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Este robô é capaz de construir sozinho “robozinhos” que melhoram a cada geração (mais 9 notícias)

Este robô é capaz de construir sozinho “robozinhos” que melhoram a cada geração (mais 9 notícias)

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Este robô é capaz de construir sozinho “robozinhos” que melhoram a cada geração

Posted: 12 Aug 2015 01:08 PM PDT

Braço robótico inteligente

Um robô constrói outro robô com atributos melhores que os seus. Estes, por sua vez, criam outros robôs melhorados. Logo, temos um exército de robôs que evoluem de geração em geração. É o fim da humanidade. Felizmente, esse cenário aterrorizante (ou divertido?) se restringe aos filmes de ficção. Mas já há alguns projetos pegando carona nessa ideia. É o caso da “mãe-robô” criada na Universidade de Cambridge.

Os pesquisadores da instituição programaram um braço robótico para montar robozinhos que, a cada geração, se movimentam melhor. Não é nada muito avançado: esses pequenos robôs, na verdade, são apenas uma combinação de blocos feitos em impressoras 3D equipados com um motor simples.

Basicamente, o que o braço robótico faz é conectar esses cubos. O “bebê-robô” criado então se move. Cabe então à “mãe-robô” utilizar uma câmera para analisar a movimentação da criação. Com base nessas informações, um novo robozinho é montado, mas com um projeto diferente. A ideia é fazer com que, a cada nova versão, o “bebê-robô” consiga percorrer distâncias maiores.

É só isso? Só. O braço não é capaz de construir robôs dotados de alguma inteligência, por exemplo. Segundo Fumiya Iida, um dos pesquisadores responsáveis pelo projeto, o objetivo da pesquisa é descobrir como os robôs podem se adaptar a novas necessidades ou situações.

Se essa linha de pesquisar trouxer os resultados esperados, poderemos ter, mesmo que em um futuro bem distante, máquinas que analisam a execução de determinadas atividades e promovem, sozinhas, mudanças de projeto que melhoram a execução da tarefa ou mesmo que corrigem falhas.

No experimento em questão, cujos resultados foram publicados na revista científica PLOS ONE, o braço robótico construiu dez gerações de robozinhos, cada uma conseguindo avançar mais que a anterior. A parte mais surpreendente é que o robô desenvolveu configurações com os blocos que talvez nunca teriam sido imaginadas por humanos.

Gerações - robô

Robôs que criam versões melhoradas de outras máquinas são interessantes, mas é inevitável não questionar se a ideia não traça um futuro apocalíptico. Fumiya Iida não descarta essa possibilidade, mas não se mostra preocupado: “toda tecnologia nova tem um aspecto bom e um aspecto mau. Talvez em 50 anos esses robôs se tornem perigosos, mas iremos descobrir isso antes que o perigo se manifeste”.

Com informações: Mashable

Este robô é capaz de construir sozinho “robozinhos” que melhoram a cada geração










Essas DMs não têm limites: Twitter remove limite de caracteres nas mensagens diretas

Posted: 12 Aug 2015 12:52 PM PDT

Estamos definitivamente vivendo novos tempos: desde o lançamento do Twitter, em julho de 2006, os usuários assíduos da rede treinam para que suas grandes sacadas, piadas, informações, avisos e propagandas caibam em 140 caracteres, ato tão natural que muita gente já formula pensamentos com o número certinho de letras e sinais gráficos.

Como “amigos de twitter” geralmente acabam se limitando ao site, ou seja, muitas pessoas se falam somente por lá, as famosas DMs surgiram para treinar nossa paciência – é necessário muita para aguardar todas as partes de uma história, divididas em grupos de 140 caracteres. Mas os seus problemas acabaram!

DM140_LaunchGIF_final

Agora, bem como a zoeira, suas DMs não terão limites: isso porque o Twitter anunciou hoje o fim do máximo de caracteres para mensagens diretas; ou seja, senta, que lá vem textão. Pensando pelo lado do famoso “vazou DM na timeline”, o número de dígitos ilimitados pode ser uma ótima mudança, já que tweets comuns com mais de 140 caracteres não são publicados normalmente. Portanto, lembre-se de escrever DMs comprometedoras sempre com o mínimo de 141 letras/sinais ortográficos, para o bem de todos os envolvidos.

A novidade, publicada no Blog oficial do site, acompanha a nova leva de mudanças que também adicionou as  DMs em grupo. Os administradores da rede prometeram a inclusão das mensagens diretas ilimitadas durante as próximas semanas, e avisam que para garantir seu acesso à nova feature, é preciso atualizar todos os aplicativos nativos do Twitter (apps para iOS e Android, bem como TweetDeck e Twitter for Mac). O envio de tweets por SMS continuará tendo limitação de caracteres, no entanto.

