VWS

Postagens mais visitadas

Review: Moto E, o competente Android acessível da Motorola (mais 4 notícias)

Review: Moto E, o competente Android acessível da Motorola (mais 4 notícias)

Link to Tecnoblog

Review: Moto E, o competente Android acessível da Motorola

Posted: 20 May 2014 01:24 PM PDT

moto-e-frente-lata

Em setembro de 2013, a Motorola lançou o Moto X por 1.499 reais, um produto que redefiniu o que é um smartphone topo de linha. Dois meses depois, a empresa conseguiu, com sucesso, oferecer um aparelho mais acessível que não comprometia a experiência de uso, o Moto G, por 649 reais. Ainda sob o comando do Google, a Motorola espremeu mais ainda os gastos e chega com o Moto E, com preços a partir de 529 reais.

Para diminuir o preço do Moto E, a Motorola focou no essencial: nada de câmera frontal para tirar selfies, nada de especificações de hardware que fazem os olhos brilharem e nada de conexão 4G. Até o flash LED da câmera foi removido. De acordo com a Motorola, o Moto E é voltado para quem está procurando o primeiro smartphone e quer fugir dos aparelhos de baixa qualidade, que oferecem uma experiência de uso fraca.

Depois de dois enormes acertos, será que a Motorola conseguiu lançar um bom smartphone pela terceira vez seguida? Compensa economizar dinheiro e comprar o aparelho mais básico da empresa? Usei o Moto E como smartphone principal na última semana e conto minha experiência nos próximos parágrafos.

Design e pegada

Bastante familiar, o design do Moto E não deve causar nenhuma surpresa para quem já teve contato com os outros dois aparelhos da Motorola apresentados durante a era Google. Na verdade, vendo de longe, é possível confundir facilmente o básico Moto E com o intermediário Moto G: eles possuem as mesmas linhas de design, dimensões muito parecidas e botões localizados nos mesmos lugares.

moto-e-fone-entrada

Sendo bastante parecidos, o Moto E carrega as mesmas características positivas e negativas do Moto G. A pegada é boa: o aparelho é pequeno e caberá confortavelmente na maioria das mãos. A leve curvatura na traseira melhora a ergonomia e a sugestiva cavidade logo abaixo da câmera, que exibe a marca da Motorola, serve como uma luva para repousarmos o dedo indicador quando estamos segurando o aparelho.

moto-e-lateral

Isso também significa que a tampa está bem presa ao restante do aparelho e continua difícil de ser removida nas primeiras tentativas (não vá machucar os dedos!). Além disso, como a traseira é fosca e não possui nenhuma textura, é fácil enxergar marcas de suor e gordura das nossas mãos, especialmente no modelo preto, após algum tempo de uso. Se você tem transtorno obsessivo-compulsivo com impressões digitais, é bom preparar o paninho.

moto-e-traseira-inclinado

Não pude deixar de notar que o botão liga/desliga do Moto E não é tão firme quanto poderia: é necessário apertá-lo mais fundo e não há aquele retorno físico e sonoro de um iPhone 5s ou Moto X; mesmo o Moto G tinha o defeito, ainda que menos perceptível. Isso não tira os méritos do Moto E, mas mostra que a Motorola poderia ter caprichado um pouquinho mais no acabamento, principalmente em um botão que apertamos dezenas de vezes ao dia.

moto-e-interno-microsim-microsd

A bateria do Moto E é fixa. O fato da tampa traseira ser removível é algo puramente estético: o Moto E DTV Colors, de 599 reais, acompanha duas capinhas coloridas adicionais, para quem não quer ficar preso às tradicionais cores preta e branca. No interior, você terá acesso apenas ao slot para cartões microSD, muito bem-vindo em um aparelho de baixo custo com armazenamento limitado, e aos dois slots para SIM cards no padrão Micro-SIM.

moto-e-frente-speaker-reto

A frente do Moto E possui, além do speaker para chamadas e um LED de notificações, um alto-falante que, nos outros smartphones, costuma ficar na parte traseira. É diferente, mas é uma decisão acertada, que aproveita melhor o espaço da frente do aparelho e ainda faz com que o áudio dos vídeos, inclusive dos canais de TV digital, sejam emitidos diretamente para o usuário em nítido, alto e bom som.

