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Galaxy S6 Edge+: um grandalhão para poucos (mais 2 notícias)

Galaxy S6 Edge+: um grandalhão para poucos (mais 2 notícias)

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Galaxy S6 Edge+: um grandalhão para poucos

Posted: 04 Sep 2015 03:42 PM PDT

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O Galaxy S6 Edge cresceu. O smartphone com tela curvada nas duas laterais e design bastante chamativo, teve uma alta procura que pegou de surpresa até a Samsung. Resultado: surgiu o Galaxy S6 Edge+, que tenta repetir a mesma fórmula de sucesso do irmão menor, mas agora com uma tela de 5,7 polegadas, do mesmo tamanho do recém-anunciado Galaxy Note 5.

Com um processador que já provou sua competência, uma câmera que se mostrou muito boa e o mesmo acabamento caprichado de alumínio e vidro, será que o grandalhão de tela curva da Samsung é uma boa opção de compra? Eu usei o Galaxy S6 Edge+ como meu smartphone principal na última semana e conto minhas impressões nos próximos parágrafos.

Design

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O Galaxy S6 Edge+ é praticamente um chamador de assunto: basta sacar o smartphone do bolso que logo alguém irá perguntar sobre o aparelho. O design com tela curva nas duas laterais (e grande!) se diferencia dos outros de longe, e o fato de estar testando justamente a versão dourada provavelmente contribuiu para que as pessoas chegassem e questionassem "ei, que celular é esse?" ou comentassem algo sobre o dispositivo.

Portanto, não é um aparelho para quem prefere ser discreto (ou tem medo de ser assaltado). Mas, tirando o aspecto "CHEGUEI, GALERA!" do Galaxy S6 Edge+, trata-se de um smartphone muito bem construído, que faz jus ao preço extremamente salgado de R$ 3.999 cobrado no Brasil. Impossível não perceber a precisão no encaixe dos componentes e os pequenos cuidados que a Samsung teve no design do aparelho, como a linha no centro das bordas superior e inferior.

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As bordas de alumínio passam ótima impressão, assim como o vidro na traseira, que é protegido com Gorilla Glass 4. A traseira possui ótima aderência e não escorrega facilmente na mão, embora tenha o problema de atrair muitas marcas de dedo. Mesmo sendo de vidro, um material que costuma causar superaquecimento em certos smartphones, o Galaxy S6 Edge+ não esquenta mais que outros aparelhos da categoria: ele fica quente ao exigir muito da conexão móvel ou GPU, mas não a ponto de prejudicar o desempenho ou causar algum outro problema.

O fato do visor ser curvado contribuiu para diminuir a largura do aparelho, mas não se engane: diferentemente do Galaxy S6 Edge, o Galaxy S6 Edge+ não pode ser usado confortavelmente com apenas uma mão, embora a Samsung tenha adicionado um recurso de software para situações emergenciais (aperte o botão de início três vezes para redimensionar a tela). É o típico smartphone desenvolvido pensando em consumo de conteúdo, como vídeos e jogos, sem muita preocupação com a ergonomia.

Como todo bom topo de linha da Samsung, há uma série de sensores embutidos no aparelho. Na parte frontal, temos sensores de proximidade e luminosidade (no topo) e um leitor de impressões digitais (no botão de início), que funciona muito bem — em comparação com o Galaxy Note Edge, que ainda exigia o movimento de deslizar o dedo e frequentemente falhava, é uma mudança da água para o vinho.

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Já na traseira, ao lado da lente da câmera, ficam alguns sensores que, em conjunto com o aplicativo S Health, permitem medir seus batimentos cardíacos, nível de oxigenação no sangue e até estresse (com base na variação dos seus batimentos). Na prática, é mais uma perfumaria do que algo realmente essencial; a informação mais importante, os batimentos cardíacos, pode ser medida com precisão satisfatória usando uma câmera.

Tela

A tela, um componente que a Samsung vem melhorando a cada geração, está impecável no Galaxy S6 Edge+: é uma das melhores telas que existem e talvez a melhor disponível no mercado brasileiro atualmente.

