Tecnocast 028 – A fragmentação do Android (mais 3 notícias) |
- Tecnocast 028 – A fragmentação do Android
- Você nunca viu, mas sempre quis: BB-8, o droid de Star Wars VII, pode ser seu
- Financie isso: Robin é um smartphone que deixa quase tudo nas nuvens (até seus apps)
- O curioso caso da prefeitura que teve seu sistema bloqueado por hackers
Tecnocast 028 – A fragmentação do Android Posted: 03 Sep 2015 05:27 PM PDT Quem já comprou um smartphone com Android, certamente se deparou com a questão da fragmentação no momento da escolha do aparelho. Isso porque, por conta das customizações dos fabricantes, os dispositivos demoram para receber a versão mais nova do sistema, ou às vezes nem recebem. Mas será que a falta de atualização influencia em alguma coisa? O que você perde ao utilizar um smartphone com o sistema desatualizado? Dá o play e vem com a gente! ParticipantesOferecimentoA Petrobras está de portas abertas para você conhecer um pouco mais de tudo o que ela faz. Para isso ela criou o site Tecnologias pioneiras do Pré-Sal, que fala sobre as tecnologias que foram desenvolvidas para conseguir alcançar essa nova fronteira exploratória. Acesse e conheça! Obrigado Petrobras por apoiar o Tecnocast! \o/ Guia SemanalCaixa PostalMande a sua mensagem: tecnocast@tecnoblog.net TecnogrupoParticipe do grupo de discussão do TB no Facebook. Assine o TecnocastEdição e SonorizaçãoO Tecnocast é editado por Rádiofobia Podcast e Multimídia. Arte da CapaArte da capa por Paulo Moraes.
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Você nunca viu, mas sempre quis: BB-8, o droid de Star Wars VII, pode ser seu Posted: 03 Sep 2015 11:43 AM PDT Não sei vocês, mas se existe uma pessoa ansiosa feito criança para a estreia de Star Wars VII: O Despertar da Força, essa pessoa sou euzinha. Sim, mesmo com o dedinho da Disney na produção. E eu diria mais, eu diria que principalmente considerando o dedinho da Disney na produção. Se tem uma coisa que a Disney faz bem, além de filmes tocantes, essa coisa é marketing de criação de necessidades. Consiste numa ação muito simples: algo que não teria a menor utilidade para você é colocado à venda e, do absoluto nada, sua vida não faz sentido sem aquilo. É o caso da réplica do BB-8, o companion droid (e parente dos R2) de O Despertar da Força. Poderia ser só uma cópia, um brinquedo imóvel a mais para enfeitar sua estante, mas sua produtora Sphero foi tão longe que adicionou ao boneco a função de ser controlável por smartphone. Sério, isso é tão incrível que eu não consigo escrever esse texto sem expressar minha aflição para tê-lo em casa. Nunca te encontrei, mas sempre te quis. Do tamanho de uma laranja americana (?), o BB-8 pode ser pareado com o smartphone ou tablet de seu dono via Bluetooth e, além de reconhecer sua voz, respondendo a comandos, também possui uma personalidade moldável de acordo com sua programação. O mini-robô vem com uma câmera acoplada que permite gravar, enviar e exibir fotos e vídeos holográficos. É tipo o futuro do tamanho duma bola de tênis e licenciado pela Disney. O Tech Guide fez um vídeo do robô “acordado”, para termos uma ideia de como ele funciona: Ademais, já existe também um site totalmente voltado para explicar a mecânica do personagem original, o How BB-8 Works, cujo nome é bem auto-explicativo. A página conta, entre outros detalhes, que BB-8 surgiu da genialidade de J. J. Abrams, diretor da série, que dispensou o uso de GCs para criar o android: a ideia era justamente criar um robô real, inspirado nos concept arts dos primeiros R2, feitos para a trilogia original por Ralph McQuarrie. A partir disso, descobrimos que o brinquedo, que será vendido por vários países do mundo, como Chile, Bélgica e Singapura (mas não no Brasil, é claro), possui o mesmo motor de sua matriz: a bola Sphero, que curiosamente foi desenvolvida por uma startup também chamada Sphero — a segunda apoiada pelo