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Por que o Tinder está transformando homens em imbecis (mais 3 notícias)

Por que o Tinder está transformando homens em imbecis (mais 3 notícias)

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Por que o Tinder está transformando homens em imbecis

Posted: 18 Aug 2015 04:13 PM PDT

Em uma entrevista concedida ao Link em 2013, Justin Mateen, fundador do Tinder, disse que o app “acabava com a rejeição”. Três anos após o seu lançamento, o Tinder é possivelmente o app de relacionamentos mais popular do Brasil e pode (junto com as redes sociais) estar moldando um pouco a forma como as pessoas se relacionam.

Sempre gosto de me perguntar: será que estamos fazendo bom uso da tecnologia? Abaixo listo alguns comportamentos que tenho observado em eventos e círculos sociais, sempre relacionados a pessoas que estão levando o app um pouco a sério demais.

Culto à superficialidade

O Tinder é um aplicativo cuja dinâmica enaltece primariamente o que é superficial. Você arrasta para a direita as fotos que gosta e para a esquerda as que não gosta. O candidato tem apenas algumas fotos para passar mais ou menos uma noção de como se parece na vida real. E é aí que mora o problema: como são muitos usuários e não existe nenhum filtro por afinidade, é muito trabalhoso para quem está jogando entrar em todos os perfis e checar se existe algo em comum, ou simplesmente ver mais fotos.

Ou seja, em 90% dos casos você bate o olho na primeira foto e já passa para o próximo perfil.

Mas do que as mulheres gostam de verdade? Bem, alguns elementos são questão de moda e é fácil de descobrir: barba, cortes de cabelo, roupas, alguns tipos de tatuagens, etc. É como criar um anúncio no Facebook: basta saber o público que você quer atingir, utilizar uma imagem que tenha apelo com essa audiência e voilá! Sabendo que o app funciona dessa forma, a técnica para conseguir atenção é bem lógica: é preciso passar uma ótima impressão na primeira foto. Não precisa ser bonito, ou ter um corpo sarado, o importante é pegar um ângulo legal. Não precisa amar animais ou saber tocar algum instrumento, basta estar segurando um dos dois e você já vai parecer sensível e descolado.

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Abaixo reproduzo um trecho do livro Quiet, de Susan Cain:

Os Estados Unidos mudaram do que o influente historiador de cultura Warren Susman chamou de Culto ao Caráter para o Culto à Personalidade — e abriram a caixa de Pandora das ansiedades pessoais das quais nunca nos recuperaríamos totalmente.

No Culto ao Caráter, o caráter ideal era o de alguém sério, disciplinado e honorável. O que contava não era tanto a impressão que alguém causava em público, mas como o indivíduo se portava na esfera privada. A palavra "personalidade" não existia em inglês até o século XVIII, e a ideia de "ter uma boa personalidade" não foi difundida até o século XX.

Na redes sociais todo mundo parece querer ser entendedor das coisas, ou pertencente de algum grupo, mesmo sem necessariamente ser nenhum dos dois. E no Tinder não é diferente. É a técnica do "Fake it until you make it" – você não precisa ser nada do que está vendendo nas fotos. Isso nos leva a um terceiro tipo de culto, o da superficialidade. Pessoas que se esforçam para parecer várias coisas e acabam suprimindo a própria personalidade.

No caso do aplicativo, o importante é conquistar a atenção do sexo oposto, e conseguir conversar o básico para trazer aquilo para o mundo real. Por conta desse tipo de dinâmica, os homens parecem mais preocupados em passarem uma impressão de que são algo, do que em honestamente serem. O caráter e a personalidade ficaram em segundo plano. Mas eles se esquecem que, para a maioria das mulheres, o visual sequer é a parte mais importante.

Não acredita? Então assista ao experimento social feito pelo canal Simple Pickup no YouTube:

A versão masculina você encontra aqui e acho que nem preciso dizer que o resultado foi bem diferente, né?

Meu ponto é: focar no superficial pode virar um hábito. Se você se preocupa demais com a sua aparência e com o que se parece nas fotos, vai acabar transportando essa obsessão para a vida real.

