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Financie isso: Mycroft, um dispositivo com inteligência artificial que gerencia sua casa (mais 5 notícias)

Financie isso: Mycroft, um dispositivo com inteligência artificial que gerencia sua casa (mais 5 notícias)

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Financie isso: Mycroft, um dispositivo com inteligência artificial que gerencia sua casa

Posted: 25 Aug 2015 01:04 PM PDT

O conceito de internet das coisas pode ter sido levado a outro nível com esta campanha no Kickstarter. Batizado de Mycroft, o dispositivo parece um simples alarme para acompanhar seu criado mudo, mas na verdade faz muito mais do que isso.

Com a proposta de integrar inteligência artificial, comandos de voz e dispositivos já existentes de internet das coisas da sua casa, o Mycroft atende ao seu chamado e realiza as mais variadas ações dentro da residência. Assistir a um vídeo no YouTube, ouvir uma música no Spotify, controlar as luzes Philips Hue, trancar a casa, fazer café, postar no Facebook… É tanto recurso que parece até um assistente virtual de cinema.

Tudo isso é possível porque o Mycroft é um dispositivo de código aberto baseado no Raspberry Pi 2 e Arduino. Dessa forma, fica a cargo dos desenvolvedores implementarem funcionalidades para possibilitar que o Mycroft gerencie quase todos os outros dispositivos da sua casa. Assista ao vídeo abaixo para entender o funcionamento:

Ao ouvir seu nome, o Mycroft passa a entender um comando, que é enviado para a nuvem e duas ou mais APIs que transcrevem a sua fala com a arquitetura speech to text (STT). O dispositivo estrutura os dados recebidos para fazer a ação apropriada. Se você falar “Mycroft, abra Uptown Funk do YouTube no meu Chromecast”, em segundos o vídeo vai ser reproduzido. Até agora, no entanto, o dispositivo só entende inglês, mas a equipe pretende expandir o suporte para alemão, francês e espanhol.

Os desenvolvedores contam que é preferível que a conversão do áudio seja feita para o texto com a arquitetura STT porque ela é cerca de 95% mais precisa nos comandos comparada aos pacotes locais. Segundo eles, também é melhor porque gasta menos poder de processamento local e sempre é bom economizar, uma vez que são quatro núcleos Cortex-A7 a 900 MHz e 1 GB de RAM por dentro do Mycroft.

Além de reproduzir qualquer mídia, o dispositivo também pode ser integrado com lâmpadas Philips Hue, termostatos da Nest, fechaduras da SmartThings e cafeteiras, câmeras e interruptores da WeMo. É como se o Mycroft funcionasse como um dispositivo que integra todos os gadgets de internet das coisas da sua casa. Ele faz mais do que isso, no entanto.

mycroft-kickstarter-integracao

Os comandos pré-carregados no Mycroft também permitem usá-lo como um assistente virtual como a Siri, Google Now ou Cortana. É possível integrá-lo com o seu calendário, contas de redes sociais, criar lembretes, fazer gravações de áudio, contas matemáticas e obter informações como notícias, tempo e cotação de ações na bolsa de valores. Outro recurso interessante é que o Mycroft sincroniza com outros modelos igual a ele, então é possível fazer um anúncio que é replicado nas outras unidades do dispositivo.

Ah, e o nome “Mycroft” não é em homenagem ao irmão do Sherlock Holmes criado por Arthur Conan Doyle ― ou pelo menos não diretamente. Na verdade, é por conta do Mike, um supercomputador no livro The Moon is a Harsh Mistress (sem tradução em português) do Robert A. Heilen; “Myke” é a abreviação de Mycroft, nome, agora sim, em homenagem ao irmão de Sherlock Holmes. Se você não for muito fã de nenhuma dessas sagas, é possível mudar o nome do Mycroft para qualquer palavra ou frase de sua escolha. Imagina que legal chamá-lo de Jarvis?

mycroft-kickstarter-servicos

A campanha ainda promove o Mycroft como um dispositivo com preço acessível. Por US$ 129, eles dizem que é possível acomodar o Mycroft em cada cômodo da sua casa ― o pacote com cinco dispositivos sai por US$ 645. Se você se interessou na campanha e quer integrar todas as “coisas de internet” da sua casa, o produto na modalidade early adopter (US$ 99) mais frete para o Brasil sai por US$ 119 e a previsão é que o Mycroft seja entregue em julho de 2016.

