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O governo aumentou os impostos de smartphones. O que isso muda, além dos preços? (mais 6 notícias)

O governo aumentou os impostos de smartphones. O que isso muda, além dos preços? (mais 6 notícias)

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O governo aumentou os impostos de smartphones. O que isso muda, além dos preços?

Posted: 01 Sep 2015 03:15 PM PDT

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Desde sempre os eletrônicos são muito caros no Brasil. Embora boa parte dos smartphones, tablets e computadores seja montada no país para aproveitar os benefícios fiscais concedidos pelo governo, nossa indústria ainda é baseada em embaladoras de produtos e parafusadoras de peças — os componentes internos são fabricados no exterior, onde há tecnologia para isso e os custos são menores, mas há incidência de impostos de importação na entrada no país.

Agora, com o país em recessão, um dos incentivos para produzir os aparelhos em território nacional acabou. Com uma simples medida provisória, a presidente Dilma Rousseff revogou os artigos 28, 29 e 30 da lei 11.196/2005, que zeravam as alíquotas de PIS/Cofins para os eletrônicos beneficiados pelo Programa de Inclusão Digital, que abrangia computadores, tablets e, mais recentemente, smartphones.

O que isso muda? Quando a medida entrar em vigor, em dezembro, um dos primeiros impactos será nos preços, claro. A alíquota de PIS/Cofins, que já havia sido elevada como parte do pacote de ajuste fiscal do governo (era de 9,25% e foi para 11,75%), não será mais zero para esses produtos. Quem pagava o tributo e repassava a redução para o consumidor era o varejo, não os fabricantes.

"Higa, como você é ingênuo, essa Lei do Bem não funciona, é óbvio que os porcos capitalistas embolsavam toda essa grana e não repassavam nada ao consumidor". Na verdade, os requisitos exigidos pelo governo para desonerar impostos tiveram influência importantíssima sobre os preços. Duvida?

Pense na quantidade de aparelhos que foram lançados nos últimos anos pelo valor mágico de R$ 1.499. De cabeça, eu lembro do Moto X (2ª geração), Moto X Play, Xperia M4 Aqua, Zenfone 2 e Galaxy A5, mas há outros. Esse número não foi escolhido por obra do acaso, numerologia ou alguma superstição estranha: o limite da isenção da Lei do Bem é de R$ 1.500. Ninguém lançou smartphone por R$ 1.599 ou R$ 1.699 porque esse preço não existe, não faz sentido — é melhor diminuir o preço no varejo (e vender mais unidades) e cobrir a diferença com a isenção fiscal. No final, o lucro é quase o mesmo ou talvez maior.

Por que as empresas lançam smartphones por R$ 1.499? Hmmmmm...

Por que as empresas lançam smartphones por R$ 1.499? Hmmmmm…

Como o benefício fiscal vai acabar, não espere que os smartphones de R$ 1.499 continuem sendo vendidos por R$ 1.499; o céu é o limite. Essa medida também afeta todos os smartphones abaixo de R$ 1.500 que eram produzidos no Brasil, vinham com pacote de aplicativos nacionais e seguiam as determinações da Lei do Bem — ou seja, os que mais vendem no país. Não vai afetar diretamente os aparelhos mais caros, de milhares de reais, como um Galaxy S6 ou iPhone 6, mas nesses o dólar a R$ 3,70 já faz o serviço por conta própria.

A situação é mais complicada do que apenas "poxa, que chato, vou pagar 200 reais a mais no meu próximo smartphone". Veja bem: o benefício fiscal tinha cronograma definido, data para acabar. No ano passado, a isenção do PIS/Cofins para smartphones, tablets e computadores havia sido prorrogada por mais quatro anos, para 31 de dezembro de 2018.

Mudança de regras ao bel-prazer.

É claro que as fabricantes se baseiam nessas datas para determinar suas estratégias: se o benefício fosse acabar daqui a um ano, não faria sentido montar uma linha de produção no Brasil, o investimento não compensaria. Quando o governo muda as regras ao seu bel-prazer, assim como já fez no setor elétrico e de telecomunicações, a indústria é prejudicada (para quem será que o prejuízo será repassado, hein?).