É o fim da rejeição

Se você é tímido e tem medo de conversar com mulheres, o Tinder é o aplicativo perfeito. Isso porque ele só notifica o seu alvo sobre o seu interesse caso ela também tenha te dado um sim. É maravilhoso, porque quebra um pouco a vantagem que os extrovertidos levam na conquista. Com o medo da rejeição sendo colocado de lado, você só precisa focar em tirar uma foto bacana e depois ser você mesmo na conversa.

Mas existe um lado negativo nessa lógica. Como o homem é notificado apenas sobre as mulheres que o acharam atraente, pode se esquecer das outras centenas que não corresponderam ao seu like e criar essa falsa sensação de que é amplamente desejado.

Sabe aquela criança que se acha especial porque só ouve sim dos pais? Então.

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Ele também se achava super especial…

O fato é que você pode até ter um número grande de matches, mas isso não te faz uma pessoa excepcional. As mesmas mulheres que gostaram da sua foto, também curtiram centenas de outros caras. Levar um não às vezes, como acontece quando você conhece uma garota na vida real, te ensina humildade e te faz refletir sobre como você pode melhorar e transformar aquela situação. Por outro lado, ser notificado apenas dos “sims” tende a amaciar o ego um pouco além do necessário.

Está deixando as pessoas preguiçosas

Se antes você era obrigado a tomar uma iniciativa para conhecer alguém legal, agora não precisa mais. O catálogo de mulheres está ali no seu bolso e você não precisa mais se esforçar para fazer nada no mundo real – é tudo mais fácil no app.

Viu uma garota interessante em um pub? “Deixa eu ver se encontro ela no Tinder, vai que ela deu like em mim” – assim, zero risco. Se não encontrar, também não tem problema, o importante é evitar o constrangimento. E mesmo que ela não esteja no app, milhares de outras estão. Relaxa!

Mas como fazer para melhorar as habilidades sociais sem sair da zona de conforto? E mais, quem garante que a garota mais interessante é também a mais fotogênica, ou a que se preocupa com os estereótipos na hora de escolher a foto? Conheço mulheres que pessoalmente são incrivelmente atraentes, mas que no perfil do Facebook parecem apenas normais (o contrário também, diga-se de passagem).

O mesmo vale para você: pode até ficar descolado com os filtros de Instagram, mas não dá pra capturar trejeitos e linguagem corporal em fotos. Esses detalhes pesam muito na hora da conquista. Também não dá pra usar os filtros na vida real, então cuidado com o que está vendendo!

Em resumo, falar só com quem te deu match no app te coloca em uma bolha social bastante prejudicial.

E se tiver alguém melhor?

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“Gatas, liguem para Barney Stinson”

No episódio "Rabbit or Duck" (S05E15) de How I Met Your Mother, Barney Stinson (o cafajeste do grupo) vai a um jogo do Super Bowl e aparece em rede nacional carregando um cartaz com o seu número de telefone. Ele começa a receber uma onda de ligações de muitas mulheres, todas querendo um encontro. Como o seu telefone não para de tocar (inclusive durante os encontros), Barney acaba dispensando todas as pretendentes, na esperança (ou medo) de que a próxima possa ser mais bonita e gostosa do que a atual.

Dizem que a vida imita a arte.. No mundo real o telefone tocando seria facilmente substituído pelo Tinder. Alguns homens não se aprofundam com ninguém, porque têm essa sensação de que a pessoa mais interessante está ali, a um like de distância – basta abrir o catálogo de mulheres.

Claro que isso não é culpa da tecnologia. Conheço pessoas que estão em busca de um relacionamento mas não conseguem encontrar ninguém compatível. Para esses o Tinder pode até ajudar. Mas é preciso não cair nas armadilhas citadas acima, ou você pode pular da posição de "não consigo encontrar ninguém" para a ilusão de "todo mundo me quer! Cara, eu sou demais!".

Concluindo..

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O cara mais sexy do mundo.

Em um episódio recente do Tecnocast, chegamos à conclusão de que a tecnologia apenas potencializa o que já acontece na vida real. Olhando por essa perspectiva, fica fácil entender por que o Tinder está transformando homens em imbecis. Mesmo que de forma despretensiosa, ele transmite a sensação de que o mais importante é na verdade algo que deveria ser apenas parte do jogo da sedução: a aparência física. Isso pode te levar a fazer as coisas pensando em "quantas mulheres vou impressionar se fizer isso ou comprar aquilo”, deixando de lado os próprios gostos e interesses.