(Inclusive DM)

Essas DMs não têm limites: Twitter remove limite de caracteres nas mensagens diretas










Suas fotos com geolocalização podem indicar onde você estará num futuro próximo

Posted: 12 Aug 2015 10:38 AM PDT

Normalmente por configurações de fábrica, a maioria das fotos que você tira salva sua geolocalização, que pode facilmente ser lida por sites de hospedagem de fotos. Usando esse dado, pesquisadores da University College, na Inglaterra, analisaram cerca de 8 milhões de fotos no Flickr tiradas por aproximadamente 16 mil pessoas e conseguiram estimar onde tais pessoas estariam em um futuro próximo. Medo.

flickr-logo-square

A localização foi estimada a partir de um algoritmo criado pelos pesquisadores, que foi baseado em uma teoria chamada Voos de Lévy. A teoria, criada pelo matemático francês Paul Pierre Lévy, já foi usada pelo próprio Lévy para construir trajetórias e prever a localização de animais em busca de comida. O time de pesquisadores da universidade, então, decidiu aplicar os Voos de Lévy ao comportamento humano.

Com as milhões de imagens em mãos, os pesquisadores filtraram os dados de geolocalização junto com as respectivas câmeras que os registraram. Assim, eles passaram a estimar para onde as pessoas iam, se baseando em localizações previamente conhecidas.

Durante a pesquisa, foi observado que nem sempre os dados são tão previsíveis: “nós sugerimos que o movimento dos usuários do Flickr […] é movido por fatores despercebidos. Por exemplo, uma pessoa pode morar em Bristol, visitar seus parentes em Suffolk e passar suas férias no norte do País de Gales.”. Dessa forma, eles usaram uma série de artifícios para fazer as previsões, como mostra a imagem abaixo.

alguma legenda aqui

A localização contida nas fotos pode indicar sua frequência de viagem para determinados lugares.

Na letra a, são mostradas as trajetórias individuais retiradas diretamente da geolocalização das fotos. Em c, os pesquisadores estimam o número de vezes em que as pessoas viajam pelos estados, processo indicado pela espessura das setas. Com esses dados analisados por mais algoritmos, foi possível estimar onde as pessoas moravam e os destinos para os quais elas preferiam viajar.

Depois de estudar os processos individualmente, os pesquisadores agruparam esses dados e juntaram com o número de habitantes das principais cidades analisadas. Na imagem abaixo, é possível ver como as informações foram correlacionadas para criar uma rede dos possíveis fluxos de trânsito (letra b).

outra legenda aqui

Cidades com o nome na cor preta, em (a), estão fora da lista das 20 cidades mais populosas.

Por fim, para conferir a precisão das estimativas, os dados foram comparados pelo levantamento da Pesquisa de Viagens Nacionais (NTS, na sigla em inglês) criada pelo governo britânico. A pesquisa forneceu dados de 2007 a 2013, mesmo período em que as fotos do Flickr foram tiradas, e em 92% (!) dos casos, a futura localização estimada pelos dados obtidos nas fotografias estava correta.

As informações, segundo os pesquisadores, indicam um avanço no entendimento de como as redes sociais influenciam a movimentação das pessoas e podem ser usadas para melhorar a eficiência dos meios de transporte e no planejamento de áreas urbanas. Dados mais completos podem ser acessados no Royal Society Open Science, onde a pesquisa foi publicada.

Suas fotos com geolocalização podem indicar onde você estará num futuro próximo










O Snapdragon 820 vem aí: uma olhada nos primeiros detalhes

Posted: 12 Aug 2015 10:21 AM PDT

Snapdragon

O ano de 2015 não tem sido dos mais agradáveis para a Qualcomm. O Snapdragon 810 recebeu bastante críticas referentes a aquecimento e desempenho. O Snapdragon 808 foi “acusado” de não ser tão inovador assim em relação aos chips anteriores. Mas isso parece não ter abalado a confiança da companhia. Um novo processador high-end vem aí: o Snapdragon 820 foi confirmado nesta quarta-feira (12).

Ainda não temos todos os detalhes sobre o chip, mas, como de hábito, o anúncio foi cercado de promessas. Desempenho maior, menor consumo de energia e processamento de fotos mais eficiente são algumas delas.

GPU Adreno 530: mais desempenho, menos consumo de energia

O anúncio do Snapdragon 820 foi feito na Siggraph 2015, evento sobre computação gráfica que está sendo realizado nesta semana em Los Angeles. A escolha do local foi bastante conveniente: outra promessa feita pela Qualcomm em relação ao novo chip é a entrega de excelente performance gráfica.

Para tanto, o Snapdragon 820 contará com a também nova GPU Adreno 530 que, nas palavras da Qualcomm, oferecerá até 40% mais desempenho que a GPU Adreno 430, o modelo que equipa o Snapdragon 810.

Ao mesmo tempo, a GPU Adreno 530 trará gestão mais eficiente de energia. A Qualcomm afirma que o consumo deve cair em até 40% na comparação com a geração anterior, mesmo com o Snapdragon 820 oferecendo mais desempenho que o Snapdragon 810. O mérito está, pelo menos em parte, no processo de fabricação FinFET (de 14 nanômetros da Samsung ou 16 nanômetros da TSMC, ainda não se sabe), que se baseia em transistores que oferecem justamente mais eficiência energética.