Na manhã desta terça-feira (1º), eu questionei as principais fabricantes de smartphones no Brasil sobre o impacto da medida anunciada pelo governo. Com razão, as empresas ainda estão confusas, já que a mudança foi anunciada (e aplicada) repentinamente. Até o momento, todas as que responderam decidiram que não vão se posicionar. A Motorola respondeu indiretamente, através da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), já que a mudança "afeta a indústria como um todo". Humberto Barbato, presidente da associação, foi bastante enérgico em sua nota:

“Dia após dia, temos sido surpreendidos por diferentes tentativas do governo em cada vez mais onerar a produção, tendo como justificativa alimentar sua sanha por arrecadação, embora pouco faça para controlar seus gastos correntes de forma efetiva.

Com a publicação da MP 690 elimina os efeitos do Programa de Inclusão Digital contido na Lei do Bem, que isenta de PIS/Cofins as vendas no varejo ao consumidor de tablets, computadores e smartphones, o governo opta pela volta da informalidade na economia, com a diminuição de empregos formais e da arrecadação de outros impostos na cadeia.

Além disso, o grande prejudicado será o consumidor, para quem a isenção do PIS/Cofins é totalmente repassada, através da redução dos preços dos produtos. A indústria, por sua vez, continuou recolhendo o tributo.

“A Lei do Bem foi uma medida determinante para reduzir o mercado cinza de equipamentos de informática.”

Como é de conhecimento público, a Lei do Bem foi uma medida determinante para reduzir o mercado cinza de equipamentos de informática. Um ano antes da implementação da medida, o panorama do mercado de computadores pessoais era alarmante. Em 2004, os montadores ilegais abocanhavam 73% das vendas no país. A partir da Lei do Bem, verificou-se uma acentuada diminuição na participação dos computadores comercializados no mercado cinza, que hoje é inferior a 20%.

Além do combate ao mercado informal, a Lei do Bem também tem sido essencial para o programa de inclusão digital do governo, que, embora bem sucedido até aqui, ainda tem muito a avançar, principalmente, considerando todas as oportunidades que surgem no horizonte próximo, com a internet das coisas, onde a tecnologia estará cada vez mais presente na vida de toda a sociedade.

[…]

Os efeitos desta política pública para todo o conjunto da economia são inestimáveis e devem ser considerados pelo Congresso Nacional ao apreciar a MP 690, corrigindo a proposta apresentada pelo governo, pois acabar com um importante estímulo como a Lei do Bem é condenar o país ao atraso e impedir o seu desenvolvimento no médio e longo prazo.”

Muitos smartphones são montados aqui porque o benefício fiscal existia. Assim como no caso do preço de R$ 1.499, não era obra do acaso, superstição estranha ou mesmo as nossas belas praias que faziam o Brasil ser o país escolhido para ser a única grande linha de produção fora da China da maioria das fabricantes.

Não acredito que as empresas que já produzem no Brasil vão voltar a fabricar tudo na China: a cotação do dólar está tão alta e volátil que, mesmo com o fim do incentivo fiscal, ainda parece ser mais vantajoso montar os produtos aqui — para ter certeza do que estou afirmando, só olhando os contratos e planilhas de gastos das fabricantes, que não são liberados por motivos óbvios.

Mas esse clima de incerteza, impulsionado pela mudança das regras do jogo a todo momento, certamente afeta a entrada de concorrentes. Quando há incerteza, não há novos concorrentes. Quando não há novos concorrentes, não há investimento. Quando não há investimento, há crise. Quando há crise, a gente se ferra. E por aí vai.

O governo aumentou os impostos de smartphones. O que isso muda, além dos preços?










Pode ir com calma: um novo ingrediente fará seu sorvete derreter mais devagar

Posted: 01 Sep 2015 12:44 PM PDT

Quem nunca teve que consumir um sorvete correndo por medo dele derreter ou pingar? Isso será coisa do passado: uma proteína natural descoberta por pesquisadores das Universidades de Edimburgo e Dundee, ambas na Escócia, fará o sorvete derreter mais devagar.