Eu acho errado culpar a tecnologia pelo uso que fazemos dela, mas há de se notar que certas lógicas podem nos levar a padrões comportamentais específicos. Vocês certamente já conheciam caras com o ego inflado antes do Tinder, assim como conhecia caras legais. Mas existe uma porção de caras legais que está se transformando completamente por levarem o que vêem no app a sério demais.

E vale dizer, nem todo homem que usa o Tinder se transforma em um completo imbecil. Se você tem maturidade para gerenciar esse jogo de egos, pode fazer um ótimo uso. Mas se sentiu uma leve cutucada ao ler alguma das coisas que falei nesse post, talvez seja melhor voltar duas casas e tentar de novo. 😛

Amor em tempos de internet

No episódio 015 do Tecnocast conversamos sobre como a internet poderia estar afetando os relacionamentos amorosos, mas de uma forma mais ampla. Antes quem namorava não tinha Facebook, Instagram ou Tinder pra se preocupar. Mas também não tinha Whatsapp ou Skype, que te permitem conversar com a sua amada sem ter que ficar pensando no pulso telefônico. O episódio conta com a participação da Bruna Vieira, Ariane Freitas e Ique Carvalho. Dá o play!

 

Por que o Tinder está transformando homens em imbecis










Meu roteador está deprimido: OnHub é o router do Google que todos queremos em casa

Posted: 18 Aug 2015 03:01 PM PDT

Quando menos se espera, o Google lança um roteador. É certo que esse tipo de produto não atrai muito interesse do público comum, mas o OnHub promete ser mais inteligente do que o router que está dentro da sua casa e otimizar o acesso para cada dispositivo específico.

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O formato de torre cilíndrica dificilmente lembra roteadores que estamos habituados a encontrar por aí. Por dentro do OnHub, 12 antenas distribuem o sinal Wi-Fi de forma uniforme para cobrir a maior área possível. Uma antena extra serve para identificar possíveis interferências de dispositivos externos, permitindo que o roteador corrija os impactos da melhor maneira possível.

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O OnHub suporta as frequências de 2.4 GHz e 5 GHz, já com o novo padrão 802.11ac, permitindo velocidade máxima teórica de 1.900 Mb/s. Também estão presentes as tecnologias Bluetooth, Google Weave e ZigBee, para que produtos de casa conectada consigam se comunicar com sua rede sem a necessidade de dispositivos extras. É possível conectar até 128 dispositivos no OnHub.

Para a instalação, nada de painéis esquisitos. Toda a configuração é feita por meio do aplicativo Google On para Android ou iOS. É possível identificar os dispositivos conectados, verificar a banda utilizada por cada um deles e realizar testes de performance por toda a rede.

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O foco do OnHub é a rede sem fio. Por conta disso, ele possui apenas duas portas ethernet, sendo uma WAN e outra LAN. Se você necessita de conexão por cabo, é necessário a utilização de um switch a parte. Também existe uma porta USB 3.0, que não se sabe ao certo sobre como poderá ser utilizada.

Uma das promessas é na atualização do produto. Com processador dual-core de 1,4 GHz, 1 GB de memória RAM e 4 GB de memória interna, o Google promete novos recursos com as atualizações de software que serão frequentes para o OnHub. As vendas começam no final do mês, com preço sugerido de 199 dólares nas cores azul e preta. O produto está sendo construído em parceria com a TP-Link.

Meu roteador está deprimido: OnHub é o router do Google que todos queremos em casa










O que há de novo (até agora) no Android 6.0 Marshmallow

Posted: 18 Aug 2015 11:20 AM PDT

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O Google finalmente anunciou o nome que marcará a próxima versão do Android, até então chamada apenas de M. Como você pode perceber pelo imenso doce que o robô está segurando acima, o doce que acompanhará a próxima versão do sistema é o Marshmallow. E tem mais: o número da versão, diferente do que muitos pensavam, será 6.0 (e não 5.2!).

Com o lançamento iminente, o que exatamente mudou? Ou melhor: já tem tanta coisa nova para o Google mudar o número da versão? Bom, pelos três previews do sistema para os desenvolvedores, é possível ter uma ideia do que devemos esperar em nossos dispositivos durante o próximo ano (e até que são muitas coisas novas). As novidades completas você acompanha nos próximos parágrafos.