Apesar do objetivo da campanha ser arrecadar US$ 99 mil, a descrição do projeto reconhece que tal quantia não é o suficiente para bancar a manufatura dos moldes, compra dos componentes e instalação da arquitetura na nuvem. Até agora, 486 pessoas investiram uma quantia total de US$ 61.924 na campanha.

Em vez de fazer tudo isso com os milhares de dólares arrecadados, a equipe do Mycroft quer provar que a comunidade quer uma solução de inteligência artifical com código aberto. Segundo eles, caso isso aconteça, o próprio CEO vai continuar investindo no projeto, uma vez que ele é dono de uma provedora de internet.

Por que é legal? Principalmente porque é open source, então as funcionalidades não dependem diretamente da equipe do Mycroft e fica a cargo da imaginação de desenvolvedores inventar novos recursos para o dispositivo. Também é interessante a forma que o Mycroft integra seus dispositivos de mídia e gadgets inteligentes. E ele ainda é um assistente virtual.

Por que é inovador? Em vez de criar mais um jeito de colocar a internet em algum dispositivo da sua casa, o Mycroft integra tudo isso. É interessante porque todos os comandos ficam reunidos em um aparelho só e ainda há o bônus de ter comandos de voz e controlar outros dispositivos de mídia.

Por que é vanguarda? Basicamente, porque o Mycroft usa a inteligência artificial e várias APIs de código aberto para juntar uma assistente virtual e o controle de dispositivos “internet das coisas” em um lugar só.

Vale o investimento? No Brasil, talvez ele não seja tão atraente quanto poderia. Por US$ 119 com o frete, custaria R$ 426 (sem IOF) para ter, basicamente, um alarme inteligente. Como os outros dispositivos de internet das coisas ainda são pouco acessíveis por aqui, o maior benefício do Mycroft, de integrar tudo isso, não é aplicado.

A internet das coisas

Essa tática de usar o que as conexões móveis têm de melhor para melhorar as coisas que você usa todos os dias não é nova e tem nome: a internet das coisas. Desde alarmes inteligentes que se conectam com qualquer coisa na sua casa até geladeiras e termostatos inteligentes, a implementação do conceito não é tão recente e produz resultados interessantes.

Conversamos sobre o assunto no Tecnocast 009 e explicamos como essas melhoras tornam o nosso cotidiano melhor e automatizam as nossas tarefas. O botão de play fica logo abaixo!

Financie isso: Mycroft, um dispositivo com inteligência artificial que gerencia sua casa










Sony Xperia C4: o smartphone bom de selfie

Posted: 25 Aug 2015 11:24 AM PDT

Xperia C4 Dual

Em 2013, o termo “selfie” foi escolhido como a palavra do ano pelo Dicionário Oxford. Parece banalidade, mas não é. Esse tipo de autorretrato é uma das mais expressivas mudanças comportamentais causadas pela tecnologia. Não é à toa que a indústria explora cada vez mais esse filão. É o caso da Sony com o Xperia C4 "Selfie" Dual.

Pelo menos no Brasil, a fabricante japonesa promove o aparelho como o melhor smartphone para selfies do mundo. O modelo foi equipado com uma câmera frontal de 5 megapixels, lente grande angular e flash LED (sim, na parte da frente).

Essas características tornam o Xperia C4 tão bom para selfies como a Sony quer nos fazer acreditar? Para encontrar a resposta, eu testei o dispositivo por duas semanas. É claro que eu também avaliei a tela, o desempenho, a câmera traseira e otras cositas más. Conto as minhas impressões nas próximas linhas.

Design e pegada

O design do C4 Selfie Dual não difere muito do que encontramos em outros smartphones da família Xperia. Traseira lisa, laterais curvadas e o botão Power redondo que tão bem caracteriza a linha estão presentes. Não que isso seja ruim. O dispositivo não é um primor do design e talvez devesse ter acabamento um pouco mais sofisticado, mas só sendo muito exigente para considerá-lo sem graça.

Xperia C4 Dual

Eu testei a versão branca, que chama bastante atenção (embora exija cuidado redobrado para não encardir). Muitos conhecidos que me viram com o aparelho me pediram para pegá-lo. O fato de o Xperia C4 ser grande também ajudou: o modelo possui 150,3 mm de altura por 77,4 mm de largura.

Pudera: a tela tem 5,5 polegadas. Apesar disso, o Xperia C4 não é um aparelho desconfortável para se manusear e transportar, não totalmente. A curvatura das bordas facilita a pegada, assim como a textura fosca da traseira. Levá-lo no bolso frontal da calça não me pareceu tão desconfortável na comparação com outros celulares grandalhões que eu testei. Mérito, em parte, da “finura” do dispositivo: a espessura é de 7,9 mm.