O ingrediente consegue agir na mistura do óleo e água e impede que o ar escape, fazendo com que o conjunto fique mais homogêneo. Atualmente, ele é usado para fermentar algumas substâncias e pode ser encontrado em alguns alimentos como uma bactéria inofensiva. Os cientistas conseguiram desenvolver um método de produzir a proteína, podendo levar a fabricação do ingrediente em escala industrial.

Esta criança parece feliz com a novidade. (Foto: Liya Zlotnik)

Esta criança parece feliz com a novidade. (Foto: Liya Zlotnik)

A substância, além de contribuir para a durabilidade do sorvete, também faz com que a sobremesa respingue menos e pode reduzir a quantidade de gordura saturada, caloria e açúcar nos alimentos. Ela também age para combater a formação das partículas de gelo, favorecendo na consistência da textura do sorvete.

Segundo Cait MacPhee, pesquisadora da Faculdade de Astronomia e Física da Universidade de Edimburgo e líder do projeto, o sorvete fica estável por mais tempo e não pinga frequentemente enquanto derrete. Cait explica que a substância é aplicada ao substituir moléculas de gordura que estabilizam as misturas de óleo e água, mas que a alteração não deve mudar o gosto.

A proteína também pode ser aplicada em outros alimentos, como mousse de chocolate e maionese. Com seu uso, todos ficam menos calóricos, usam menos açúcar e fazem menos mal para a saúde.

A estimativa dos cientistas é que os produtos com a nova descoberta fiquem disponíveis no mercado em até cinco anos. Também é esperado que o uso do ingrediente beneficie fabricantes, uma vez que ele pode ser feito com matérias-primas sustentáveis e não prejudica a qualidade dos produtos. Todo mundo ganha, pelo visto.

Com informações: BBC Brasil.

Pode ir com calma: um novo ingrediente fará seu sorvete derreter mais devagar










Como a Qualcomm quer prevenir a entrada de malwares no Android

Posted: 01 Sep 2015 11:28 AM PDT

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A Qualcomm anunciou uma nova tecnologia para combater malwares no Android. Batizada de Smart Protect, a ferramenta é capaz de deter softwares maliciosos totalmente desconhecidos (chamados de zero-day) e de malwares que evoluem e passam despercebidos pelos mecanismos de detecção mais comuns.

Essa transformação acontece quando softwares maliciosos já conhecidos alteram o código binário dos aplicativos, fazendo com que eles fiquem invisíveis para a maioria dos antivírus. “A maioria dos antivírus funciona com a checagem da assinatura digital de arquivos dos aplicativos instalados, comparando-as com uma base de dados estática da assinatura de malwares conhecidos. Essa abordagem […] é falha, especialmente contra o ataque diário de novos malwares nos dispositivos móveis”, diz a nota.

O Smart Protect funciona a partir de uma série de APIs criadas pela Qualcomm e analisa qualquer comportamento suspeito no seu smartphone em tempo real e localmente, sem precisar consultar informações armazenadas na nuvem. Assim, a verificação é feita de forma mais rápida, porque não depende da assinatura registrada de malwares em bancos de dados, e privada, já que suas informações continuam no dispositivo. A checagem local também permite que a análise seja feita sem conexão à internet.

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Método tradicional seguido do implantado pela Qualcomm.

Como a ferramenta é disponibilizada também para as fabricantes e desenvolvedores de antivírus, é possível detectar atividades suspeitas (uma câmera funcionando mesmo com a tela bloqueada, por exemplo) e alertar diretamente o usuário. Dessa forma, ele pode escolher desinstalar o aplicativo ou enviá-lo para a lista de apps confiáveis.

O funcionamento do Smart Protect é possível a partir da tecnologia Qualcomm Zeroth, integrado no Snapdragon 820, que permite à plataforma acesso completo ao hardware e software do processador, tornando o mecanismo mais rápido e sem gastar muita bateria. A privacidade do usuário continua sendo resguardada, segundo a Qualcomm.

Como o Smart Protect precisa do Zeroth para funcionar, é esperado que a ferramenta se limite ao Snapdragon 820 e outros processadores anunciados no futuro. A tecnologia final, portanto, deve demorar para chegar nas suas mãos. De qualquer forma, integrar o hardware com detecções de software é um jeito inteligente de combater malwares e pode ajudar a proteger sistemas fragmentados como o Android no futuro.