Eu sempre gostei mais das telas LCD devido ao branco mais branco e cores mais precisas (o preto de verdade dos OLEDs é incrível, mas, no final das contas, tudo o que você usa e acessa no celular tem fundo branco). Só que não há nada que desabone o Super AMOLED de 5,7 polegadas da Samsung: as cores são vivas, sem excesso de saturação, o brilho é forte e a legibilidade sob a luz do sol é excelente.

Com resolução de 2560×1440 pixels (são 518 pixels por polegada), também não há o que reclamar da definição: é impossível enxergar pixels individuais a olho nu, mesmo forçando bastante a vista. É uma resolução tão boa (os 1920×1080 pixels da geração anterior de flagships já eram sensacionais) que me faz pensar por que algumas fabricantes insistem em coisas como 4K num smartphone. E não apenas a Sony: a própria Samsung já trabalha em telas 11K para dispositivos móveis.

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"Para que serve essa tela curvada nas laterais?" Eu já disse num episódio do Tecnocast que elas simplesmente não precisam ter utilidade; podem ser apenas um diferencial de design. Mesmo assim, a Samsung adicionou alguns mimos de software para tentar aproveitar melhor a tecnologia.

Uma pequena aba no topo do lado direito (ou esquerdo, se você é canhoto como eu), ao ser puxada, mostra uma lista com até cinco contatos importantes definidos por você. Deslizando o dedo mais uma vez, há atalhos para aplicativos. É uma ideia interessante, que poderia ser útil, mas que não funciona bem — por várias vezes, o aparelho não reconheceu meu gesto e executou alguma ação indesejada no aplicativo que estava rodando no momento.

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Nas configurações do sistema, é possível ativar o Relógio Noturno, que mostra o relógio na borda curvada da tela numa faixa de horário definida por você; e o Fluxo de informações, que pode exibir uma série de dados, como notícias do Flipboard, chamadas e mensagens de texto perdidas, número de passos registrados pelo S Health e ações do Yahoo Finanças.

Você precisa de uma tela curvada nas laterais? Obviamente não. Mas ela está ali, é bonita e não atrapalha.

Software

A Samsung, que sempre foi muito criticada pela interface pesada e aplicativos de utilidade duvidosa incluídos no Android, tem mostrado que aprendeu com os erros desde o Galaxy S6, lançado em março. O Galaxy S6 Edge+ ainda roda a famigerada TouchWiz e não vai agradar os que preferem o Android puro, mas o software dos sul-coreanos está mais refinado: não há aquele excesso de recursos inúteis que deixam o aparelho lento, e as interfaces são bem acabadas.

Como parte de uma parceria com a Microsoft, a Samsung integrou o pacote Office (composto por Word, Excel, PowerPoint e OneNote), além dos aplicativos Skype e OneDrive no Galaxy S6 Edge+. Basta entrar com sua conta da Microsoft para receber 100 GB de espaço adicional por dois anos na nuvem da empresa — melhor do que nada, mas bateu saudades da antiga parceria com o Dropbox, onde é mais difícil obter armazenamento extra gratuitamente.

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Entre as poucas adições da Samsung, temos:

  • S Health: monitora a qualidade do sono, passos dados e calorias consumidas, além de servir como um hub para os sensores de batimentos cardíacos, oxigenação do sangue e estresse. Talvez você escolha não abandonar seu MyFitnessPal, RunKeeper, Sleep as Android e outros, mas é um software muito bem desenvolvido.
  • SideSync: espelha a tela do Galaxy S6 Edge+ no computador (Windows ou OS X), inclusive permitindo o compartilhamento de arquivos entre os dispositivos, tanto por Wi-Fi quanto por USB.
  • Gravador de voz: tem um modo Entrevista, que usa os dois microfones (um na parte superior e outro na parte inferior do aparelho) para melhorar a qualidade da gravação; e um recurso chamado Nota de Voz, que converte fala em texto, com suporte ao português do Brasil.
  • S Voice: a assistente de voz da Samsung, que pode ser ativada com um comando de voz mesmo quando o aparelho está em standby. Funciona bem, mas particularmente faz pouca diferença na minha rotina, assim como a Siri; é legal para brincar nos primeiros dias, mas como não é proativa como um Google Now, é fácil esquecer que existe.