Tela

Quando uma fabricante corta custos nos componentes de um smartphone, um dos principais itens afetados é a tela. Os Androids de entrada estavam restritos a displays de baixíssima resolução, deixando um belo caminho para o Lumia 520 e sua tela IPS LCD de 800×480 pixels passarem. Mesmo o competente RAZR D1, antecessor do Moto E, tinha uma visor medíocre, com resolução de 480×320 pixels e baixa definição.

moto-e-frente-speaker

Por isso, é bom saber que a tela do Moto E é ótima para um smartphone de entrada. Com resolução de 960×540 pixels e definição de 256 pixels por polegada, é difícil enxergar pixels individuais a uma distância normal de uso. O painel IPS LCD de 4,3 polegadas exibe cores vivas, tem ângulo de visão satisfatório e ótimo contraste, embora eu acredite que o preto pudesse ser mais preto.

O brilho, apesar de decente, não é muito alto, então é difícil enxergar o que está sendo exibido na tela sob a luz do sol, especialmente se o visor estiver com marcas de dedo, que dificultam ainda mais a visualização. No material de divulgação, a Motorola afirma que a tela do Moto E tem uma cola óptica (seja lá o que isso signifique) que diminui a reflexão. Pelo visto, isso não faz nenhum tipo de milagre.

Uma boa tecnologia que a Motorola está trazendo aos aparelhos mais baratos é o Gorilla Glass 3, presente no Moto E, o que significa que você não terá que se preocupar em comprar películas para evitar arranhões. É difícil avaliar a eficiência da tecnologia na prática; só posso dizer que, em uma semana de uso, não houve o mínimo sinal de riscos na tela do Moto E. Aqui, sempre vale reforçar que a intenção do Gorilla Glass nunca foi tornar um vidro inquebrável, diferente do que o senso comum faz parecer, mas apenas torná-lo resistente a arranhões.

Software e multimídia

Modificação, só no wallpaper mesmo

Modificação, só no wallpaper mesmo

A Motorola, antigamente conhecida por encher o Android de aplicativos e recursos de utilidade duvidosa, repetiu a dose dos últimos lançamentos e manteve um Android quase puro. Não há modificações na interface do Android, nem widgets adicionais, nem joguinhos de demonstração pré-instalados no Moto E.

Há poucos aplicativos instalados de fábrica no Moto E. Além dos nativos, a Motorola incluiu apenas cinco:

  • Ajuda: aplicativo de suporte da Motorola, muito bem feito, que permite pedir auxílio através de uma ligação ou bate-papo;
  • Alerta: permite alertar rapidamente amigos e familiares quando você estiver em um local não seguro e fornece informações para que eles possam encontrá-lo;
  • Assist: executa tarefas automaticamente de acordo com o local e horário;
  • BR Apps: obrigatório em smartphones beneficiados pela desoneração de impostos do governo; é um atalho para instalar aplicativos nacionais escolhidos pela Motorola;
  • Migração Motorola: transfere contatos, mensagens, fotos e outros dados do seu Android ou iPhone antigo.

Seria legal se a Motorola incluísse alguns dos recursos bacanas do Moto X, como o Active Display, que mantém a tela ligada para exibir notificações; e o Touchless Control, que deixa o microfone sempre ativo, pronto para receber comandos de voz, algo interessante agora que o Google passou a responder em português. No entanto, como nem o Moto G possui essas funcionalidades, não dá para esperar que elas existam em um aparelho mais barato.