Adreno 530

O que mais podemos esperar? Entre outros detalhes, suporte a APIs gráficas como Open CL 2.0, OpenGL ES 3.1 e Vulkan (cuja presença no Android foi confirmada pelo Google nesta semana), decodificação de vídeos em HEVC (H.265) e compatibilidade com HDMI 2.0 — a conexão permitirá transmissões em resolução 4K e 60 frames por segundo.

Spectra ISP: imagem é tudo

O Snapdragon 820 também marca a estreia de um ISP (Image Signal Processor) de 14 bits que, nas palavras da Qualcomm, promete fotos com qualidade de câmera DSLR: o Spectra.

Um sistema de redução de ruído renovado, técnicas de compressão de imagem mais avançadas e um novo algoritmo de enfoque permitirão registros de fotos com mais luminosidade e definição mesmo em ambientes escuros (fotos feitas na rua durante à noite, por exemplo).

Spectra ISP

Outra característica notável: o Spectra suporta até três sensores de 25 megapixels e 30 frames por segundo. Os fabricantes podem, com isso, desenvolver smartphones com duas câmeras traseiras (além da câmera frontal) e uni-las para criar um efeito de zoom óptico. O foco pode até ser ajustado depois de a foto ter sido tirada.

improveTouch: respingos d'água na tela não vão atrapalhar

Estamos vendo um número crescente de smartphones à prova d’água chegando ao mercado. O problema é que, mesmo nesses modelos, respingos de água na tela atrapalham o reconhecimento de toques. Algo semelhante pode acontecer se você estiver fazendo exercícios e tocar na tela com os dedos suados (pode não ser uma prática recomendada, mas às vezes a situação exige).

Aparelhos equipados com o Snapdragon 820 poderão ficar livres (ou quase livres) dessa limitação, assegura a Qualcomm. O chip trará suporte ao improveTouch. A tecnologia torna o reconhecimento de toques mais apurado, sendo capaz de identificar comandos mesmo quando gotas d’água estão sobre o display. O improveTouch também melhora o reconhecimento de toques com luvas (uma característica importante para países com inverno intenso).

No vídeo abaixo é possível ver uma demonstração da tecnologia no tablet Xperia Z4 (note, porém, que o dispositivo utiliza um Snapdragon 810):

Quando?

Muitos detalhes do Snapdragon 820 ainda estão para serem conhecidos ou confirmados. Entre eles está a chegada do processador ao mercado. Mas é bastante provável que dispositivos equipados com o novo chip comecem a aparecer no primeiro semestre de 2016. O Samsung Galaxy S7 poderá ser um deles, de acordo com alguns rumores.

Snapdragon 820

A ausência de mais detalhes torna difícil fazer previsões sobre a novidade. Será que o Snapdragon 820 conseguirá superar os pontos que foram alvos de críticas no Snapdragon 810, por exemplo?

É cedo para sabermos. De todo modo, o anúncio de hoje deixa a impressão de que a Qualcomm está determinada a se manter na vanguarda do mercado de chips para dispositivos móveis. Dá para manter boas expectativas.

Com informações: Ars Technica, SlashGear

O Snapdragon 820 vem aí: uma olhada nos primeiros detalhes










Redes neurais ajudaram a reduzir em 50% os erros de transcrição do Google Voice

Posted: 11 Aug 2015 03:26 PM PDT

Google Voice

O Google sempre utilizou algum tipo de inteligência artificial em seus serviços, mas, nos últimos anos, as chamadas redes neurais ganharam ainda mais espaço na companhia. Um exemplo foi dado nesta terça-feira (11): a empresa explicou como as redes neurais ajudaram a reduzir significativamente a quantidade de erros do Google Voice.

Dá para resumir o Google Voice como um serviço de telefonia online. Uma das funções oferecidas (pelo menos nos países de língua inglesa) é a transcrição de mensagens: você recebe um correio de voz de um amigo, por exemplo, e a ferramenta o transforma em texto.

Essa função tem diversas utilidades, mas esbarrava em um problema: não raramente, as transcrições apresentavam tantos erros que era simplesmente impossível compreender a mensagem. Para amenizar o problema, o Google teve que refazer o sistema de transcrição.

Google Voice

A primeira mudança foi executada em 2012, quando a empresa passou a utilizar redes neurais de aprendizagem profunda, um tipo que, essencialmente, trabalha com várias camadas de “neurônios” e, portanto, pode fazer associação entre diversos parâmetros. Essa técnica melhorou bastante os mecanismos de reconhecimento de fala.

Mas o Google explica que as coisas só melhoraram de verdade algum tempo depois com a implementação de redes neurais recorrentes no padrão LSTM (Long Short Term Memory). Esse tipo, basicamente, conta com conexões em ciclos e células de memória que permitem à rede “lembrar” de dados analisados anteriormente.