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Existem algumas funções escondidas nas configurações do sistema:

  • Acelerador de download: aumenta a velocidade dos downloads ao usar conexões Wi-Fi e 4G simultaneamente para baixar um arquivo (pode não ser uma boa ideia ativar essa opção se você tem um plano de dados limitado);
  • Ferramentas de gerenciamento de energia, como um modo de economia de bateria (que diminui o clock do processador e faz outras otimizações, ou simplesmente transforma seu smartphone num dumbphone para quando a situação estiver crítica e você não tiver um carregador por perto) e um painel que mostra os aplicativos que mais consumiram energia com a tela desligada;
  • Modo Privado: protege com senha (ou impressão digital) as fotos, vídeos, gravações, músicas e outros arquivos que você deseja manter confidenciais.

Claro que nem tudo é uma maravilha. Por exemplo, não dá para entender a existência de um navegador próprio da Samsung, que não acrescenta nada novo, sendo que existe o Chrome. Além disso, ao deslizar a tela inicial para a esquerda, em vez de acessarmos o Google Now, há uma tela do Flipboard. O serviço é muito bom, mas o Google Now é mais útil (além de também mostrar notícias) e a integração com o Flipboard não está fluida; por várias vezes, a tela é recarregada do zero.

As modificações da Samsung também costumam impactar na performance. Embora as animações da interface estejam bastante suaves (é difícil fazer algo que fique travando com um hardware tão poderoso), o desempenho multitarefa é ruim devido ao modo agressivo com que o Android modificado da sul-coreana encerra os aplicativos em segundo plano, um problema que comentarei adiante.

Câmera

Na época do lançamento, o Galaxy S6 impressionou pela câmera de altíssima qualidade que tinha, e o Galaxy S6 Edge+ não muda esse cenário: é certamente a melhor que já usei até agora. A Samsung conseguiu combinar um bom conjunto óptico, formado por sensor de 16 megapixels (1/2,6 polegada) e lente de abertura f/1,9 com estabilização óptica de imagem, com um algoritmo de pós-processamento equilibrado, que gera imagens com boas cores e ótimo nível de detalhes.

Em boas condições de iluminação, a definição é excelente e não existem ruídos nas imagens. O bom alcance dinâmico do sensor permite fotografar em cenários mais contrastantes sem estourar as partes mais claras, como um céu nublado ou ensolarado. A abertura grande da lente, por sua vez, cria um efeito bokeh muito bonito nas fotos com desfoque no fundo.

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O Galaxy S6 Edge+ também não faz feio em ambientes noturnos, gerando fotos com um nível de ruído muito baixo ao mesmo tempo em que mantém a definição muito boa:

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A Samsung ganha pontos por ter desenvolvido um aplicativo de câmera simples para o usuário comum e mais completo para os fuçadores de plantão — dá para salvar as fotos em RAW, ajustar a velocidade do obturador e até mesmo trocar os modos de medição de luminosidade (centro ponderado, matriz ou ponto). A câmera abre rapidamente, mesmo com a tela bloqueada, ao dar um duplo-clique no botão de início.

Com o Galaxy S6 Edge+, a Samsung criou um novo degrau de qualidade de fotografia, que as outras fabricantes ainda estão para subir.

Hardware e bateria

Praticamente não houve alterações no hardware do Galaxy S6 para o Galaxy S6 Edge+ ou Galaxy Note 5: o processador é o mesmo octa-core Exynos 7420 (formado por quatro núcleos Cortex-A57 de até 2,1 GHz e mais quatro Cortex-A53 de 1,5 GHz) e a GPU continua sendo a competente Mali-T760MP8. A única diferença relevante é o aumento para 4 GB de RAM. É aí que entra uma questão crítica.