Xperia C4 Dual

Não dá para remover a traseira do Xperia C4. Por conta disso, o acesso às ranhuras dos dois SIM cards (Nano-SIM) e do microSD é feito pela lateral direita. Basta puxar e girar a tampa protetora (com cuidado para não quebrar, é óbvio).

Colocar os SIM cards ali é fácil. Mas, olha, tirar exigiu a mesma concentração que a gente precisa ter para passar linha em uma agulha. Eu tive que puxar o chip bem devagar e com cuidado para não deixá-lo escapar dos dedos.

Na mesma lateral estão o botão Power, os controles de volume e o sempre bem-vindo botão de câmera. Sério, fazer fotos no smartphone usando um botão próprio para isso é muito mais prático. Para um celular que preza pela fotografia, é um recurso que não poderia estar ausente, né?

Xperia C4 Dual

Xperia C4 Dual

O lado esquerdo também é usado. O micro-USB fica ali. Sinceramente, eu prefiro essa porta na parte inferior, como na maioria dos smartphones. Dependendo do lugar, é mais fácil acomodar o aparelho para a recarga. Mas esse é apenas um mero detalhe, não um ponto fraco.

Xperia C4 Dual

Xperia C4 Dual

Tela

Seria mancada uma tela grande oferecer qualidade de imagem duvidosa. Não se preocupe que desse mal o Xperia C4 não padece. Do tipo IPS, o generoso display de 5,5 polegadas conta com resolução de 1920×1080 pixels (401 ppi) e tecnologia Bravia Engine 2 que, segundo a Sony, garante exibição de cores vivas.

Xperia C4 Dual

Eu não diria que essa é a melhor tela que a companhia já colocou em um smartphone, mas, de fato, a saturação de cores agrada. Dá para dizer o mesmo da visualização em ângulos variados.

Já os níveis de brilho estão apenas dentro da média. Se você estiver em um ambiente com forte incidência de luz solar, conseguirá enxergar as informações da tela, mas com algum esforço.

Xperia C4 Dual

De modo geral, a experiência de uso da tela é bastante positiva. Você consegue visualizar fotos e vídeos com detalhes, sem contar que nem mesmo a trilha sonora de Missão Impossível ao fundo te ajuda a distinguir pixels ali.

Câmeras

Eu gosto de tirar fotos, mas não faço questão de aparecer nelas. Em outras palavras, eu não sou um amante das selfies. Por conta disso, perguntei a três pessoas conhecidas que adoram esse tipo de foto se uma câmera frontal de boa qualidade é um fator que pode pesar na hora de escolher um smartphone.

Confesso que eu esperava respostas como “depende”, “não sei” ou “talvez”, mas todas disseram que sim sem pensar muito. A amostragem é muito pequena para representar todo o mercado, mas o retorno positivo que eu tive é um sinal de que esse tipo de diferencial tem mesmo bastante apelo.

Permiti que elas testassem a câmera frontal do Xperia C4. As impressões foram todas positivas: “não preciso esticar tanto o braço para fazer a selfie”, “não fiquei com cara de Photoshop”, “consegui fazer um selfie boa de primeira”, “parece a câmera de trás” e por aí se seguiu. Chegou então a minha vez de fazer os testes.

xperia_c4_selfie_8

A câmera frontal do Xperia C4 tem sensor Exmor R de 5 megapixels, como já dito, lente grande angular de 25 mm (para caber mais gente na foto), flash LED e um recurso chamado SteadyShot que, nas palavras da Sony, compensa possíveis trepidações na hora do disparo.

Esses detalhes fazem mesmo diferença. Nas selfies que fiz, as imagens apresentaram bom nível de coloração e nitidez, inclusive no cenário atrás. O pós-processamento não é tão intenso como a gente costuma notar em câmeras frontais, aspecto que traz mais realismo para a foto. No entanto, dá para notar perda de definição e até mesmo ruído nos pontos mais próximos à câmera, felizmente, nada muito agressivo. Não sei se é por conta do tal do SteadyShot, mas nenhuma das minhas fotos saiu tremida.

Para quem gosta de tirar selfie de galera, a lente grande angular do Xperia C4 cumpre o que promete. Observe nas fotos como há bastante espaço ao meu redor. Dá para caber umas três ou quatro pessoas na imagem tranquilamente.