Como a Qualcomm quer prevenir a entrada de malwares no Android










Efeito Uber: apps de táxi cortam adicional de 50% para o aeroporto de Guarulhos

Posted: 01 Sep 2015 11:00 AM PDT

Uma das vantagens do Uber em relação ao táxi paulistano é que o serviço norte-americano não cobra uma taxa adicional de 50% nas corridas para outros municípios. A cobrança pesa no bolso especialmente para quem vai ao aeroporto de Guarulhos. Os táxis sabem disso — e alguns aplicativos lançaram uma opção para isentar o passageiro dessa taxa.

A taxa extra de 50% é cobrada pelos táxis e prevista por lei porque, teoricamente, um taxista de São Paulo não pode pegar passageiros em outro município. A cobrança serve para ressarcir o motorista do tempo e combustível que será gasto para que ele volte à capital paulista. Com esse adicional, uma corrida do centro de São Paulo para o aeroporto passa facilmente dos 100 reais (mesmo sem trânsito).

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O 99Táxis adicionou uma opção "GRU sem taxa extra de 50%" entre os itens opcionais dos táxis, que também incluem porta-malas grande e ar-condicionado. Apenas os motoristas que aceitarem isentar o cliente da cobrança serão chamados, então a disponibilidade de veículos será menor. Segundo o G1, as empresas de rádio Via Táxi e Fuji Táxi também aderiram à isenção, e o Easy Taxi estuda fazer o mesmo.

Faz sentido que os taxistas deixem de cobrar a taxa para ficarem minimamente competitivos: com o adicional de 50%, o táxi para o aeroporto de Guarulhos chega a ser mais caro que o UberBlack, a modalidade mais cara do Uber. A taxa não é obrigatória; já conversei com um taxista que dizia não cobrar o adicional em alguns casos, para fidelizar os passageiros.

Agora, permita-me aproveitar mais uma oportunidade para usar a frase clichê: concorrência a mais é sempre bom.

Efeito Uber: apps de táxi cortam adicional de 50% para o aeroporto de Guarulhos










É assim que a IBM quer reduzir a poluição do ar em Pequim

Posted: 01 Sep 2015 09:17 AM PDT

(Foto: Getty Images/Feng Li)

(Foto: Getty Images/Feng Li)

Depois do Google tomar iniciativa para melhorar a qualidade do ar em São Francisco, chegou a vez da IBM desenvolver a sua própria solução para a capital chinesa. Pequim é uma das cidades com a qualidade do ar mais prejudicada principalmente devido à queima de carvão pelas indústrias; seu nível de poluição chega a ser 20 vezes (!) maior que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Uma ajuda viria bem a calhar.

O objetivo da IBM é desenvolver um sistema que usa a inteligência artificial para prever com antecedência e alta precisão a qualidade do ar: o protótipo trabalha com uma previsão de 72 horas antes do ocorrido, mas Xiaowei Shen, diretor de pesquisas da IBM na China, pretende expandir a capacidade da previsão para situações de médio a longo-termo, podendo chegar a anteceder as estatísticas em até dez dias.

Esse sistema com inteligência artificial, batizado de Green Horizon, será colocado em diferente partes da cidade e pretende calcular essas previsões comparando grandes quantidades de dados providos de diferentes modelos; um deles é o do Gabinete de Proteção Ambiental de Pequim (BJEPB, na sigla em inglês).

Pequim tem níveis de "smog" (fumaça com nevoeiro combinados) altíssimos. (Foto via Getty Images/ChinaFotoPress)

Pequim tem níveis de “smog” (fumaça com nevoeiro combinados) altíssimos. (Foto via Getty Images/ChinaFotoPress)

Quanto mais esses modelos são combinados, mais inteligente fica o Green Horizon, capaz de enxergar em uma resolução espacial de até um quilômetro. Dessa forma, ele consegue produzir previsões climáticas de uma forma 30% mais precisa que os modelos convencionais.

Ao espalhar o Green Horizon por diferentes pontos da cidade, a IBM pode eventualmente recomendar medidas adequadas para reduzir a poluição do ar em diferentes áreas, como reduzir o número de fábricas naquele local ou criar uma espécie de rodízio para os carros. O governo chinês, desde janeiro deste ano, prometeu tomar medidas parecidas, como proibir a construção de novas refinarias de petróleo e de usinas termelétricas.