programa de incentivo Disney Accelerator. E como é que essa bola vai andar por sua casa sem destruir tudo pelo caminho? Pois bem, a engenhoca patenteada pela Disney possui um motor simples, mas aparentemente eficaz: há dentro da bola um giroscópio, que determina o pólo de gravidade do aparelho, além de duas rodas que geram a propulsão de movimento da esfera. Sua bateria, que dura até uma hora, é recarregada por uma base de apoio, um contrapeso que mantém as rodas girando na metade de baixo da bola, que entram em contato com as paredes do objeto graças a um suporte vertical em seu centro. Sua “cabeça flutuante”, parte que mais abre precedentes para que acreditemos no uso de magia negra em sua construção, funciona, nada mais, nada menos, do que a partir de… imãs. Ocorre que a haste vertical interna da Sphero interage magneticamente com um elemento externo: a tal cabeça do “Mas gente, um trem desses deve valer dois rins!”, você pode pensar. “Pare de buscar compradores de órgãos na internet agora mesmo!”, respondo eu. O protótipo, que deve ser lançado em breve, será vendido por US$ 150. E você pode cadastrar seu e-mail para receber novidades aqui. Obrigada por comprar a franquia de Star Wars, Disney. Só não estraga o resto dos filmes, por favor. Você nunca viu, mas sempre quis: BB-8, o droid de Star Wars VII, pode ser seu |
Financie isso: Robin é um smartphone que deixa quase tudo nas nuvens (até seus apps) Posted: 03 Sep 2015 10:55 AM PDT Depois da bateria, o item que mais causa irritação no usuário é, provavelmente, o espaço para armazenamento de dados. A gente tira uma foto atrás da outra, baixa músicas, instala jogos pesados e, quando vê, está dependente de um microSD. A Nextbit é uma startup formada por ex-engenheiros do Google e da HTC que promete uma solução: um smartphone que coloca seus dados nas nuvens de modo inteligente para nunca faltar espaço. Batizado como Robin, o dispositivo roda Android Lollipop (com promessa de atualização para o Marshmallow) e um software que atua em segundo plano para monitorar como você faz uso de dados. A ideia é reservar para as nuvens tudo aquilo que não é primordial no smartphone. Isso vale para fotos e músicas, por exemplo. Se você não acessa esses arquivos com regularidade, o Robin entende que esse conteúdo não é prioritário e, portanto, pode ser mantido apenas nas nuvens. A parte mais interessante é que o Robin pode fazer o mesmo com aplicativos. Se você usa o app de email todo dia, ele fica lá. Mas uma ferramenta que você só acessa quando viaja pode ser movida para as nuvens. Para “ressuscitá-la”, basta tentar acessá-la (o ícone fica cinza quando o app é transferido): o aparelho baixará o aplicativo e o deixará no mesmo estado de quando você o utilizou pela última vez. O vídeo abaixo tem uma demonstração: Mike Chan, um dos fundadores da Nextbit, explica que, quanto mais usado, mais o Robin se adapta ao perfil do usuário. Por padrão, a transferência para as nuvens é feita apenas quando o aparelho está conectado a uma rede Wi-Fi, mas dá para configurá-lo para redes 3G ou 4G. Um conjunto de LEDs na parte traseira acende quando uma transferência está em andamento. Também é possível acompanhar a quantas anda o armazenamento no aparelho e nas nuvens por meio de um aplicativo próprio para esse fim. Eu achei a ideia muito interessante, mas concordo com o que você deve estar pensando: há uma série de desvantagens aí. Se eu estiver na rua vou ter que gastar a minha franquia de dados. Se a minha conexão estiver lenta demorará uma eternidade para o aplicativo ser baixado. Se eu estiver sem conexão, ferrou. É seguro deixar meus dados nos servidores da empresa? Essas observações deixam claro que o Robin não é para todo mundo. Por outro lado, a proposta do aparelho desafia o modelo de serviço que temos hoje: pelo menos em relação aos dispositivos móveis, o armazenamento nas nuvens serve, na maioria dos casos, como