Novo sistema de permissões

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Se você acompanhou o Google I/O em maio, já sabe do que isso se trata. Para melhorar o processo de instalação e atualização de aplicativos, o Google introduziu um novo modelo para garantir permissões aos aplicativos, semelhante ao que é usado no iOS atualmente.

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Basicamente, um app não precisará mais apresentar as permissões que ele precisa logo na instalação. Em vez disso, as permissões serão solicitadas conforme o aplicativo necessitar. Na imagem acima, é possível ver o aviso que o WhatsApp exibiria quando precisasse acessar o seu microfone para, por exemplo, gravar uma mensagem de voz.

Assim, tudo o que o app precisa usar será declarado na seção de Permissões do aplicativo, nas configurações. O usuário poderá desabilitar o que ele não quiser que o aplicativo use e, se for algo pequeno, o aplicativo deverá funcionar corretamente sem aquela permissão (o WhatsApp funciona sem precisar acessar o microfone, por exemplo).

Caso uma função seja essencial para o aplicativo, como um app de gravação de áudio que precise acessar o microfone, o usuário será devidamente avisado que a permissão deve ser ativada. Para as versões anteriores do sistema, o modelo de permissões antigos será aplicado sem problemas.

Novo gerenciamento de energia

Em quase toda nova versão do Android, o Google afirma que o sistema agora tem uma maior autonomia de bateria. Dessa vez, o alvo é o gerenciamento de energia quando o dispositivo está em standby: segundo o buscador, o modo de energia batizado de Doze impede que apps gastem muita bateria quando o smartphone não está sendo usado (finalmente!).

Esse modo, ao contrário do padrão para economizar energia, não precisa ser ativado por nenhum lugar. O sistema detectará se o dispositivo está sem fazer nada e ativará o Doze, que basicamente coloca o seu celular para dormir. Durante o Doze, o acesso à rede é desativado, assim como a sincronização de aplicativos e Wi-Fi.

O aplicativo pode burlar esse modo de gerenciamento de energia se emitir uma notificação de alta prioridade via Google Cloud Messaging. Caso isso não aconteça, periodicamente, a sincronização de aplicativos e outras funções que gastam bateria serão ativadas por curtos períodos de tempo para checar se há algo de novo.

Informações contextuais

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Como detalhado anteriormente por aqui, o Google quer deixar o Google Now mais inteligente e está fazendo isso com uma função chamada Now on Tap. Pelo nome, já dá para ter uma ideia: em uma tela qualquer, você pode solicitar o Google Now para exibir uma informação contextual que se relaciona com o que você estava vendo.

Na conferência para desenvolvedores, uma das demonstrações da função foi dentro do Spotify: a apresentadora estava ouvindo uma música do Skrillex, chamou o Google Now e perguntou “qual é o nome verdadeiro dele?”. Em qualquer outra tela, essa pergunta não faria o menor sentido; dentro de um aplicativo de músicas, no entanto, foi possível para o Google detectar o que a pessoa estava vendo e entregar a informação solicitada. (Se você ficou curioso, é Sonny John Moore.)

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A opção não funciona apenas para comandos de voz: na imagem que você vê acima, foi possível ler a sinopse e ver mais informações do filme Tomorrowland, que estava sendo mencionado no e-mail. A melhor parte do recurso é que é praticamente automático para os desenvolvedores: se o seu aplicativo estiver indexado pelo Google, ele já será usado para exibir informações contextuais. Sucesso!

Suporte nativo para as suas digitais

Para acompanhar a adoção do sensor de impressões digitais em alguns smartphones, o Google decidiu implementar no próprio sistema uma autenticação que usa seus dados biométricos para realizar operações. O usuário poderá, por exemplo, confirmar uma compra ou aprovar alguma transação apenas colocando o dedo no sensor.

Esse recurso já havia sido visto em alguns smartphones topo de linha da Samsung, como o Galaxy S5 e o mais recente Galaxy S6. No entanto, até agora, a implementação só havia sido feita em alguns aplicativos nativos e na tela de bloqueio. É esperado que, com uma maior facilidade para os desenvolvedores, mais aplicativos passem a suportar a funcionalidade e mais dispositivos sejam lançados com esse sensor (por favor!).