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O Galaxy S6 Edge+ é o segundo aparelho a chegar ao Brasil com 4 GB de RAM. O primeiro foi o Zenfone 2, a quem dediquei algumas linhas para elogiar o desempenho multitarefa: é possível rodar muitos aplicativos ao mesmo tempo, sem que o Android comece a suspendê-los da RAM. O problema é que isso não é verdade no topo de linha da Samsung, mesmo tendo a mesma quantidade de memória.

Por algum motivo que desconheço, o Android da Samsung é extremamente zeloso no consumo de memória e no gerenciamento de aplicativos em segundo plano. Apesar de ter uma RAM generosa, o sistema frequentemente fecha aplicativos em segundo plano que foram abertos há pouco tempo. Se eu abrir o MixRadio e depois usar Facebook, Twitter e Chrome, é quase certeza que o MixRadio será recarregado quando eu alterná-lo para ele dali alguns minutos.

Isso não é o fim do mundo, mas é incômodo porque há uma engasgada na alternância e uma espera de dois ou três segundos para carregar o aplicativo novamente, o que não deveria acontecer num flagship com 4 GB de RAM. Depois de investigar o problema, descobri que não era um caso isolado e muito menos recente na Samsung, já que o Galaxy S6, com 3 GB de RAM, perdia do iPhone 6, com seu único gigabyte de RAM, em desempenho multitarefa.

Apesar de ser ruim no multitasking, o Galaxy S6 Edge+ se dá muito bem nos jogos, o que faz sentido quando consideramos que o hardware da Samsung é bastante potente — o Exynos 7420 é o melhor processador ARM disponível atualmente no mercado (além de não ter a má fama de esquentadinho do Snapdragon 810) e a Mali-T760MP8 roda qualquer coisa com um pé nas costas. Não há nenhum sinal de queda de frames em jogos como Real Racing 3 ou Dead Trigger 2 com os gráficos no alto.

Para ilustrar melhor, eis alguns resultados de benchmarks sintéticos para os viciados em números:

O Galaxy S6 Edge+, portanto, tem o melhor hardware do mercado, os melhores resultados nos benchmarks e… leva nota 8 em desempenho. A esperança é que o problema do multitarefa pode ser corrigido com uma atualização de software. E eu espero mesmo que isso aconteça, porque o aparelho não é nada barato.

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Já a bateria, um ponto que foi bastante criticado na sexta geração do Galaxy S, deu conta do meu uso diário. O Galaxy S6 Edge+ tem bateria de 3.000 mAh, pouca coisa acima do Galaxy S6 (2.550 mAh) e Galaxy S6 Edge (2.600 mAh). Em tese, o beneficio da capacidade adicional seria anulado por causa da tela maior, mas os resultados foram bons — a duração da bateria não surpreende, mas é decente.

No meu tradicional dia de testes com uso intenso de dados móveis, tirei o smartphone da tomada às 8h10. Ouvi músicas por streaming no MixRadio pelo 4G por cerca de duas horas e naveguei na internet, entre emails, redes sociais e páginas da web, por cerca de 1h40min, também no 4G. A tela ficou ligada por exatamente 1h57min. No final do dia, às 23h26, o aparelho chegou aos 15% de carga (quando entrou em modo de economia de energia).

É provável que a autonomia do Galaxy S6 Edge+ seja suficiente para chegar até o fim do dia na maior parte dos casos. Se não for, pelo menos o carregador rápido dá uma bela ajuda: fui capaz de elevar a bateria de 0% a 50% em menos de 40 minutos. A carga completa dura cerca de uma hora e meia. Uma boa novidade no Galaxy S6 Edge+ e Galaxy Note 5 é que a Samsung também melhorou a velocidade do recarga sem fio — mas ainda não tive a oportunidade de testar o novo carregador wireless.