Redes neurais precisam de um volume considerável de dados para aprender. O Google até poderia ter utilizado as transcrições feitas com o algoritmo antigo, mas essa base de dados já estava “contaminada” com diversos erros de reconhecimento. A companhia teve então que contar com a ajuda dos usuários do Voice: milhares deles aceitaram disponibilizar suas mensagens com base na promessa do Google de que esse conteúdo seria utilizado unicamente para treinamento do sistema.

redes neurais - ilustração

Com esse volume de mensagens, os engenheiros do Google puderam submeter os algoritmos a vários modelos de reconhecimento acústico e de linguagem. Um deles foi empregado para amenizar falhas de pontuação, por exemplo. Antes, o Google Voice fazia coisas como transcrever a frase “Eu recebi a mensagem que você me deixou” como “Eu recebi a mensagem. Você me deixou”. Já imaginou a confusão?

Felizmente, as redes neurais deram resultado. Após várias “rodadas” de treinamento, muitas das quais repetidas (executadas com os mesmos dados), a aprendizagem fez o Google Voice diminuir a quantidade de erros em praticamente 50%.

Os avanços não devem terminar por aí. Os algoritmos continuam aprendendo e, claro, o Google mantém os esforços para aperfeiçoar a ferramenta. Esse é o tipo de serviço que exige trabalho contínuo.

Vale destacar que o Voice não é o único exemplo recente de como as redes neurais estão fazendo a diferença no Google. No final do mês passado, a companhia revelou como a ideia tornou o Google Tradutor mais inteligente nas traduções a partir de imagens.

Redes neurais ajudaram a reduzir em 50% os erros de transcrição do Google Voice










Como o smartphone pode ajudar a manter viva uma das tribos indígenas mais antigas do Brasil

Posted: 11 Aug 2015 12:51 PM PDT

kaiowa

Alguns anos atrás, surgiu no Facebook e em outras redes sociais uma grande onda de familiares de todos os estados do Brasil: a grande família Guarani-Kaiowá, composta, principalmente, por quem acreditava piamente que a masturbação social de mudar seu sobrenome no site ajudaria tribos indígenas do Brasil, sem maiores esforços.

Se a campanha ajudou a mudar a história dos reais membros dessa família, não há como mensurar. Mas é certo que o povo Guarani ainda sofre (e muito) com o descaso das civilizações próximas às aldeias.

Os índios da tribo Guarani agora poderão fazer streamings e postar vídeos em que mostram a natureza de seu cotidiano — que não é nem um pouco bonito.

Mas por que isso interessaria a um leitor de tecnologia? Caso você não seja muito voltado à filantropia, vamos ao que interessa: teve início em 9 de agosto um novo projeto da rede Tribal Voice, que desde 1969 representa os direitos do povo indígena. A ideia tem uma proposta inovadora, clara e aparentemente com grande potencial para servir ao seu propósito: munidos pela Survival International com celulares à prova d’água e cujas baterias são recarregáveis pela luz solar, os índios da tribo Guarani agora poderão fazer streamings e postar vídeos em que mostram a natureza de seu cotidiano — que não é nem um pouco bonito.

Se o governo não demarcar nosso território, nós vamos morrer. Eles querem matar a nós todos?

Damiana Cavanha, uma das índias da tribo, descreve um pouquinho da realidade que passa bem longe dos nossos olhos: “Nós, Guarani Kaiowá, estamos sendo massacrados por criadores de gados que querem nossas terras. Se o governo não demarcar nosso território, nós vamos morrer. Eles querem matar a nós todos?”, enquanto outro morador da aldeia enviou uma mensagem de vídeo mostrando sua casa em ruínas e diz ter perdido até a identidade.

Residentes de aldeias no Mato Grosso do Sul, o povo Guarani vem há mais de meio século resistindo contra criadores de gado e mineradores de ouro que lutam por se apossar do território pertencente aos indígenas. Além de dezenas de vidas perdidas pelos contínuos massacres aos nativos, a tribo vem diminuindo constantemente devido ao alto número de suicídios e problemas com violência e álcool que acometem o povo.

Juntando todos os pontos à negligente atitude do governo e da Funai (Fundação Nacional do Indio), é possível que em pouco tempo uma das maiores tribos, portadora de grande parte da cultura nativa do país, já que resiste desde antes da colonização do Brasil pelos portugueses, esteja extinta. Outras tribos brasileiras, como os Yanomami, também já estão fazendo uploads de vídeos para o canal da Survival International:

A ideia do Tribal Voice pode vir a funcionar muito bem, especialmente se considerarmos que um dos problemas mais pertinentes e impeditivos para a proteção das aldeias é o fato de pouco se noticiar sobre elas. Pense bem: quantas manchetes de grandes jornais e quantos posts no Facebook visualizamos, em um mês, sobre a situação indígena do país? Com uma ferramenta passível de “liveblogagem”, em que os próprios indígenas serão os repórteres investigativos, o contato próximo da sociedade metropolitana à sua realidade seria muito mais viável.