backup, não como uma extensão da capacidade do aparelho. Analisando bem, o Robin não faz nada muito diferente do que Apple, Google e Microsoft já oferecem — abrir a versão móvel do Word e acessar um documento armazenado no OneDrive é uma maravilha. O que a Nextbit está tentando fazer é oferecer uma integração com as nuvens mais profunda, que beira o nível da plataforma (e não apenas da aplicação). O Robin obteve uma rodada de investimento no valor de US$ 18 milhões. Mas, para fins promocionais, a Nextbit decidiu colocá-lo em campanha no Kickstarter. Por lá, o projeto já é um sucesso. A meta estabelecida é de US$ 500 mil, mas, enquanto eu escrevia este post, a arrecadação estava em pouco mais de US$ 755 mil. Isso sugere que a questão da falta de espaço para dados realmente incomoda muita gente. Pode ser também que os compradores estejam apenas interessados em ter um smartphone diferente. O Robin tem design bem “quadradão” e, por incrível que pareça, isso o torna peculiar. As cores também fogem do padrão: há uma versão clara e outra escura, mas nada que se baseie em tons chamativos ou no preto que a gente encontra em quase todos os modelos. As especificações também são interessantes. O Robin conta com tela IPS de 5,2 polegadas e resolução 1080p, processador Snapdragon 808, 3 GB de RAM, câmera frontal de 5 megapixels, câmera traseira de 13 megapixels, bateria de 2.680 mAh, dois alto-falantes frontais, NFC, Wi-Fi 802.11ac, Bluetooth 4.0, USB tipo C e leitor de impressão digital. Para armazenamento de dados, o aparelho oferece 32 GB físicos mais 100 GB nas nuvens. Na página da campanha, a Nextbit destaca que o Robin pode ser usado com CyanogenMod ou outras ROMs. Não parece, mas essa é uma espécie de garantia: se a ideia te desagradar, você pode instalar outro sistema operacional para aproveitar o aparelho. Os riscos não são pequenos. Os Chromebooks estão aí para provar que, por ora, apenas uma minoria consegue depender totalmente das nuvens. Por que é legal? O Robin propõe uma forma diferente de resolver a limitação de espaço para dados nos smartphones. Além disso, o projeto dá ideia de quão ampla será a integração com as nuvens em um futuro relativamente próximo. Por que é inovador? A Nextbit utiliza um software que analisa as atividades do usuário para definir o que pode ser acessado apenas a partir das nuvens. Por que é vanguarda? Com o Robin, o armazenamento nas nuvens não serve apenas como backup, mas também como extensão da capacidade do dispositivo. Vale o investimento? No Kickstarter, o Robin custa US$ 349 (havia uma opção de US$ 299 que esgotou rapidamente) mais as despesas de envio. Não é um produto necessariamente barato. Vale a pena para quem está disposto a experimentar um smartphone com uma proposta ousada. Financie isso: Robin é um smartphone que deixa quase tudo nas nuvens (até seus apps) |
O curioso caso da prefeitura que teve seu sistema bloqueado por hackers Posted: 03 Sep 2015 08:57 AM PDT O sistema da prefeitura do município de Pratânia (SP), localizado a 271 km da capital paulista, foi invadido por hackers no começo desta semana. Os servidores públicos que chegaram para trabalhar na segunda-feira (31) encontraram os computadores com todos os programas e outras atividades da prefeitura criptografados, com acesso negado. A pacata cidade, de apenas 5 mil habitantes, tem alta dependência do sistema da prefeitura. Quem tentou abrir algum arquivo ou realizar alguma ação no computador se deparou com uma mensagem em inglês que pedia um resgate de US$ 3 mil para restabelecer o serviço. O e-mail ainda informava que nenhum desconto poderia ser aplicado e que o suposto hacker pode provar que está em posse dos arquivos roubados. A mensagem acima também foi recebida por duas empresas da cidade de Marília (SP), a 447 km da capital paulista, e uma empresa do município vizinho de Vera Cruz (SP). As três cidades, localizadas no