Conclusão

O Galaxy S6 Edge+ é um dos melhores smartphones que já passou pelas minhas mãos nos últimos três anos. Ele quase não tem defeitos (e o único grande problema pode ser corrigido com uma atualização de software). A Samsung juntou os melhores componentes disponíveis no mercado num aparelho só: não me lembro de nenhuma tela, câmera ou processador que seja melhor que os do Galaxy S6 Edge+.

Quem acompanha meus reviews sabe que prefiro aparelhos mais compactos, então minha escolha mais próxima seria um Galaxy S6 Edge, com tela de 5,1 polegadas — até porque o gigabyte de RAM a menos, a única grande diferença em relação ao Galaxy S6 Edge+, não faz muita diferença no desempenho. Mas o grandalhão tem seu público; o pessoal que consome muito conteúdo e não se importa muito com a ergonomia certamente será beneficiado.

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O problema, obviamente, é o preço. Pensando na relação custo-benefício, é difícil justificar um gasto de R$ 3.999 pelo Galaxy S6 Edge+ (e por qualquer outro smartphone) no Brasil. Embora ele tenha uma câmera sensacional e uma tela impecável, é possível gastar bem menos e continuar tendo uma excelente experiência de uso. O LG G4, por exemplo, também é um ótimo aparelho e pode ser encontrado por aproximadamente R$ 2,3 mil. Para quem não faz questão da tela curva, o Galaxy S6 é uma boa opção, custando R$ 2,4 mil no varejo. O Moto Maxx, que frequentemente é vendido por R$ 1,8 mil, é uma escolha interessante, apesar da câmera inferior.

Os três aparelhos acima são ótimas opções de compra e custam “apenas” metade do preço que a Samsung está cobrando. Está nadando em dinheiro? Você dificilmente ficará arrependido com o Galaxy S6 Edge+; compre-o e seja feliz. Para todo o resto, há opções mais interessantes.

Especificações técnicas

  • Bateria: 3.000 mAh;
  • Câmera: 16 megapixels (traseira) e 5 megapixels (frontal);
  • Conectividade: 3G, 4G, Wi-Fi 802.11ac, GPS, GLONASS, Beidou, Bluetooth 4.2, USB 2.0, NFC;
  • Dimensões: 154,4 x 75,8 x 6,9 mm;
  • GPU: Mali-T760MP8;
  • Memória externa: sem suporte a cartão microSD;
  • Memória interna: 32 GB;
  • Memória RAM: 4 GB;
  • Peso: 153 gramas;
  • Plataforma: Android 5.1.1 (Lollipop);
  • Processador: octa-core Exynos 7420 de 2,1 GHz;
  • Sensores: acelerômetro, proximidade, bússola, giroscópio, barômetro, oxímetro, batimentos cardíacos;
  • Tela: Super AMOLED de 5,7 polegadas com resolução de 2560×1440 pixels e proteção Gorilla Glass 4.

Galaxy S6 Edge+: um grandalhão para poucos










Como o Google (finalmente) reduziu o consumo de RAM e bateria do Chrome

Posted: 04 Sep 2015 11:02 AM PDT

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Uma atualização do Chrome lançada na quinta-feira (3) promete melhorar drasticamente o desempenho geral do navegador (ou seja, o que todo mundo pede há meses). O Chrome, que já virou piada por consumir uma quantidade grande de RAM e principalmente processamento, agora promete liberar em média 10% de memória para cada aba, enquanto toma outras medidas para melhorar a velocidade de navegação.

A principal novidade está relacionada a um gerenciamento de memória mais inteligente. Suas abas mais acessadas agora serão pré-carregadas, então, se o Google perceber que você checa bastante o seu e-mail, por exemplo, o serviço carregará mais rápido que outro site aleatório. O navegador também faz isso de maneira inteligente: caso ele detecte que o carregamento prévio dessas páginas está deixando o navegador mais lento, ele é interrompido.

Agora o Chrome também sabe diferenciar as abas mais importantes (que você estava lendo) em detrimento das menos acessadas; se ele travar inesperadamente, abas como o Facebook, Gmail, Twitter, carregarão antes daquela página de leitura longa que você está enrolando há uma semana para terminar — muito melhor do que carregar tudo de uma vez.