Um estudo conduzido em 360 cidades chinesas em abril pelo Greenpeace do Leste Asiático aponta que 351 cidades (cerca de 97%) têm a qualidade do ar prejudicada, de acordo com os padrões estabelecidos pelo próprio governo chinês. Embora no último ano os índices tenham melhorado, a média de partículas poluentes do ar nas cidades analisadas é de 2,5 vezes o recomendado pela China. A meta do governo é melhorar a qualidade do ar em pelo menos 10% até 2017.

Com informações: MIT Technology Review.

É assim que a IBM quer reduzir a poluição do ar em Pequim










Esta é a nova marca do Google

Posted: 01 Sep 2015 09:10 AM PDT

O Google anunciou nesta terça-feira (1º) que está mudando significativamente sua marca. É a primeira vez em 16 anos que a empresa altera a tipografia do logotipo, eliminando a famosa fonte serifada para dar lugar a uma mais limpa, sem serifa e geométrica — mas sem abandonar as cores diferentes para cada letrinha.

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Por que o Google decidiu criar uma nova marca? Segundo a empresa, o motivo é a mudança na forma como acessamos os serviços do Google. Anteriormente, usávamos um desktop para acessar o buscador. Hoje, o Google está presente em todas as plataformas, seja no smartphone, relógio ou TV. A nova tipografia funciona bem em qualquer tamanho de tela, inclusive nas menores.

O ícone do Google também sofrerá alterações. O antigo "g" minúsculo com fundo azul irá desaparecer para dar lugar a um "G" em caixa alta e colorido com as quatro cores da marca: azul, vermelho, amarelo e verde. Essas cores também aparecerão em outros elementos visuais dos serviços da empresa — no GIF abaixo, você vê um microfone animado que aparecerá em produtos com suporte a comandos de voz, por exemplo.

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A página principal do buscador ganhou um doodle para anunciar o novo logotipo:

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A nova marca será aplicada em breve nos produtos do Google. O que achou?

Esta é a nova marca do Google










Fim dos benefícios fiscais: governo aumenta impostos sobre smartphones

Posted: 01 Sep 2015 06:39 AM PDT

Prepare o bolso: os smartphones, tablets, computadores e outros eletrônicos ficarão mais caros nos próximos meses. Em mais um esforço para equilibrar as contas públicas, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, anunciou nesta segunda-feira (31) que o governo reviu os benefícios fiscais do Programa de Inclusão Digital, que zera as alíquotas de PIS/Cofins na venda desses produtos.

No ano passado, o benefício fiscal havia sido prorrogado para 31 de dezembro de 2018, mas a grave crise econômica fez o governo mudar de ideia. A Lei do Bem previa que as alíquotas de PIS/Cofins, que recentemente tiveram aumento aprovado de 9,25% para 11,75%, eram zeradas caso as fabricantes seguissem determinadas regras — os smartphones, por exemplo, deveriam custar até R$ 1.500, ser produzidos no Brasil e trazer um pacote embarcado de apps nacionais.

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Segundo o G1, a desoneração de impostos custará cerca de R$ 8 bilhões aos cofres públicos em 2015. No próximo ano, com as medidas de aumento de tributos, o governo espera arrecadar mais R$ 11,2 bilhões. Também haverá reajustes nos impostos de bebidas, IOF sobre as operações do BNDES e imposto de renda sobre direito de imagem.

A medida provisória 690/2015 já foi publicada em edição extraordinária do Diário Oficial da União. O texto revoga os artigos 28, 29 e 30 da lei 11.196/2015, que dispunham sobre os benefícios fiscais do Programa de Inclusão Digital. O aumento dos tributos entrará em vigor em três meses.

Para 2016, o governo prevê déficit de R$ 30,5 bilhões nas contas públicas. É a primeira vez que um projeto de orçamento prevê gastos maiores que as receitas.

Atualizado às 11h14 com a publicação da MP 690/2015.

Fim dos benefícios fiscais: governo aumenta impostos sobre smartphones