Foto feita com o Xperia C4 Dual

Foto feita com o Xperia C4 Dual

E se faltar luz? Bom, aí não há milagre que resolva. O Xperia C4 se esforça para compensar, mas os ruídos aparecerão com força. Se você usar o flash frontal, porém, quanta diferença!

Foto feita com o Xperia C4 Dual

Boo!

É claro que eu também testei a câmera traseira. Ela continua mandando no pedaço quando o assunto é especificações: o sensor é um Exmor RS de 13 megapixels com autofoco e, naturalmente, flash LED.

Xperia C4 Dual

Dá para gerar fotos muito boas com essa câmera. Mas eu esperava um pouco mais delas. A saturação de cores é satisfatória, o sensor consegue fazer um bom trabalho mesmo em ambientes com pouca iluminação e, novamente, o pós-processamento não é aquele bicho indomável. Mas o olhar mais atento nota ruídos e até perda de definição em alguns detalhes, inclusive nas fotos feitas em ambientes claros.

 Foto feita com o Xperia C4 Dual

 Foto feita com o Xperia C4 Dual

 Foto feita com o Xperia C4 Dual

 Foto feita com o Xperia C4 Dual

 Foto feita com o Xperia C4 Dual

 Foto feita com o Xperia C4 Dual

 Foto feita com o Xperia C4 Dual

Com HDR

Sem HDR

Sem HDR

Você pode tentar configurações diferentes para amenizar eventuais problemas. O software de câmera do Xperia C4 oferece várias opções de efeitos e ajustes, felizmente. Tem até algumas “brincadeirinhas”, como a função que te deixa com cara de idoso, felino, entre outros personagens (alguém me disse que eu finalmente conseguiria sair “gato” nas fotos; não entendi).

Xperia C4 Dual

Software e multimídia

Mesmo com uma mudança aqui, outra ali, a impressão de que a interface dos aparelhos da Sony parou no tempo é eminente. Se não é pela presença do Android 5.0, o Xperia C4 poderia se passar por um aparelho lançado em 2013.

Mas sejamos justos: o visual pode até estar batido, mas a interface do aparelho é bastante funcional. A barra que facilita a localização de aplicativos está lá (arraste o dedo da margem esquerda em direção ao meio para vê-la) e a central de notificações pouco muda em relação ao Android “puro”, por exemplo.

Xperia C4 Dual

O widget que exibe miniaturas das fotos (um velho conhecido da linha Xperia) é interessante. Mas o que mostra novidades em apps e conteúdo na tela principal é desnecessário. Falando em coisas dispensáveis, sim, a Sony não deixou de colocar no smartphone um monte de apps que provavelmente você não gostaria que estivessem ali, especialmente trials de jogos. Ainda bem que muitos deles podem ser removidos.

Na parte multimídia, o Xperia C4 oferece players de áudio e vídeo que dão conta do recado, mas a Sony faz questão de destacar a presença de TV digital entre os atrativos do modelo (ufa, não é só selfie). O app não é o mais intuitivo da categoria, mas funciona bem.

Pena que a resolução é 1seg (320×240 pixels). Eu sei que essa é uma característica padrão nos smartphones que oferecem TV, mas, em uma tela de 5,5 polegadas full HD, imagens 1seg dão uma grande sensação de desperdício.

Xperia C4 Dual

Desempenho e bateria

Teve gente que fez cara feia quando eu disse que o Xperia C4 tem processador MediaTek — um chip octa-core MT6752 de 1,7 GHz (64 bits) com GPU Mali-T760MP2 para ser exato. Há certa desconfiança em relação aos chips da marca, mas, olha, não notei nada realmente desabonador no desempenho, pelo menos se levarmos em conta que não estamos falando de um smartphone topo de linha.

Nos testes, a interface fluiu sem engasgos e os apps rodaram sem travamentos, assim como não demoraram para abrir. Os 2 GB de RAM certamente dão uma forcinha nesse aspecto.

Performance do C4 no AnTuTu e no Geekbench 3

Performance do C4 no AnTuTu e no Geekbench 3

Com aplicações mais pesadas, o aparelho sofre, mas dá conta da tarefa. O jogo Real Racing 3, por exemplo, se comportou bem até nas cenas com mais elementos (carros), embora com gráficos medianos.

A performance gráfica pode até não ser das melhores nos jogos mais exigentes, mas o que me incomodou mesmo é o aquecimento. Meu plano era jogar Real Racing 3 por pelo menos meia hora para testar a bateria, mas com 15 minutos de jogatina eu resolvi fechar o game. A tampa traseira estava quente. Não o suficiente para queimar a mão, veja bem, mas eu não consegui me desvencilhar da sensação de que aquela temperatura iria estragar o smartphone.