Naturalmente, há dois aplicativos inerentes aos recursos de hardware do aparelho: um para sintonizar a rádio FM e outro para a TV digital, no caso do Moto E DTV Colors. O primeiro não faz nada além do essencial, mas o segundo merece comentários adicionais.

moto-e-antena

O aplicativo da TV digital é simples, com uma interface sem grandes caprichos. É possível acessar a grade de programação dos canais, gravar o que está passando na TV para assistir depois e restringir a exibição de programas impróprios para determinadas faixas etárias, de acordo com a classificação indicativa do Ministério da Justiça. Há suporte para closed captions, e você pode agendar a gravação de um programa nas configurações do aplicativo.

moto-e-tv-1

moto-e-tv-2

moto-e-tv-4

moto-e-tv-5

Embora seja possível sintonizar canais digitais sem uma antena ou fone de ouvido conectado, recomendo fortemente que você leve pelo menos um dos acessórios se quiser assistir à TV no Moto E. A recepção da TV sem o auxílio desses componentes é bem ruim, mesmo em áreas privilegiadas: foi difícil sintonizar qualquer coisa no número 900 da Avenida Paulista, prédio da TV Gazeta e onde está localizada a antena analógica da TV Globo São Paulo.

moto-e-tv

Infelizmente, diferente do RAZR D1, o Moto E suporta apenas TV digital, não analógica. É fato que muitas regiões do Brasil, mesmo em grandes cidades, ainda não possuem boa cobertura de sinal digital, então isso deve limitar um pouco o uso do recurso no Moto E. Com suporte apenas ao padrão 1-Seg, de 320×240 pixels, também não espere muita definição de imagem.

Câmera

moto-e-camera

Se a Motorola tem conseguido acertar em custo-benefício nos últimos lançamentos, existe um componente que a empresa nunca foi capaz de fazer melhor que a concorrência: a câmera. Mesmo a câmera do Moto X não é aquela Coca-Cola toda, e a do Moto G não faz nada além do que se espera para um smartphone acessível, então não havia muitas esperanças de que o Moto E, que nem flash LED possui, tirasse boas fotos.

Mas o Moto E me surpreendeu negativamente: trata-se de uma das piores câmeras que tive contato nos últimos anos, considerando não apenas smartphones, mas também celulares básicos. Só para começar, a lente é de foco fixo, então nem pense em tirar fotos de nada perto: tudo o que você conseguirá obter serão borrões coloridos e objetos desfocados.

IMG_20140518_185906822

IMG_20140519_203916994

IMG_20140520_171943145

O sensor, apesar de ter a mesma resolução de 5 megapixels do Moto G, é significativamente pior. Ele é incapaz de capturar detalhes da imagem. As fotos saem com baixíssima definição, resultado do tratamento agressivo por software para remover os ruídos gerados pelo sensor. Fotos de paisagens quase viram pinturas com aquarela, e isto não é um elogio.

Como não há estabilização óptica e a sensibilidade do sensor não é alta, a câmera do Moto E frequentemente tenta capturar imagens com uma velocidade do obturador lenta. Em ambientes fechados, foi comum o software da câmera escolher a velocidade 1/10 segundo, o que exige uma boa dose de calma para não gerar uma foto tremida.

É o que tem para hoje

É o que tem para hoje

IMG_20140520_160229642

A câmera do Moto E, portanto, só existe porque seria muito feio para a Motorola lançar um smartphone sem câmera. Pensando por esse lado, seria bom se a Motorola gastasse mais alguns centavos e mantivesse o flash LED: ele não ajuda em nada ao tirar uma foto com uma câmera ruim, mas pelo menos pode ser útil como lanterna.

Hardware

O Moto E vem com o novo Snapdragon 200, mas a CPU é formada pelos velhos núcleos ARM Cortex-A7 de 1,2 GHz, que apareceram pela primeira vez em smartphones lançados em 2011. A GPU é uma Adreno 302, um pouco inferior à Adreno 305 presente no Snapdragon 400 do Moto G, mas que consegue rodar jogos atuais sem muitos sofrimentos.