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Esse monitoramento de consumo de memória no Chrome 45 também interfere no aproveitamento da RAM em uso. Por exemplo, o navegador é capaz de identificar se você está passando muito tempo sem usar determinada aba, e aproveita a memória para outro processo que está engasgando. Dessa forma, o Google alega que conseguiu reduzir o consumo de RAM pelas abas em 10%, enquanto o Gmail passou a exigir cerca de 25% menos RAM em comparação com a versão 43 do navegador.

Flash sem carregamento automático

Junto com as melhorias de desempenho, o Google julgou que o Adobe Flash já não é mais fundamental para o carregamento das páginas. Isso significa que, ao navegar por um site, em vez de um anúncio animado, você provavelmente vai se deparar com quadrado cinza com um botão de play no meio (finalmente!). A influência não só impacta significativamente no consumo de RAM ou processamento, mas também no gasto de energia. Quem evita usar o Chrome em MacBooks ou outros laptops porque ele faz o tempo de bateria cair pela metade agora pode dar outra chance ao navegador.

Um ponto polêmico de desativar o Flash por padrão é que ele impacta também a indústria de anúncios, uma vez que muitas empresas ainda desenvolvem peças com a plataforma da Adobe. Mesmo que desde junho os leitores do blog do AdWords tenham sido avisados, uma quantidade significativa de anúncios vai deixar de ser carregada por causa da mudança no Chrome. Quem anuncia e quem ganha com isso deve se preocupar: pouca gente já clica em anúncios com eles carregando automaticamente; se ele precisar ser carregado pela boa vontade do usuário, a visualização vai cair muito.

Anúncio na CNN bloqueado pelo Chrome. (Captura de tela: Business Insider)

Anúncio na CNN bloqueado pelo Chrome. (Captura de tela: Business Insider)

A recomendação do Google é que, obviamente, os anúncios sejam convertidos para HTML5, e o buscador já até disponibilizou ferramentas para a atualização ser feita. No entanto, como aponta o Business Insider, grandes empresas como Amex, PayPal e Pepsi ainda produzem anúncios em Flash.

Para diminuir o impacto direto na indústria e dar mais tempo para as empresas se adaptarem, uma porta-voz do Google confirmou ao Business Insider que o recurso será disponibilizado gradualmente. Considerando que mais da metade dos usuários da internet (51,74%) usam o Chrome no computador e cerca de 90% dos anúncios em rich media sejam desenvolvidos em Flash, segundo a Sizmek, é uma atualização impactante (embora bem-vinda para a maioria dos usuários).

Se o seu navegador não foi atualizado automaticamente para a versão 45, ela pode ser baixada direto do site do Chrome. Muitos que atualizaram notaram a melhora na performance imediatamente; confesso que até fiquei com vontade de dar mais uma chance para o navegador do Google (atualmente uso o Safari).

Você notou alguma diferença?

Como o Google (finalmente) reduziu o consumo de RAM e bateria do Chrome










OCS Heart, a máquina que pode diminuir as filas para transplante de coração

Posted: 04 Sep 2015 07:30 AM PDT

Organ Care System (OCS)

Enquanto a ciência não consegue criar substitutos para órgãos doentes, o jeito é otimizar os recursos "naturais" que temos. É exatamente essa a proposta do “heart in a box”, um aparelho capaz de reanimar o coração de uma pessoa recém-falecida e mantê-lo batendo até o momento do transplante.

O tempo é precioso para uma pessoa que precisa receber um coração. No Brasil, estima-se que até 40% dos pacientes na fila de transplante cardíaco morrem aguardando o órgão. A espera costuma durar meses e, não raramente, o doente não tem tanto tempo disponível, o que obriga os médicos a darem preferência para os casos mais críticos.

