênio líquido. O presidente da Evico, empresa especializada em levitação magnética que trabalhou junto com a Lexus nesse projeto, explica:

“O campo magnético da trilha está efetivamente ‘congelado’ dentro dos supercondutores na prancha, fazendo com que a distância entre a prancha e a trilha seja mantida ― essencialmente mantendo a prancha flutuando. A energia é forte o suficiente para permitir uma pessoa a ficar de pé ou até pular na prancha”.

Não foi à toa que a Lexus construiu um “hoverpark” em Barcelona. Isto é, um parque que tem pistas similares às de skate, mas tem uma trilha magnética de 200 m por baixo, que é unicamente onde a mágica acontece. Parte do chão do hoverpark, aliás, é coberto com gesso (e não cimento) para não atrapalhar o funcionamento dos campos magnéticos.

Se você ainda não viu o vídeo promocional da Slide (acima), preste atenção em como há um trajeto único a ser percorrido. A trilha magnética, inclusive, está embutida no pequeno lago que fica no meio do parque, mais visível em outro vídeo feito pelo The Verge:

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Todo o trajeto foi percorrido pelo skatista profissional Ross McGouran, contratado pela Lexus para fazer parte da campanha “Amazing in Motion”. Ele conta como foi o processo de aprendizado: “passei 20 anos andando de skate, mas sem o atrito parece que eu tive que aprender uma habilidade totalmente nova, principalmente na postura e equilíbrio que você precisa para andar na hoverboard”.

A slide na verdade é uma jogada de marketing (muito bem feita, por sinal)

A Lexus também divulgou um vídeo que mostra todo o processo de criação da hoverboard, que durou 18 meses. Dá para perceber que a Slide na verdade é uma jogada de marketing (muito bem feita, por sinal). Não foi a Lexus que foi responsável pela mágica da prancha: ela contratou times de pesquisadores da IFW Dresden, da Alemanha, e Evico, uma subsidiária da IFW. A fabricante japonesa ficou por conta apenas do acabamento da Slide (que ficou excelente). Assista ao processo de criação abaixo:

Apesar de parecer que acabamos de dar um passo para o futuro, já existem aparelhos que usam a levitação magnética há pelo menos uns dois anos. Um exemplo é outra hoverboard, chamada de Hendo Hover. O funcionamento é essencialmente o mesmo: a prancha flutua a 2,5 cm do chão apenas em superfícies de alumínio usando campos magnéticos e aguenta até 140 kg.

A Hendo Hover fez parte de uma campanha de sucesso no Kickstarter no ano passado e arrecadou cerca de meio milhão de dólares. Na época, seu criador, Greg Henderson, contou que ela foi inspirada na arquitetura: “se você pode levitar um trem que pesa 50 mil quilos, por que não uma casa?”.

Trem que usa Maglev em uma estação em Xangai. (Foto: Flickr/Louis Allen)

Trem que usa Maglev em uma estação em Xangai. (Foto: Flickr/Louis Allen)

Sim, Henderson não está maluco. Se você não lembra, a série de trens L0 no Japão usa a levitação magnética para alcançar velocidades superiores a 500 km/h (!), mas só deve ficar disponível para o público em meados de 2027. Por outro lado, em Xangai, a linha Chinese Dolphin Maglev é usada desde 2003 para movimentar trens usando ímãs e supercondutores.

Baseado na mesma tecnologia, já existe um projeto parecido no Brasil: o Maglev Cobra. Desenvolvido por cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Cobra usa apenas energia elétrica, trabalha numa velocidade média de 70 km/h e os pesquisadores estimam que o custo de produção é equivale a um terço do que custa o metrô.

Infelizmente, fora a Hendo Hover, que custa US$ 10 mil, as grandes soluções que usam a levitação magnética ainda estão longe do alcance do público. A Lexus, por exemplo, não pretende nem levar a Slide ao mercado.

Não é bruxaria, é tecnologia: como a hoverboard da Lexus funciona