4 GB de armazenamento interno: dá para sobreviver, mas talvez seja melhor comprar um cartão microSD

4 GB de armazenamento interno: dá para sobreviver, mas talvez seja melhor comprar um cartão microSD

O Android, embora tenha recebido muitas otimizações nas últimas versões, ainda apresenta pequenas travadinhas em conjuntos de hardware mais limitados. Especialmente em aplicativos mais pesados, como o Chrome, presenciei algumas animações engasgando ou sendo exibidas com uma taxa de frames abaixo da ideal. Não tem como esperar a fluidez dos Androids mais caros, mas bateu uma pontinha de decepção ao lembrar do desempenho quase impecável do Moto G, que não é tão mais caro que o Moto E.

Apesar disso, o hardware do Moto E rende o que se espera de um smartphone de entrada. Ele é visivelmente mais lento que o Moto G, mas está longe de irritar o usuário com os travamentos frequentes que notamos em Androids baratos de alguns fabricantes, que insistem em desperdiçar processamento com funções adicionais de importância questionável. A RAM de 1 GB é um belo ponto positivo se comparado aos Androids da mesma faixa de preço.

A memória flash do Moto E é de 4 GB, mas há apenas pouco mais de 2 GB disponíveis para o usuário. No entanto, essa limitação não deve ser um grande empecilho para quem carrega muitas músicas ou filmes: ao inserir um cartão microSD no slot, o Moto E logo trata de se oferecer para mover seus arquivos para o armazenamento externo. Alguns aplicativos também podem ser executados a partir do cartão de memória.

Nos benchmarks sintéticos, o Moto E foi relativamente bem, não muito atrás dos irmãos mais caros e bem à frente de seu antecessor:

Bateria

moto-e-interno

Com uso relativamente leve, 42% de bateria restante após 16 horas de uso

Com uso relativamente leve, 42% de bateria restante após 16 horas de uso

De acordo com a Motorola, a bateria de 1.980 mAh do Moto E dura até 24 horas de uso moderado. De fato, na prática a bateria cumpre o prometido e não deve deixar o usuário na mão. Durante os sete dias que testei o Moto E, não precisei me preocupar com a carga da bateria antes de chegar em casa.

Em um dos cenários, tirei o Moto E da tomada às 9 horas, ouvi duas horas de música por streaming no Spotify em 3G, baixei um episódio de podcast pela rede de dados e acessei redes sociais e outros sites por cerca de 50 minutos. A tela permaneceu ligada por 1h02min. Com esse ritmo de uso, consegui chegar em casa à 0h30 com 42% de bateria restante.

No cenário de uso mais intenso, precisei usar o Moto E como tethering por cerca de três horas porque não havia Wi-Fi disponível no local, mas a rotina permaneceu praticamente a mesma. Nesse caso, a bateria do aparelho chegou à meia-noite com 19% de carga. Em ambos os cenários, o brilho estava travado no máximo e foi usado apenas um SIM card.

A bateria do Moto E, portanto, é suficiente para aguentar um dia inteiro de uso, mas nada além disso. É aquele típico smartphone que você terá que deixar conectado à tomada sempre que for dormir, mas não te deixará preocupado antes do dia acabar.

Pontos negativos

  • Câmera de baixa qualidade, que decepciona mesmo em condições favoráveis.
  • Falta da câmera frontal pode decepcionar potenciais compradores.
  • Preço muito próximo ao do Moto G, que é significativamente superior.

Pontos positivos

  • Desempenho decente para um Android de baixo custo.
  • Sintonização de TV digital.
  • Suporte a dois chips já no modelo mais acessível.
  • Tela com definição e contraste acima da média.

Conclusão

moto-e-fecha

Vale a pena comprar um Moto E? Há duas respostas possíveis.

A Motorola afirma que o Moto E foi criado “para atender ao consumidor que está procurando o seu primeiro smartphone”. Para quem não quer gastar muito e está querendo ter um primeiro acesso ao enorme universo de aplicativos e jogos para smartphones Android, o Moto E é uma boa opção. Trata-se de um aparelho competente, com uma ótima tela, uma bateria que dá conta do recado e um desempenho satisfatório.