Real Racing 3

Já que eu toquei no assunto, o Xperia C4 vem com bateria não removível de 2.600 mAh. Você provavelmente conseguirá chegar ao final do dia com alguma carga nela, desde que siga a clássica regra de fazer uso moderado do celular.

Além dos 15 minutos de Real Racing 3, eu rodei o filme O Senhor dos Anéis — As Duas Torres (2h59min) via Netflix com tela no brilho máximo, assisti a meia hora de TV digital, ouvi música pelo MixRadio por uma hora e, por fim, fiz 5 minutos de ligação. Depois de tudo isso, a carga da bateria caiu de 100% para 35%.

Está dentro da média, não mais que isso. Uma bateria de 2.600 mAh até poderia fazer um pouco mais, mas aí lembramos que o Xperia C4 tem tela de 5,5 polegadas full HD. É difícil pegar leve com a bateria nessas circunstâncias.

Nesse ponto, vale frisar que, assim como outros aparelhos da linha Xperia, o C4 tem dois modos de economia de energia que dão uma ajudinha quando a situação aperta: Stamina e Ultra Stamina. O primeiro para a execução de certos recursos quando o aparelho está em standby. O segundo é bem mais agressivo, permitindo, basicamente, que apenas chamadas e mensagens funcionem (é um belo jeito de relembrar os tempos de dumbphone).

Eu aproveitei os testes de bateria para avaliar o áudio — com e sem fones de ouvido. Com fones a experiência é melhor, como sempre. O alto-falante tem bom volume, mas distorce um pouco perto do limite máximo.

Um detalhe que eu achei esquisito: o som quase some quando você deixa o aparelho sobre uma superfície plana. O motivo é o fato de a saída de áudio estar na parte de trás. Como a traseira também é plana, o alto-falante acaba sendo bloqueado.

Xperia C4 Dual

Em relação ao armazenamento interno, o sistema operacional, a interface e os aplicativos pré-instalados ocupam pouco mais de 5 GB de espaço. Bastante, né? Felizmente, o Xperia C4 vem com 16 GB para armazenamento. Desse total, 9,27 GB estão livres para o usuário. Se faltar espaço, dá usar cartões microSD de até 128 GB.

Conclusão

Lembra do pessoal fã de selfie que me disse que uma boa câmera frontal pode pesar na decisão de compra? Pois bem, eu também perguntei se eles topavam pagar mais para ter esse diferencial. Aí a incerteza apareceu: “ah, acho que não”, “tem que ver”, “cabendo no meu bolso…”.

As vendas do Xperia C4 no Brasil começaram no final de julho com preço sugerido de R$ 1.399. Mesmo com o bom conjunto de hardware e com o dólar alto, o modelo não vale tudo isso. É melhor esperar pelas baixas de preço que o varejo costuma promover (na data de publicação deste review, já era possível encontrar o aparelho por menos de R$ 1.200).

Veja, a questão das selfies é relevante (mais do que eu imaginava). A câmera frontal realmente oferece boa experiência, mas, mesmo assim, tenho minhas dúvidas se dá para considerar o Xperia C4 o melhor smartphone para selfies do mundo — o Lumia 730 também manda muito bem no assunto, só para dar um exemplo.

Xperia C4 Dual

No final das contas, tudo não passa de uma questão de “aproveitar enquanto dá”. Cada vez mais aparelhos oferecem câmera frontal sofisticada, basta observar os lançamentos dos últimos meses. Logo mais, não duvido, o apelo das selfies deixará de ser diferencial para se tornar requisito básico.

Avaliar o conjunto da obra continua sendo primordial. Nesse sentido, o Xperia C4 vem com boa tela, especificações internas equilibradas e câmera traseira decente. O modelo (assim como outros aparelhos da linha Xperia) carece mesmo é de uma boa estratégia na relação custo-benefício.

Algo na casa dos 1.000 reais deixaria o C4 bem mais competitivo. Acima disso, pode ser um negócio melhor partir para um LG G3, um Moto X de segunda geração ou, se você preferir algo mais recente, até mesmo um Moto X Play.