Sarah Shenker, a líder do projeto, explica melhor a intenção: “O vídeo é uma arma importante nas lutas por terras. Sempre há um atraso entre ouvir sobre uma atrocidade, então mandar alguém para pesquisar, então pensamos: nós não deveríamos deixar esse povo falar por si próprio?”. Diante do governo brasileiro e de multinacionais tentando silenciar as pessoas de uma tribo, que estão sendo assassinadas e sendo chamadas de primitivas, existe uma possibilidade de mostrar que eles são seres humanos e que têm um estilo de vida diferente.

Como o smartphone pode ajudar a manter viva uma das tribos indígenas mais antigas do Brasil










AVA, um software que testa uma frequente brecha de segurança: o comportamento das pessoas

Posted: 11 Aug 2015 10:13 AM PDT

Falhas em software sempre preocupam, ainda mais quando o problema põe em xeque a segurança de milhares de computadores. É por isso que o mercado está cheio de empresas especializadas em encontrar falhas em sistemas e, sempre que cabível, propor soluções. A SafeStack é uma delas, mas a companhia vem trabalhando em uma abordagem diferente para o assunto: um software que encontra "falhas em humanos".

Se você conversar com qualquer especialista em segurança digital, provavelmente irá descobrir histórias de organizações que, mesmo adotando procedimentos de proteção sofisticados em seus sistemas, enfrentaram um ou mais casos de vulnerabilidades por conta de erros humanos.

A gente pode começar pelo tradicional uso de senhas fracas, como “123456” e “password”. Mas, hoje, é relativamente fácil implementar políticas que obrigam o usuário a criar senhas misturando letras maiúsculas e minúsculas, números, caracteres especiais, enfim. Negligência no gerenciamento de permissões de acesso é outro problema comum, mas também há meios bastante eficazes de lidar com isso.

Pessoas - manipulação

Engenharia social

O maior problema está nos chamados “ataques de engenharia social”. A expressão pode até soar como um conceito bem sofisticado, mas não é necessário ir muito longe, não. Se olharmos o contexto mais genérico, veremos que engenharia social nada mais é do que o uso de métodos de persuasão.

Nas áreas de TI, a engenharia social é utilizada há tempos, muito antes de o acesso à internet se tornar difundido. Talvez os exemplos mais emblemáticos venham do famoso hacker Kevin Mitnick, que usou tantas técnicas do tipo no início da sua “carreira” que o assunto acabou resultando em um livro: no Brasil, A Arte de Enganar.

Mitnick ligava para empresas se passando por alguém importante ali dentro e entrava em contato por email, por exemplo, para conseguir informações confidenciais. Nos dias atuais, o email continua sendo um dos mais importantes meios para emprego de engenharia social, mas divide espaço com as redes sociais.

Independente do meio usado, o objetivo é sempre explorar alguma vertente emocional que nos deixa vulneráveis, como vaidade, curiosidade e medo. É o caso do sujeito que acessa o Facebook no computador da empresa, mas é atraído pela foto de uma bela jovem e dizeres como “você não acredita no que ela vai fazer”. Ou então do indivíduo que recebe uma suposta intimação por email e, assustado, morde a isca: clica no anexo para descobrir do que se trata.

“As pessoas são o caminho que oferece menos resistência e nós precisamos fazer algo sobre isso”

Esses exemplos podem até parecer manjados para você, mas as práticas de phishing scam continuam bastante difundidas porque esses ataques simplesmente funcionam. Sempre tem alguém que clica em um link suspeito, sempre tem alguém que executa o arquivo em anexo.

Para escapar do problema, muitas empresas investem em treinamentos de segurança, mas nem sempre isso resolve. A pessoa pode até ser capaz de identificar emails maliciosos disparados em massa, mas se ela for um alvo isolado, pode acabar percebendo a cilada apenas tardiamente.

É a história, por exemplo, de um invasor que se passa por um integrante do alto escalão da empresa para convencer um funcionário a informar uma senha. Os argumentos podem ser os mais variados, desde corrigir uma suposta “burrada” da pessoa (medo) a demonstrar admiração pelo seu trabalho (vaidade).

Na mais recente edição da conferência de segurança Black Hat, Laura Bell, CEO da SafeStack, resumiu bem esse cenário: “as pessoas são o caminho que oferece menos resistência [a ataques] e nós precisamos fazer algo sobre isso”.

AVA

AVA

A solução oferecida pela empresa de Bell é um sistema chamado AVA. O software é capaz de avaliar sistemas corporativos, mas tendo como base o contexto humano: as permissões que cada funcionário tem, com que frequência eles se comunicam, que conexões eles estabelecem em redes sociais e assim por diante.