Algumas características jogam a favor do Moto E e são particularmente interessantes para um público que procura um aparelho mais acessível: mesmo o modelo de 529 reais já possui dois slots para SIM cards. Por pequeno valor adicional, tem o Moto E DTV Colors, com preço sugerido de 599 reais, que traz a TV digital e vem com duas capinhas coloridas.

moto-e-capinhas

Já para quem não faz questão da TV digital, nem usa duas operadoras, não acho que valha a pena a economia de algumas dezenas de reais. O Moto G tem desempenho superior, tela melhor, bateria com maior autonomia e câmera que tira fotos usáveis com preço sugerido de 649 reais. Vale lembrar que, como o Moto G está há alguns meses no mercado, não é difícil encontrá-lo em promoções por pouco mais de 500 reais, mesmo valor cobrado pelo Moto E.

Pelos valores de tabela, portanto, a compra do Moto E não faz sentido para boa parte das pessoas que estão lendo este review. A Motorola poderia ter sido um pouco mais agressiva nos preços, ou mesmo ter lançado um Moto E single SIM por um valor sugerido na casa dos 450 reais. Já que isso (ainda) não aconteceu, o Moto G continua tendo a melhor relação custo-benefício para quem não se importa com os diferenciais do Moto E.

De qualquer forma, é interessante perceber que, depois de todos esses meses, a Motorola continua competindo consigo mesma no mercado de smartphones Android acessíveis.

Especificações técnicas

  • Bateria: 1.980 mAh.
  • Câmera: 5 megapixels (traseira).
  • Conectividade: 3G, Wi-Fi 802.11n, GPS, Bluetooth 4.0 LE e USB 2.0.
  • Dimensões: 124,8 x 64,8 x 12,3 mm.
  • GPU: Adreno 302.
  • Memória externa: entrada para cartão microSD de até 32 GB.
  • Memória interna: 4 GB (2,21 GB disponíveis para o usuário).
  • Memória RAM: 1 GB.
  • Peso: 142 gramas.
  • Plataforma: Android 4.4.2 KitKat.
  • Processador: dual-core Snapdragon 200 de 1,2 GHz.
  • Sensores: acelerômetro e proximidade.
  • Tela: IPS LCD de 4,3 polegadas com resolução de 960×540 pixels e revestimento Gorilla Glass 3.

Review: Moto E, o competente Android acessível da Motorola








O Steam já publicou neste ano mais jogos que em 2013 inteiro

Posted: 20 May 2014 01:24 PM PDT

Enquanto a oitava geração ainda se esforça para mostrar a que veio no que diz respeito a lançamentos, o PC nada de braçada na oferta de jogos e o Steam é prova disso: segundo um levantamento feito pelo Gamasutra, só entre fevereiro e abril deste ano, mais jogos foram lançados na plataforma que durante todo o ano passado. Se continuar como está, mais de 2 mil jogos podem ser lançados em 2014, contra pouco mais de 600 de 2013.

O gráfico abaixo, feito pelo site, mostra o aumento mês a mês. Enquanto nos anos de 2012 e 2013 não houve crescimento em todos os meses, 2014 atingiu essa marca e bateu de longe os lançamentos mensais, com abril chegando perto dos 200 novos jogos – cerca de 6 por dia:

graph1

A culpa desse grande aumento da oferta de jogos é do Steam Greenlight, meio pelo qual desenvolvedores indies podem colocar seus títulos para votação pelos usuários para, se aprovados, serem publicados pelo Steam.

Enquanto é ótimo que o Steam seja uma plataforma receptiva para jogos independentes, a oferta também dificulta as coisas para os desenvolvedores, que precisam saber como destacar seus jogos dos demais não apenas no game design, mas também no marketing.

Para dificultar ainda mais, a página inicial do Steam deixou de exibir os últimos lançamentos e agora mostra os mais vendidos. Ou seja, antes você ainda tinha a chance de ver seu jogo na primeira página do Steam, mesmo que por pouco tempo; agora, só se for um campeão de vendas.

graph2

Quando o Greenlight foi lançado, cerca de 50 jogos eram lançados por mês no Steam; hoje, chega perto dos 200

E as coisas não ficarão mais fáceis: a Valve já disse que irá acabar com o Greenlight e abrir a plataforma, possibilitando o esquema self publishing, isto é, em que os próprios desenvolvedores publicam seus jogos. Ou seja, ainda mais jogos deverão ser publicados ao mesmo tempo. É uma grande mudança, especialmente para estúdios menores, e em pouco tempo; o mercado pode estar bem diferente daqui a um ano graças à saturação da plataforma da Valve.