Especificações técnicas

  • Bateria: 2.600 mAh;
  • Câmera: 13 megapixels (traseira) e 5 megapixels (frontal);
  • Conectividade: 3G, 4G, Wi-Fi 802.11n, GPS, Bluetooth 4.1, USB 2.0, NFC;
  • Dimensões: 150,3 x 77,4 x 7,9 mm;
  • GPU: Mali-T760MP2;
  • Memória externa: suporte a cartão microSD de até 128 GB;
  • Memória interna: 16 GB (9,27 GB disponíveis para o usuário);
  • Memória RAM: 2 GB;
  • Peso: 147 gramas;
  • Plataforma: Android 5.0 (Lollipop);
  • Processador: octa-core (núcleos Cortex-A53) Mediatek MT6752 de 1,7 GHz;
  • Sensores: acelerômetro, proximidade, bússola;
  • Tela: IPS LCD de 5,5 polegadas com resolução de 1920×1080 pixels e proteção contra riscos.

 

Sony Xperia C4: o smartphone bom de selfie










Precisamos falar de cocô

Posted: 25 Aug 2015 10:31 AM PDT

coco

Que atire a primeira pedra aquele que nunca, nem no mais sórdido momento de tédio de toda a sua vida, tenha levado o smartphone para aquela hora de relaxar no banheiro. Apesar de todo o tabu que gira em torno do assunto, se existe fato tão certeiro quanto a morte, é o de que, eventualmente, precisaremos fazer cocô em algum período do dia ou da noite.

Por quê, então, evitar o inevitável? Vamos falar sobre cocô. Ou, pelo menos, é o que tenta sugerir Pooductive, um aplicativo para iOS que serve basicamente para que pessoas conversem entre si enquanto assumidamente usam o banheiro.

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Com um sistema de localização muito semelhante ao do Tinder, o Pooductive permite que encontremos pessoas num raio mínimo de 5 km de distância e também possui o modo global, em que seres desprendidos de todo o mundo podem entrar num grande chat para compartilhar suas incursões ao vaso sanitário.

Foi assim que conheci Thommy, um rapaz da Eslováquia, que também escreveu um review sobre o app recentemente — e me ajudou na construção desse texto, já que aparentemente ainda não há muitos brasileiros participando das conversas globais.

Pooductive surgiu de uma ideia peculiar de dois estudantes de programação alemães, que juram ter uma proposta nobre mesmo por trás da aparência nojenta de seu projeto: de acordo com o site do aplicativo, existe a possibilidade de que empresas se interessem por sua premissa e proponham parcerias para prover saneamento básico e água limpa em países subdesenvolvidos. A ideia inicial era algo muito maior do que enxergamos hoje. Para acontecer, o aplicativo ganhou uma campanha no Kickstarter, em que visava atingir a meta de 10 mil euros, mas resultou num grande fracasso, sendo encerrada com 184 euros arrecadados.

Apesar de não permitir selfies e envios de fotos de natureza alguma, Pooductive possui algumas opções de envios de som, com temas para cada tipo de resultado obtido durante o número dois. Há, por exemplo, como enviar aos contatos a música Under Pressure, além da Marcha Imperial e outros como “descarga”, para avisar seus colegas que você já está finalizando o serviço.

pooductive

Mas vamos ao que interessa — e, a não ser que você participe de grupos muito peculiares, o interesse no cocô alheio não deve fazer parte de sua rotina. Apesar de parecer, com o perdão do trocadilho, uma merda de ideia, o desenvolvimento, criação e distribuição de Pooductive na App Store, bem como seus downloads ao redor do mundo, me deixa pensativa. Se existe produto, existe demanda, e se existe demanda de aplicativos voltados ao overshare de informações até para quem está fazendo cocô, deve ser hora de tirar a mão do bolso e colocar na consciência.

Foi curioso notar que mesmo pessoas que baixam e participam de um aplicativo voltado estritamente para conversar enquanto defecam pareciam envergonhadas com as próprias piadinhas ruins sobre seus dejetos. Ainda assim, elas insistiam. Por quê? De acordo com um estudo de 2014 do Albright College, a necessidade de compartilhar absolutamente cada passo da vida vem, principalmente, do senso de “pertencimento” que advêm do comportamento de quem compartilha.

Utilizando as redes sociais dessa forma, conseguimos expressar nosso “true self” (em linhas gerais, conceito que possuímos de que temos qualidades que deveriam ser reconhecidas, mas que normalmente não conseguimos demonstrar). Isso porque, na internet, é mais fácil sermos quem realmente somos, quer sejamos bonzinhos, descolados, valentões ou a depressão em pessoa — o que não é tão fácil assim na vida real.