Com base nessa análise, o AVA pode enviar falsas mensagens de phishing scam ou emails em nome de chefes para avaliar como os funcionários lidam com esse tipo de abordagem. A ideia não é oferecer uma avaliação individual de cada pessoa, mas permitir à empresa identificar que canais e situações dão mais margem para ataques de engenharia social.

Esse é um monitoramento contínuo. Brechas podem surgir a qualquer momento. Se funcionários descreverem um projeto no qual trabalham em seus perfis no LinkedIn, por exemplo, podem acabar expondo involuntariamente informações que os tornam alvos em potencial para alguém de fora interessado naquela ideia.

Se o AVA funciona? Bell e equipe estão confiantes, mas é cedo para qualquer afirmação. O software vem sendo testado em empresas pequenas e organizações públicas na Nova Zelândia, mas ainda está em desenvolvimento. É um trabalho longo. Não há só aspectos técnicos a serem considerados, mas também questões legais e éticas. Os funcionários não sabem que estão sendo testados, portanto, é necessário avaliar até onde isso pode ser feito sem ferir leis e direitos.

Com informações: Popular Science, MIT Technology Review

AVA, um software que testa uma frequente brecha de segurança: o comportamento das pessoas










Uma olhada de perto no Xperia Z3+

Posted: 11 Aug 2015 08:55 AM PDT

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Mais um semestre passou, mais um flagship da Sony chegou. A fabricante japonesa, que continua com um ciclo rápido de lançamentos, trouxe ao Brasil o Xperia Z3+, uma pequena atualização do Xperia Z3, que muda uma coisinha no hardware, outra coisinha no design e… quais as novidades? Estou com o aparelho em mãos e te conto nos próximos parágrafos.

O nome do aparelho já indica que não estamos diante de uma grande mudança: no Japão, o smartphone foi lançado como Xperia Z4, mas ele será vendido internacionalmente como Xperia Z3+. Primeiro, dá para apontar o que não mudou: a tela IPS LCD de 5,2 polegadas com resolução de 1920×1080 pixels, os 3 GB de RAM, a câmera traseira de 20,7 MP e a resistência contra água (IP68).

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Em relação ao Xperia Z3, as boas novidades são a capacidade de armazenamento, que dobrou para 32 GB (a entrada para microSD continua presente); o upgrade na câmera frontal, que passa a ter sensor de 5,1 megapixels e lente grande angular (ah, a moda das selfies…); e a atualização no processador, que agora é o polêmico octa-core Snapdragon 810, da Qualcomm. A estratégia é simples: manter sempre o hardware mais atualizado no mercado.

As bordas não possuem mais aquele aspecto metálico prateado, que sempre marcou a linha Xperia Z. Mas o material continua o mesmo: a Sony apenas aplicou um revestimento diferente para evitar descascamentos, e a sensação ao toque continua boa. Ah, claro: assim como no Xperia M4 Aqua, você não precisará mais abrir uma portinha só para acessar o conector Micro USB (yay!).

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No Brasil, a única versão comercializada será o Xperia Z3+ Dual, com suporte a dois chips. Não há mais o recurso de TV digital, e a Sony não planeja lançar uma variante com essa funcionalidade, o que é uma pena; a empresa era uma das poucas que produziam topos de linha com TV. A pulseira SmartBand também não vem mais no pacote: o único mimo dentro da caixa é uma película protetora.

A capacidade da bateria diminuiu de 3.100 mAh para 2.930 mAh, provavelmente para deixar o aparelho ainda mais fino: agora são 6,9 mm de espessura, contra 7,3 mm do Xperia Z3. Precisamos ver o que isso muda na prática (a Sony continua prometendo até dois dias de autonomia), mas a escolha é questionável. A bateria já havia diminuído (era de 3.200 mAh no Xperia Z2), aparentemente com o único intuito de reduzir a espessura. E, sinceramente, esse milímetro a menos não fez a menor diferença.

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Reflexo da alta do dólar, o Xperia Z3+ tem preço de lançamento de R$ 2.999, o que é bem alto se considerarmos que o antecessor pode ser encontrado sem dificuldade por menos de 2 mil reais no comércio online. Veremos como o Xperia Z3+ se comportará nas próximas semanas.

Estamos com o Xperia Z3+ em mãos e o review será publicado em breve. O que vocês querem saber sobre ele?

Uma olhada de perto no Xperia Z3+










Tudo o que você precisa saber sobre a Alphabet, nova dona do Google

Posted: 11 Aug 2015 06:41 AM PDT

alphabet

Em uma simples nota no blog do Google, Larry Page anunciou que criou uma empresa tão grande, mas tão grande, que é dona do Google. Para ser mais específico, a Alphabet, na verdade, é um grupo de empresas, como define o próprio Page no texto. “Das quais, a maior, é claro, é o Google”. Mas como isso funciona, exatamente?

A nova companhia é administrada por Larry Page e Sergey Brin, cofundadores do Google. Agora, ambos presidem a Alphabet, com a missão de separar os serviços de internet dos outros negócios dos quais o Google era dono. Essa enorme decisão vai impactar várias áreas da empresa, então vamos por partes.