O Steam já publicou neste ano mais jogos que em 2013 inteiro








Este é o Microsoft Surface Pro 3, tablet de 12 polegadas que quer tomar espaço dos laptops

Posted: 20 May 2014 11:13 AM PDT

Microsoft Surface Pro 3

Rumores recentes davam conta de que a Microsoft lançaria um “Surface Mini” em breve. Nesta terça-feira (20), de fato, a companhia anunciou oficialmente um novo tablet, mas de “mini” o modelo não tem nada: estamos falando do Surface Pro 3, que chega com tela de 12 polegadas e pode ser equipado com processador Intel Core i3, i5 ou i7.

Na apresentação, que aconteceu em Nova York, Estados Unidos, a Microsoft deixou claro que a novidade tem a missão de ser não apenas uma opção para quem procura um tablet, mas também para quem está pensando em adquirir um laptop, daí a generosidade com a tela.

Com resolução de 2160×1440 pixels, a tela também chama a atenção por ter a inusitada proporção de 3:2, o que a faz ser não apenas larga como também “alta”. A ideia aqui, aparentemente, é tornar o dispositivo mais apto a tarefas de produtividade: este formato pode facilitar a exibição de planilhas ou a tomada de notas, por exemplo.

Surface Pro 3 - traseira

Não é por menos que o Surface Pro 3 é acompanhado de uma stylus arrojada, a Surface Pen: além de ótima resposta no contato com a tela (segundo a Microsoft), o dispositivo tem um botão na parte superior que pode acionar rapidamente um aplicativo pré-definido, assim como tirar o tablet do modo de descanso. Tem mais: ao fazer uma anotação, o usuário pode dar um novo clique na stylus para fazer com que o conteúdo seja sincronizado com as nuvens, por exemplo.

A Surface Pen não é o único acessório. O usuário que quiser usar o tablet como notebook deve adquirir a Surface Pro Type Cover, que terá preço sugerido de US$ 129,99 e estará disponível em várias cores. Assim como nas gerações anteriores, esta capa também faz as vezes de um teclado com trackpad. Este último, aliás, ficou 68% maior e está mais preciso.

Se o Surface Pro 3 ganhou em largura e altura, perdeu em “grossura”: o dispositivo tem espessura de 9,1 mm contra 10,6 mm do Surface Pro 2. O seu peso, por sua vez, é de 800 gramas, o que não parece muito para um dispositivo com tela de 12 polegadas.

Uma característica que não passa despercebida no Surface Pro 3 é o kickstand, aquele suporte na parte traseira do dispositivo. O componente foi reformulado para permitir ao usuário deixar o tablet em uma superfície com a tela podendo ser inclinada em vários ângulos dentro de um limite de 150 graus. No Surface Pro 2, o usuário conta com poucas variações de inclinação.

Surface Pro 3 - kickstand

No que diz respeito às demais especificações, o Surface Pro 3 vem com porta USB 3.0, conexão mini-DisplayPort, leitor de microSD, Wi-Fi 802.11ac, Bluetooth 4.0 LE, câmeras frontal e traseira de 5 megapixels, saídas de áudio com tecnologia Dolby, além de bateria com autonomia estimada em 9 horas considerando atividades mais comuns (a capacidade exata do componente ainda não foi revelada). Se o usuário precisar de porta Ethernet, poderá adquirir um adaptador à parte.

A combinação de processador, memória RAM e armazenamento interno é variável: a Microsoft irá oferecer o Surface Pro 3 em cinco conjuntos, todas com Windows 8.1 à bordo, é claro. São eles:

  • Processador Core i3, 64 GB de storage e 4 GB de RAM;
  • Processador Core i5, 128 GB de storage e 4 GB de RAM;
  • Processador Core i5, 256 GB de storage e 8 GB de RAM;
  • Processador Core i7, 256 GB de storage e 8 GB de RAM;
  • Processador Core i7, 512 GB de storage e 8 GB de RAM.