centro-oeste paulista, acharam melhor não pagar o resgate por recomendação de especialistas em segurança. Com todo o sistema criptografado, nenhum dos 214 funcionários da Prefeitura de Pratânia consegue gerenciar serviços administrativos ou ter acesso às informações da prefeitura. O problema se agrava porque nesta quinta-feira (3) os servidores do município deveriam receber seus pagamentos, o que não vai acontecer com o sistema inacessível. "A folha, o almoxarifado, o IPTU, ISS, tesouraria, compras, licitações, enfim, o coração da prefeitura está bloqueado", lamenta o prefeito Roque Joner (há um erro de digitação na legenda acima). Sem ter como movimentar o caixa, foi criado uma reação em cadeia, uma vez que fornecedores do comércio também precisam ser pagos para manter os estoques abastecidos. A quantia de R$ 5 mil para uma quitanda que fornece alimentos para a merenda escolar, por exemplo, ainda não foi depositada. Outro estabelecimento, provedor de materiais de construção para a prefeitura, precisa do depósito para pagar os funcionários. Sem o sistema, a prefeitura tenta contato com o banco para recuperar os dados da última folha de pagamento. Caso as informações sejam acessadas, os salários serão pagos nesta sexta-feira (4); caso contrário, o pagamento será feito em cheque depois do feriado, na próxima terça-feira (8). Até ontem a última quarta-feira (2), a prefeitura ainda não havia conseguido acessar o sistema e, segundo a TV TEM, está construindo um novo, do zero, para administrar a cidade. Os cidadãos, naturalmente, estão em choque com o acontecido. “Que coisa, né? A gente está totalmente assustado. Aqui em Pratânia, acontecer isso? Coisa que a gente só vê em cidade grande, ou escuta falar, né? Mas que chegou até nós também”, disse Michelli Lopes, dona de casa residente da cidade, em entrevista à TV TEM. Informações do ataqueQuem tinha a intenção de deixar uma cidade inteira com os pagamentos atrasados? Como o ataque foi realizado, exatamente? Pouco se sabe. É curioso, no entanto, notar a semelhança do ataque sobre a prefeitura com o sofrido pelas empresas de Marília e Vera Cruz. A mensagem exibida é exatamente a mesma, com o mesmo espaçamento entre as letras, capitalização das palavras e até a quantia exigida de US$ 3 mil. Há um tipo de malware que faz algo semelhante, conhecido na área de segurança por Ransomware. Alguns vírus que recebem essa classificação também são conhecidos, como uma praga de provável origem russa conhecida como Ransomcrypt que, segundo o site Linha Defensiva, já afetou brasileiros, mas sua atuação é incomum. A praga criptografa todos os arquivos do usuário, alterando suas extensões para '.Bl9c98vcvv' ou mesmo '.EnCiPhErEd'. O vírus também modifica as pastas adicionando arquivos textos com o nome "HOW TO DECRYPT FILE", onde existe as explicações de recuperação. Os criminosos exigem um pagamento para a liberação do código que irá descriptografar os arquivos. Esse pagamento é feito através da compra de créditos Ukash, uma moeda utilizada na Europa para transações eletrônicas. Coincidência? Talvez. Embora nenhum especialista de segurança tenha se pronunciado com mais informações técnicas sobre o caso, a semelhança com o que aconteceu na prefeitura começa a aparecer. É característico do cavalo de tróia Ransomcrypt procurar por vulnerabilidades em sistemas ou navegadores e explorá-las, aplicando a infecção como um processo automatizado. A exploração mecânica da falha pode ser uma explicação para a infecção de sistemas menores, sem procedimentos de segurança avançados para prevenir ataques como esse. Por outro lado, o Departamento de Inteligência da Polícia Civil está colaborando com o caso da Prefeitura de Pratânia e pretende fazer o responsável responder criminalmente, caso haja alguém. O curioso caso da prefeitura que teve seu sistema bloqueado por hackers |
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