Gaveta de aplicativos na vertical

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Captura de tela via Android Police

Como assim?! Pois é. O método que estamos acostumados a navegar por entre os aplicativos parece que vai mudar. Desde o primeiro preview para desenvolvedores, o chamado app drawer já estava diferente: havia grupos de aplicativos em ordem alfabética, com uma rolagem vertical, como você pode observar na imagem ao lado.

No segundo preview, o Google decidiu deixar a interface mais limpa e tirou os agrupamentos visíveis de aplicativos. Agora, o app drawer é organizado por quatro apps mais usados no topo seguido da grade dos outros aplicativos em ordem alfabética. A rolagem continua sendo de cima para baixo, mas nada impede o Google de mudar até a versão final. Por enquanto: tchau, paginação!

Modificações no sistema

Provavelmente se baseando em ROMs customizadas, o Google decidiu dar mais opções para os usuários fazerem modificações no sistema. Batizado de System UI Tuner, esse recurso permite ao usuário alterar o que aparece nas barras de status e configurações rápidas.

Sabe quando aparece aquela opção indesejada no meio de configurações que você realmente usa? Então, será possível removê-la e trocar por uma série de outras mais úteis, incluindo a mudança dos perfis de áudio, opções de localização e várias outras.

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Quanto à barra de status, será possível esconder quase todos os ícones que você quiser, ainda que as opções estejam ativas. Se você precisa do Bluetooth mas não quer vê-lo por lá, é só desativar. Os únicos ícones que não podem ser escondidos são o da bateria, horário e vibração (se a opção estiver ativa). Ainda há uma opção para exibir a porcentagem da bateria dentro do ícone.

Como o Droid-Life mostrou, o processo de ativação do System UI Tuner é pouco intuitivo: o usuário deve pressionar o ícone de configurações da barra de notificações por 5 segundos. Não é algo muito escondido, mas usuários comuns não vão conseguir encontrar essa opção logo nas configurações.

Backup automático de apps para o Google Drive

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Sim, você não leu errado. Finalmente o Google vai fazer com que os dados dos seus aplicativos não sejam perdidos se você trocar de celular, perder ou for roubado. Todos os dados do app serão criptografados e salvos no Google Drive, então é esperado que seu login e configurações sejam mantidos no novo aparelho; a restauração será automática.

O backup automático funciona para todos os aplicativos instalados, sem precisar esperar que o desenvolvedor lance algum suporte adicional. A cópia é feita em um ciclo de 24 horas e o dispositivo não pode estar sendo usado e precisa estar carregando e conectado a uma rede Wi-Fi. Por enquanto, há um limite de 25 MB por aplicativo.

Melhor integração entre aplicativos

Batizada de App Links, essa função é capaz de associar URLs a funções internas dos apps. Em vez de perguntar se você quer abrir uma URL do YouTube no Chrome ou no aplicativo próprio para esse tipo de conteúdo, o Android já vai saber que o YouTube é a melhor opção.

Assim, os desenvolvedores já podem associar um domínio próprio com seus aplicativos para agilizar o processo de seleção. Um ponto negativo, como aponta o Android Police, é que apps de terceiros não podem abrir URLs de outros aplicativos. Exemplo: clientes de Twitter como o Falcon Pro ou Talon não podem ser configurados para abrir diretamente links do Twitter, uma vez que este já tem o controle do domínio. De qualquer forma, qualquer melhora na integração dos apps é sempre bem-vinda.

Melhorias no compartilhamento

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Falando em integração de aplicativos, essa novidade também poupa o usuário de fazer toques desnecessários para chegar onde ele precisa. Neste caso, o compartilhamento de conteúdo poderá ser feito diretamente para “alvos específicos” dentro de outros apps, como contatos.

Para compartilhar um link para um amigo no WhatsApp, posso tocar no nome dele direto na tela de compartilhamento, sem precisar ir para o aplicativo. Na imagem ao lado, podemos ver que a novidade se estende para o Messenger (do Google) e o app de e-mails Inbox. Naturalmente, fica por conta dos desenvolvedores fazerem bom uso da novidade em seus aplicativos.

Novidades menores

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Entre as novidades pequenas, mas que também fazem diferença, estão algumas mudanças nas configurações e no sistema em geral. Agora, há uma seção no app para ver como está sendo feito o gerenciamento de memória; outra seção, a “Armazenamento”, agora chama “Armazenamento e USB” e tem um visual mais limpo.