O perfil das pessoas que se expressam melhor online também é associado ao que estreita laços de amizades virtuais com mais facilidade. Em suma, e sem cagar regra, o overshare, as conversas enquanto fazemos cocô e as selfies nossas de cada dia derivam, basicamente, dessa nossa eterna necessidade de caber em sociedade.

Precisamos falar de cocô










5 dicas para empreendedores iniciantes

Posted: 25 Aug 2015 08:03 AM PDT

Perpetual motion with LED bulb and simple light bulbs

A cada dia que passa, mais pessoas sonham com o próprio negócio. Abrir uma nova empresa e colocar as primeiras ideias em prática é sempre motivo para comemorar, mas nem sempre o caminho à frente é livre de obstáculos. Tanto que, de acordo com o Sebrae, um quarto das empresas encerra suas atividades antes de completar o segundo aniversário.

Mesmo com as dificuldades que você provavelmente enfrentará, é necessário manter a calma. Antônio Roberto Nogueira é um dos brasileiros que conseguiu ultrapassar os obstáculos: ele trabalhou em uma empresa de desenvolvimento de software, foi professor em uma universidade pública e fundou sua primeira empresa aos 30 anos de idade. Ao implantar seu primeiro projeto, teve que lidar com o dinheiro escasso e precisou até mesmo se hospedar em uma pensão onde não havia café da manhã; no chuveiro, só agua fria.

Hoje, Nogueira é um dos sócios fundadores da Benner Saúde, ocupando atualmente a posição de Diretor de Desenvolvimento e Serviços na empresa, líder no fornecimento de soluções para a área de saúde suplementar no Brasil. A Benner Saúde é uma das 100 melhores empresas de TI para se trabalhar no Brasil, segundo o Great Place to Work. O executivo deu cinco dicas para os empreendedores que estão começando seus negócios:

Antônio Roberto Nogueira, Diretor de Desenvolvimento e Serviços na Benner Saúde

Antônio Roberto Nogueira, Diretor de Desenvolvimento e Serviços na Benner Saúde

1. Prazer com o seu negócio

Dê preferência a negócios que possam te proporcionar prazer. Você será mais feliz e competitivo se gostar daquilo que faz. Por outro lado, nem sempre decida pelo que você gosta, mas sim pelo que for melhor para a empresa.

2. Visão do negócio

Conheça bem e planeje o negócio a ser desenvolvido. Estabeleça estratégias, metas e objetivos. Olhe para o futuro e saiba claramente aonde você quer chegar.

3. Razão à frente da emoção

Tome decisões baseadas no conhecimento, e não em seu coração. Estabeleça uma lógica e pense nos resultados, pois quanto maior o conhecimento sobre o problema, maior será a assertividade na tomada de decisão.

4. Seja honesto e transparente

Esses valores são fundamentais para a construção da credibilidade da empresa, possibilitando a fidelização tanto dos clientes quanto dos colaboradores.

5. Valorize sua equipe

Ninguém alcança o sucesso sozinho. Ele só pode ser alcançado com o apoio de uma equipe de alto desempenho. E as chaves para que se desenvolva uma equipe assim são o reconhecimento e a valorização pela qualificação e competência de todos os envolvidos.

5 dicas para empreendedores iniciantes










Uma maneira prática de espelhar (e controlar) a tela do seu Android no Windows e OS X

Posted: 25 Aug 2015 07:50 AM PDT

Não faltam métodos para espelhar a tela do seu Android no computador. Mas um novo aplicativo lançado em beta nesta terça-feira (25), o Vysor, permite exibir a tela do smartphone ou tablet no Chrome e tem um diferencial importante: você pode até mesmo controlar seu aparelho remotamente.

Segundo Koushik Dutta, faltava um método para navegar no seu Android como se ele fosse uma simples janela em seu sistema operacional. Assim, ele criou o Vysor, que recebe comandos do seu teclado e mouse para abrir aplicativos, digitar mensagens e o que mais sua conexão permitir.

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Voltada para desenvolvedores, a ferramenta requer que o Android esteja conectado por um cabo USB ao computador. Dessa forma, o smartphone não só funciona como um dispositivo remoto, como também pode ser explorado com o Android Debug Bridge (adb), ferramenta para desenvolvedores que possui comandos que dão maior controle ao sistema.

Outro aspecto interessante do Vysor é a função Vysor Share. Ao abrir o assistente de conexão, visível abaixo, há um botão ao lado do modelo do seu dispositivo que permite compartilhar o controle do seu dispositivo com alguém. Basta clicar em Share que um link será copiado na sua área de transferência e poderá ser enviado para qualquer um que também tenha o Vysor.