Há vários fatores que explicam a demora na fila, mas um é o ponto mais crítico: assim como outros órgãos, o coração só pode ser extraído quando o doador tem morte cerebral constatada. O procedimento tem que ser feito com o corpo da pessoa ainda vivo, ou seja, tendo batimentos cardíacos e recebendo oxigênio. Se a pessoa falecer antes da operação, somente córneas e determinados tecidos (como a pele) podem ser doados.

Pode parecer um critério sem sentido, mas não é. Quando a pessoa tem o que se chama de morte circulatória (parada cardíaca irreversível), o coração deixa de receber oxigênio e as células do órgão começam a morrer.

Quando o coração é extraído a tempo (antes de uma parada cardíaca), inicia-se outro ciclo delicado: normalmente, os médicos têm de quatro a seis horas para realizar o transplante. Quanto mais tempo o órgão fica fora do organismo, maiores são as chances de complicação. É por isso que, muitas vezes, helicópteros da polícia ou até mesmo aviões do exército precisam ser escalados para realizar o transporte do órgão.

Essa etapa também é cercada de cuidados. Para evitar que o coração se deteriore, os médicos armazenam o órgão dentro de um recipiente que o mantém em uma temperatura bem baixa, quase congelante. Dessa forma, a deterioração do coração ocorre mais lentamente, fazendo com que haja um pouco mais de tempo para a realização do transplante.

O “heart in a box”, cujo nome oficial é Organ Care System (OCS Heart), foi idealizado por pesquisadores de Universidade da Califórnia há cerca de 20 anos e, atualmente, é produzido pela TransMedics. O equipamento vem sendo testado por equipes médicas no Reino Unido e na Austrália. Os cirurgiões afirmam que, até agora, o OCS ajudou a salvar pelos menos 15 vidas.

A máquina é composta por um compartimento que protege o coração. Há também tubos que levam ao órgão sangue em quantidade suficiente para que o coração continue “vivo”. Tudo é feito dentro da temperatura ideal para que o coração trabalhe perfeitamente. Como o sangue transporta oxigênio e outros nutrientes, o órgão pode continuar batendo fora do organismo sem se deteriorar rapidamente.

Há duas vantagens aqui. A primeira você já deve ter percebido: como o OCS Heart mantém o coração batendo, o órgão pode ser preservado por mais tempo após ser retirado do doador. A outra é que, como a máquina deixa o órgão aquecido e trabalhando, o coração de uma pessoa que teve morte circulatória pode ser aproveitado, desde que os médicos iniciem a remoção imediatamente após o falecimento.

Para os casos onde o doador teve morte cerebral, o OCS ajuda a reduzir os danos ao órgão por evitar eventos isquêmicos causados pela queda de temperatura e, assim, propicia o transporte até um receptor que está em um hospital bem longe.

Mas são os casos onde há morte circulatória que a máquina deve fazer mais diferença. Estima-se que, nos Estados Unidos, doações provenientes de pessoas que faleceram nessas circunstâncias podem aumentar entre 15% e 30% a quantidade de transplantes de coração.

Organ Care System (OCS)Só não é possível avançar com tanta rapidez. Para aprovar esse tipo de procedimento, entidades reguladoras precisam ter certeza de que entre o falecimento do doador e a colocação do coração no OCS o órgão não sofrerá mesmo nenhum tipo de dano importante.

Há também questões éticas. Por exemplo: como atestar que a morte circulatória de uma pessoa é irreversível se o coração volta às suas funções em outro corpo? Algum protocolo terá que ser desenvolvido especificamente para tratar desse aspecto.

Tem ainda o fator custo: uma máquina OCS Heart não sai por menos de US$ 250 mil.

Apesar desses pontos, os resultados obtidos até agora devem facilitar a adoção da tecnologia. Além disso, tudo indica que é questão de tempo para esse tipo de equipamento fazer parte da rotina de hospitais. Além da TransMedics, há várias outras empresas desenvolvendo máquinas que preservam órgãos por mais tempo (não só o coração), como a Organ Assist e a OrganOx.

Com informações: MIT Technology Review

OCS Heart, a máquina que pode diminuir as filas para transplante de coração