O que exatamente fica com o Google e vai para a Alphabet?

The New York Times conseguiu esclarecer a separação dos serviços que Page deixa um pouco subjetiva no post do blog. As listas abaixo definem o que fica com quem, começando pelos serviços próprios do Google:

  • Pesquisa
  • Anúncios
  • Mapas
  • YouTube
  • Android
  • Outros serviços voltados para a internet

Agora, o que vai passar a fazer parte da Alphabet:

  • Calico: uma empresa voltada para o meio ambiente com foco em longevidade
  • Fiber: operadora de internet ultrarrápida nos Estados Unidos
  • Google: afinal, o Google agora é uma espécie de filial da Alphabet
  • Life Sciences: desenvolve lentes de contato inteligentes
  • Nest: aquela empresa de internet das coisas que produziu um termostato inteligente (ouça o Tecnocast que trata desse assunto)
  • Empresas que cuidam de fundos de investimentos e capital, como Google Ventures e Google Capital, respectivamente
  • Projetos como o Google X, que desenvolve os drones de entrega e os carros autônomos
  • Larry Page e Sergey Brin, obviamente

Basicamente, tudo o que o Google faz na internet e é amplamente reconhecido continua integrado ao buscador. Todos os outros negócios, como seus projetos malucos e invenções que visam melhorar a saúde, qualidade de vida e a automação da sua casa, agora fazem parte da Alphabet.

É de se esperar que qualquer outra empresa que o Google comprar e não ofereça exatamente um serviço para a web será integrado à Alphabet. Também é natural que essa nova estrutura ajude principalmente as duas empresas a focarem mais em projetos individuais, assim como em outras iniciativas dentro do próprio Google.

Esse é o carro autônomo do Google, projeto que agora vai ser comandado pela Alphabet.

Esse é o carro autônomo do Google, projeto que agora vai ser comandado pela Alphabet.

Qual a origem do nome?

Muitos que têm experiência com o mercado de finanças (!) podem sacar logo de cara, mas a formação do Alphabet não é tão evidente quanto parece. É claro que a ideia original se baseou na “coleção de letras que representam a linguagem, uma das inovações humanas mais importantes e a base da pesquisa do Google”, como explica Page.

No entanto, em um significado mais amplo, o nome alpha-bet significa algo como “aposta de investimento”, uma vez que alpha é “retorno de investimentos acima do esperado” e bet é um dos significados de aposta. “É o que nós tentamos alcançar” na Alphabet, segundo ele. Duas ótimas relações que se coincidiram em um nome simples, mas com um significado profundo. Ponto para quem teve essa ideia.

Por que essa mudança foi feita, afinal?

Page acredita que o Google, por muito tempo, desenvolveu várias coisas ao mesmo tempo e essa separação no desenvolvimento vai ajudar a impulsionar a produtividade de cada setor. Mais do que isso, o agora CEO da Alphabet também diz que isso torna-os menos acomodados:

“Nós acreditamos por muito tempo que, ao longo dos anos, as empresas tendem a ficar confortáveis em fazer as mesmas coisas, apenas fazendo mudanças graduais. Mas na indústria da tecnologia, na qual ideias revolucionárias conduzem as próximas áreas de grande crescimento, você precisa ficar um pouco desconfortável para permanecer relevante.”

Portanto, uma grande reorganização na criação pode fazer com que as tão clamadas inovações fiquem mais próximas da realidade, principalmente nas empresas afiliadas. Consequentemente, isso não fica só por conta de Larry Page e Sergey Brin.

Quem vai assumir o comando do Google agora?

Com a “saída” de seus dois principais dirigentes (afinal, ambos continuam administrando o Google, mas em um escalão maior), Larry Page também anunciou que o comando da empresa fica para Sundar Pichai. Você provavelmente já o conhece de alguma keynote: é ele quem era responsável pelas novidades do Android, na época em que ocupava o cargo de gerente de produtos do Google.

(Foto: Bloomberg/David Paul Morris)

Esse é o atual CEO do Google. (Foto: Bloomberg/David Paul Morris)

Sundar, que entrou na empresa em 2004, teve contato inicial com o Chrome e com o tempo ganhou mais responsabilidade. Em 2013, foi quem passou a comandar o Android, substituindo Andy Rubin. Sundar fez um excelente trabalho em todos os serviços que passou, aliás: ele é conhecido por um espírito nato de liderança, elogiado por qualquer um que já trabalhou com ele.

Em um post no Quora, Chris Beckmann, o antigo gerente de produtos do Google, fala um pouco sobre como Pichai teve uma rápida ascensão na empresa:

“Ele recrutava, guiava e mantinha uma ótima equipe. A equipe de gerentes de produtos criada por Sundar tinha uma reputação de ficar entre as melhores, parecida com a reputação dos engenheiros de software com a Qualidade de Pesquisa. Ele evitava criar inimigos. […] Sundar navegava por entre as políticas [da empresa] para fazer com que sua equipe alcançasse o sucesso, impondo o menor dano possível em outras equipes.”