Como fazer a instalação

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Antes de tudo, é necessário que a depuração USB esteja ativada. Para fazer isso, é necessário ir em Sobre o telefone e tocar repetidamente em Número da versão. A opção Programador aparecerá no menu de configurações do Android; entre nela e habilite a depuração USB.

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Com o Chrome instalado e seu Android conectado ao computador por um cabo USB, baixe e instale a extensão do Vysor na Chrome Web Store. Com o Vysor aberto, clique em Find Devices, selecione o seu dispositivo e, no Android, aceite a depuração USB no aviso que aparecerá.

Tudo pronto: basta controlar o seu smartphone como se ele fosse qualquer outra janela. Caso necessário, o Vysor também tem atalhos de teclado: o Esc funciona como o botão de voltar, o F1 ativa o botão de menu nos apps que o suportam e o botão Home… bem, funciona como o botão Home.

A conexão não é perfeita, mas atende à necessidade de controlar o Android para fazer alguns experimentos, ver o Snapchat sem pegar o celular ou até jogar Magic Touch ou TwoDots para passar o tempo. Durante os meus testes, notei que, se você usar o SwiftKey, a digitação funciona inclusive com o corretor automático.

É importante lembrar que o Vysor ainda está em fase beta, então alguns bugs ou travamentos inesperados podem surgir. Uma ou duas vezes a ferramenta travou comigo ao usar a rolagem do mouse em alguns aplicativos. Informações mais técnicas e um vídeo de demonstração podem ser acessados em vysor.io.

Uma maneira prática de espelhar (e controlar) a tela do seu Android no Windows e OS X










Não tente colocar a S Pen ao contrário no Galaxy Note 5

Posted: 25 Aug 2015 06:51 AM PDT

A caneta S Pen do Galaxy Note 5 tem uma falha de design: quando inserida ao contrário, o acessório fica travado no slot e pode danificar o smartphone de maneira permanente. Isso acontece mesmo colocando a caneta naturalmente no dispositivo, sem forçá-la, abrindo margem para que crianças inocentes estraguem seu aparelho de alguns milhares de reais.

O problema foi descoberto inicialmente pelo Android Police. Segundo o blog, não há nenhuma diferença na "resistência" que a caneta apresenta ao colocá-la do jeito certo ou errado. Além disso, não é necessário apertá-la no slot até sentir um clique; a caneta fica travada antes mesmo que você perceba.

galaxy-note-5-s-pen

Quando a S Pen fica presa no slot, existem algumas possibilidades. O Ars Technica foi mais sortudo: eles conseguiram remover a caneta, mas as funções de detecção da S Pen pararam de funcionar temporariamente — quando você remove a caneta do slot com a tela desligada, o aparelho automaticamente abre o aplicativo de notas, o que não acontecia mais. Depois de algumas tentativas, o mecanismo voltou a funcionar.

Já o Android Police não conseguiu fazer o mesmo. Na primeira tentativa, foi possível remover a caneta inserida ao contrário, mas a detecção da S Pen foi danificada permanentemente. Quando eles resolveram gravar o vídeo abaixo, a caneta ficou presa e não saiu mais — talvez fosse possível removê-la com a ajuda de ferramentas específicas, mas eles preferiram evitar mais danos ao aparelho.

Essa falha acontece no Galaxy Note 5, não nos anteriores, porque a Samsung decidiu mudar o design da caneta. Não é mais necessário puxá-la do slot, basta pressioná-la. E a largura da nova S Pen é uniforme em todo o corpo, inclusive na ponta. Nos aparelhos anteriores da linha Note, a ponta traseira era mais larga, impedindo a inserção ao contrário.

É um defeito grave, porque hoje os componentes são desenhados de forma a impedir essas coisas: você dificilmente irá queimar uma placa-mãe por ter ligado errado a fonte de alimentação ou danificar um processador por não ter prestado atenção na posição dos pinos; as peças simplesmente não encaixam da maneira errada. Não é o que acontece com o Galaxy Note 5, pelo visto.

Você foi avisado.

Atualização às 12h16. Em comunicado à BBC, a Samsung apenas sugere que o usuário leia o manual. “Nós recomendamos fortemente que nossos usuários do Galaxy Note 5 sigam as instruções no manual do usuário para garantir que eles não enfrentem um cenário inesperado causado pela inserção da S Pen no sentido inverso”. É isso.

Não tente colocar a S Pen ao contrário no Galaxy Note 5