O Surface Pro 3 entrará em pré-venda a partir de amanhã nos Estados Unidos. O modelo mais barato custará US$ 799; o mais caro, US$ 1.949. Você já deve ter imaginado, mas não custa ressaltar: não há qualquer previsão de lançamento no Brasil.

Este é o Microsoft Surface Pro 3, tablet de 12 polegadas que quer tomar espaço dos laptops








Um novo sistema de recarga sem fio poderá alimentar marca-passos e outros implantes corporais

Posted: 20 May 2014 08:59 AM PDT

Marca-passos, estimuladores nervosos e outros dispositivos para implantes corporais melhoram consideravelmente a qualidade de vida de pessoas que têm certos problemas de saúde. Mas estes aparelhos poderiam fazer mais por elas se dispensassem as baterias convencionais. Felizmente, já não estamos longe desta possibilidade: um grupo da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, conseguiu criar uma técnica de recarga sem fio para estes implantes.

Técnica facilita a criação de implantes extremamente pequenos

Técnica facilita a criação de implantes extremamente pequenos

Sob liderança da professora Ada Poon, os pesquisadores criaram um marca-passo para mostrar o projeto em ação. Este dispositivo, que tem a função de regular os batimentos cardíacos de pessoas que sofrem de algum tipo de arritmia, por exemplo, são implantados debaixo da pele e normalmente têm por volta de 3 ou 4 centímetros de largura.

A bateria é um dos componentes que influenciam nas dimensões deste tipo de aparelho. Com a técnica de recarga sem fio, os pesquisadores conseguiram projetar um marca-passo que tem o tamanho de um grão de arroz. As vantagens são animadoras: a incisão na pele para o implante é bem menor e o paciente quase não percebe a presença de um marca-passo em seu tórax.

A tecnologia tem como base um sistema de transmissão de ondas eletromagnéticas que os pesquisadores chamam de “transmissão sem fio de campo intermediário”, em tradução livre.

Ondas de longo alcance, como as que são emitidas pelas torres de telefonia celular, podem se propagar por extensas áreas, mas normalmente são espalhadas ou absorvidas quando atingem tecido biológico. Ondas curtas, por sua vez, podem penetrar no corpo, mas desde que emitidas a uma distância de poucos milímetros.

O que a equipe de Ada Poon criou é uma espécie de meio termo entre estes dois tipos de transmissão: o dispositivo contém uma antena capaz de emitir ondas de curto alcance que, quando em contato com tecido biológico, mudam de forma ao ponto de permitir a sua penetração no corpo em distâncias de centímetros e não mais milímetros.

Tudo que a pessoa precisará fazer, portanto, é aproximar a fonte de alimentação da região de seu corpo onde o implante está. Nos testes feitos com coelhos e porcos, a alimentação sem fio funcionou conforme o esperado.

Marca-passo no tamanho de um grão de arroz

Marca-passo no tamanho de um grão de arroz

Ainda faltam os testes em pessoas, mas os pesquisadores asseguram: a transmissão é feita respeitando os limites seguros para a exposição humana.

Além de marca-passos e estimuladores nervosos, os pesquisadores vislumbram várias outras aplicações para esta técnica: sensores que podem percorrer por mais tempo artérias para exames médicos ou a aplicação direta de drogas em determinados órgãos para tratamentos mais eficientes são apenas algumas delas.