Ninguém melhor que Sundar, um líder compreensível não só com sua equipe mas também com os demais, para liderar uma emprega gigante, certo? Larry Page concorda: “Sergey e eu ficamos super animados com o progresso e dedicação dele em cima da companhia. Está claro para nós, e para o nosso conselho, que chegou a hora do Sundar ser o CEO do Google”.

Sundar tem uma visão muito sensata do futuro dos smartphones, aliás: “Eu iria adorar se o meu celular começasse a gritar se eu estivesse prestes a perder um momento importante da minha vida e não me perturbar se […] a informação que ele quer passar é menos importante que o que eu estou fazendo. Para mim, se resume a servir os usuários do jeito certo e em consequência disso, algumas vezes você precisa desaparecer e sair do caminho”.

Larry Page e Sergey Brin agora comandarão a Alphabet.

Larry Page e Sergey Brin agora comandarão a Alphabet.

O cargo também vem com mais desafios do que Pichai era acostumado: basicamente tudo o que dá dinheiro para a empresa são seus serviços para a internet. Como aponta o Wall Street Journal, o Google teve US$ 66 bilhões de receita no ano passado, sendo que 89% desse valor (!) veio de anúncios no YouTube ou em pesquisa. Parte dessa quantia, agora, vai ser redirecionada para a Alphabet.

O que o Google vai fazer com suas ações na bolsa de valores?

A Alphabet, na bolsa de valores, passa a ser uma companhia holding: isso significa que ela é dona das ações de outras empresas. Uma delas, naturalmente, é o Google. Larry Page explica como as ações vão ser gerenciadas:

“Alphabet Inc. vai substituir Google Inc como uma empresa de capital aberto e todas as ações do Google vão automaticamente se converter no mesmo número de ações da Alphabet, com todos os mesmos direitos. A empresa Google vai virar uma subsidiária da Alphabet. Nossas duas classes de ações continuarão a serem negociadas na Nasdaq como GOOGL e GOOG”.

Com todas estas transformações, Page acredita que o Google entra em um novo capítulo de sua vida: o nascimento da Alphabet. Pouca coisa deve mudar para o usuário comum de serviços do Google. Porém, com novo comando, a empresa agora deve ter mais chance de se tornar um ambiente mais propício para inovações.

Com informações: VoxThe New York Times, Business Insider.

Tudo o que você precisa saber sobre a Alphabet, nova dona do Google










Netflix já fatura mais que Band e RedeTV no Brasil

Posted: 11 Aug 2015 04:33 AM PDT

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Estimativas apontam que a Netflix terá um faturamento maior que R$ 500 milhões até o final do ano, apenas no Brasil. O valor, segundo o UOL, é superior ao obtido por grandes emissoras de televisão, como Band e RedeTV.

Tais números se juntam à estimativa de 2,5 milhões de assinantes, feita pela Bloomberg, que o serviço tem no Brasil. Esse número chega a 65 milhões ao redor do mundo, sendo 42 milhões nos Estados Unidos.

Mas executivos de canais pagos chegam a estimar que o serviço, na verdade, tem mais de 4 milhões de assinaturas no país e pode faturar cerca de R$ 1 bilhão, próximo do que o SBT, a segunda maior emissora aberta do país, ganha. Só para você ter uma ideia, se a Netflix fosse uma operadora de TV paga, estaria abaixo apenas da NET e Sky.

Com o rápido crescimento da Netflix, questões de regulamentação também miram o serviço. Desde o começo do ano, a Ancine (Agência Nacional do Cinema) quer estabelecer uma cota para mais filmes e séries produzidas no Brasil aparecerem por lá, mas a regulamentação não avançou. Enquanto isso, a empresa já confirmou a 3%, uma série original totalmente brasileira.

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A falta de regulamentação gera reclamações entre as operadoras de TV paga, que reclamam que o serviço leva vantagem competitiva por não pagar os mesmos impostos. O ICMS, acréscimo de 10% sobre o valor da mensalidade, que tem valor estimado de R$ 50 a 100 milhões, não é pago pela Netflix. A empresa também é isenta da taxa Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional), estimada em R$ 9 milhões.

A Ancine, além de planejar criar uma cota para produções nacionais, quer regulamentar a Netflix e outros serviços OTT (over the top), como o iTunes. Oscar Simões, presidente da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), também declarou que a Netflix pode vir a ser uma ameaça à TV paga se continuar desregulamentada. “Não temos nada contra a Netflix. Mas apelamos ao governo para que haja uma isonomia tributária”, acrescentou.

A assessoria de imprensa da Netflix declarou que o serviço paga todos os impostos que lhe são devidos. Sobre a Condecine, a empresa informou que aguarda “para trabalhar com a Ancine enquanto eles discutem sobre os serviços de VOD [vídeo sob demanda] e OTT”.

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