O gerenciamento de aplicativos também recebeu novidades: como você pode ver ao lado, as principais informações sobre o app estão reunidas em um lugar só (como deveria ser desde o começo). Informações sobre armazenamento, consumo de dados, permissões, tipos de notificação, abertura por padrão e muito mais são exibidos agora.

Mais adentro do sistema, é possível ver que o menu de seleção, que mostra as opções de copiar, colar e cortar, agora fica flutuando em cima do texto selecionado. Há um novo sistema de mensagens de voz, que gerencia suas mensagens no próprio aplicativo do discador e os controles de volume se comportam melhor.

Novos papéis de parede e uma animação de boot diferente também acompanham a nova versão.

Ainda tem mais

Sim, mais. Além das mudanças principais e novidades menores, muita coisa mudou por trás, afinal, é um novo level de API (agora, o 23). Caso você seja desenvolvedor e queira se aventurar nas mudanças internas, o Google reúne as principais novidades na API aqui.

Inclusive, com o novo sistema de beta testing do Google Play, já é possível para os desenvolvedores enviarem seus aplicativos prontos para o Android 6.0 para a loja de apps. Quando o sistema ficar disponível para todo mundo, o Google ainda avisa que vai atualizar a Play Store para suportar o novo sistema de permissões.

E quando sai?

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Não dá para ter certeza. Atualmente, as versões para desenvolvedores estão no terceiro e último beta, mas não há uma data exata para a versão ser liberada para o público. De qualquer forma, no Google I/O, a empresa afirmou que chega na nossa primavera ― isso significa que até o final do ano os principais smartphones da linha Nexus, incluindo o 5, 6, 9 e Player vão estar atualizados.

Para os outros, é uma incógnita. A Sony, pelo menos, já sinalizou que os desenvolvedores podem implementar o Android M Developer Preview nos principais dispositivos da fabricante (até nos Xperias Z1, M2 e T3, por exemplo). Mas, por algum motivo, o nível da API ainda é o do Lollipop. De qualquer forma, é um indício que a fabricante quer atualizar a sua linha rapidamente.

No entanto, até o momento, é preciso ter um smartphone da linha Nexus se você quiser oficialmente colocar as mãos no que será a nova versão do Android. O Google detalha aqui as instruções de instalação para os dispositivos citados acima, mas vale lembrar que o uso no dia a dia ainda não é recomendado.

O que há de novo (até agora) no Android 6.0 Marshmallow










As páginas deste livro podem ser arrancadas para se transformarem em filtros de água suja

Posted: 18 Aug 2015 08:15 AM PDT

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Mais uma daquelas tecnologias baratas que resolvem grandes problemas foi testada com sucesso: o Drinkable Book, um livro cujas páginas podem ser arrancadas e transformadas em filtros de água suja. O objetivo é produzir água para ser consumida em regiões carentes, que não possuem água potável à disposição.

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No Drinkable Book estão impressas algumas instruções de como filtrar a água e por que isso é importante. As folhas são fabricadas em papel com nanopartículas de prata, que são absorvidas pelas bactérias que passam. Basicamente, você só precisa pegar uma folha, colocá-la em um suporte, despejar a água do rio mais próximo e esperar até que saiam água limpa e bactérias (mortas) do outro lado.

Os cientistas colheram 25 fontes de água contaminadas na África do Sul, Gana e Bangladesh. Resultado? 99% das bactérias foram eliminadas. Isso significa que, ao filtrar a água dos países africanos, é possível chegar a uma água com índice de contaminação parecido com o que sai das torneiras dos Estados Unidos. Nada mal, considerando que normalmente é seguro beber a água da torneira dos americanos.

Como cada página consegue filtrar até 100 litros de água, o Drinkable Book pode fornecer água limpa para uma pessoa por até quatro anos.

Mas ainda há alguns problemas. Primeiro, os testes com protozoários e vírus ainda não foram concluídos, portanto, não está claro se o papel é tão eficiente contra esses microrganismos quanto é com as bactérias. Segundo, a produção é artesanal: os cientistas demoram dias para produzir páginas suficientes para um livro. A próxima etapa, agora, é encontrar formas de fabricar os livros em massa. Veremos.

Com informações: BBC.

As páginas deste livro podem ser arrancadas para se transformarem em filtros de água suja