Com informações: ExtremeTech

Um novo sistema de recarga sem fio poderá alimentar marca-passos e outros implantes corporais








Os primeiros a pedir remoção de links do Google na Europa: políticos e pedófilos

Posted: 20 May 2014 05:50 AM PDT

Na semana passada, a European Union Court of Justice (ECJ) definiu um curioso veredicto: declarou que as pessoas têm “o direito de serem esquecidas na internet”, exigindo que buscadores como o Google ofereçam ferramentas para que os cidadãos possam solicitar a remoção de conteúdos considerados “inadequados, irrelevantes ou não mais relevantes”.

search-forgotten-full

Ainda que nobre, o objetivo da corte europeia vai causar muitas discussões. Entre as primeiras pessoas a solicitarem a remoção de links indesejados estão casos como:

  • Um político que quer desaparecer com um artigo sobre seu comportamento profissional, para que ele esteja com a “ficha limpa” nas próximas eleições;
  • Um pedófilo, condenado pela posse de conteúdo explícito infantil, que quer que o Google apague links para páginas que comentam sua sentença;
  • Um “perseguidor digital” que quer dar fim nas referências a artigos sobre legislação contra cyberstalking que citam o seu nome;
  • Um médico que quer remover um link que faz resenha sobre seu atendimento;
  • Um homem que tentou assassinar sua família, que quer links sobre essa notícia removidos da busca.

Ou seja, além de permitir que cidadãos de bem não sejam para sempre digitalmente assombrados por informações do seu passado, essa nova lei tem sido utilizada por pessoas que querem ocultar dados bastante relevantes sobre seus precedentes (em alguns casos, até mesmo precedentes criminais).

Além dessa delicada questão, existe o problema de deixar a cargo do intermediário (no caso, os buscadores) a definição de critérios que devam levar à remoção de conteúdos. Podem ocorrer situações bem ambíguas – poderia um pedófilo pedir que esse dado seja ocultado da sociedade? – e que pode afetar drasticamente os resultados de busca, dependendo da região onde o pesquisador se encontra.

"As mais de 100 bilhões de buscas realizadas todos os meses, apenas no Google, poderão em teoria serem colocadas em um 'sistema de moderação' caracterizado por adequação e relevância, ao invés de precisão e legalidade", comenta o advogado Mark Stephens, em artigo no The Guardian. Isso sem contar que, nesse caso, os resultados de busca na Europa acabam se tornando mais fracos ou menos completos do que os realizados em outros locais do planeta.

Esse assunto veio à tona devido a um processo movido em março de 2010 pelo espanhol Mario Costeja Gonzalez, que solicitava a remoção de links sobre um leilão da sua casa, que ainda apareciam no Google, alegando que eles causavam uma invasão de privacidade.

Mario Costeja González, feliz com a decisão da corte europeia (Foto: The Guardian)

Mario Costeja González, feliz com a decisão da corte europeia (Foto: The Guardian)

Do ponto de vista dos delegados da comissão europeia de justiça, a decisão judicial foi um grande passo para a proteção de informações pessoais. "A não ser que exista uma boa razão para reter os dados, um indivíduo deve ter direitos legais de solicitar a remoção dessa informação. Os dados são propriedade do indivíduo, não da empresa", comentou Viviane Reding, uma das delegadas dessa comissão, em post no Facebook.

No meio desse tiroteio, o Google segue a legislação e promete para o fim de maio uma ferramenta específica para que os europeus possam solicitar a remoção de links da sua busca. Já existe um jeito de fazer isso, dentro das ferramentas de webmasters do Google, mas esse sistema não atende a todos os requisitos da justiça europeia.

Independentemente do desfecho imediato da situação, um ponto de reflexão importante é que tipo de consequências sociais essa nova legislação pode ter. Como determinar que informações são de interesse público – como a qualidade do atendimento de um médico, ou os antecedentes criminais de uma pessoa – e quais dados são privados? O quanto essas remoções de links poderão “desaparecer” com conteúdos que são fatos públicos? Será que esse tipo de atitude não acaba com o princípio de liberdade e transparência da internet?

Eu acabo tendendo a concordar com Mark Stephens – ainda que a decisão judicial tenha sido essa, continua sendo uma boa oportunidade para discutir uma solução mais adequada, que consiga garantir a privacidade dos cidadãos e continuar protegendo os direitos de livre expressão.

Os primeiros a pedir remoção de links do Google na Europa: políticos e pedófilos