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Como foi meu reencontro com Snake (mais 4 notícias)

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Como foi meu reencontro com Snake

Posted: 01 Apr 2015 01:00 PM PDT

snake

“​​O conceito de tempo é extremamente relativo. O conceito de realidade é relativo. Já não me recordo quando foi a última vez em que me encontrei livre desta caixa, o que talvez nunca tenha acontecido. Eu sempre estive aqui, preso em meus próprios pensamentos – ou isso tudo começou há poucos segundos?

Luto para me manter vivo desde que acordei nesta sala (quarto? leito?), mas ainda não sei se me encontro desperto ou se vivo em um abstrato surreal. Rapidamente se torna mais difícil me proteger e manter o controle. A respiração aumenta de velocidade, tudo gira rápido, fica difícil me esconder. Me levanto, custo a conseguir me sustentar no chão. Aos poucos, os passos fluem, me arrasto rápido, sem responder por meu próprio corpo. Corro desembestado, desorientado tento não acertar as paredes. Sinto o frio dos tijolos e não consigo mais me levantar. O fim se anuncia.”

Ei, você também, faz parte do meu rabãããão!

Lançado em 1987 e posteriormente adaptado para outras plataformas, Snake, que também responde por “jogo da cobrinha”, leva os games a outro patamar. O aglutinado de pixels que aumenta de tamanho enquanto luta para não encostar nas paredes pode ter sido um verdadeiro divisor de águas da atual geração.

snake-celular

Em retrospecto: a serpente passa a não caber mais nas telas limitadas do clássico Baby, da Telesp Celular, fazendo com que a indústria da tecnologia móvel se desdobre para criar um novo gadget que comporte as necessidades do ofídio. Assim tem início a era do smartphone, que, mesmo com seus inúmeros modelos, jamais conseguiu fornecer a mesma experiência de jogo da consolidada coqueluche dos anos 2000. (podemos tirar se achar melhor)

Com sua engine desenvolvida para Blockade, o título une a bossa dos gráficos minimalistas à paleta chiaroscuro, sempre num tom retrô conceitual. A leveza da serpente se torna possível pela flexibilidade com que os pixels são programados, de modo que um não toque o outro sem que isso resulte em um game over prematuro – uma apreensão que certamente se responsabiliza pelo grande sucesso do jogo.

A jogabilidade é sofisticada e igualmente minimalista: a partir das setas direcionais do teclado de seu celular/laptop/controle remoto/geladeira, o jogador movimenta o bloco de pixels em busca de um ponto menor – um rato, visto que cobras se alimentam de ratos. Quando se alimenta, a cobra cresce, tornando-se uma linha reta cada vez mais longa e faminta. E esse é o grande plot do game: você vive para comer, mas morre se comer errado. Ao todo, cem ratos serão comidos até o fim da linha.

O que realmente chama atenção em Snake é a dificuldade do jogo. Não, não há fases de água, tampouco chefões. No título, seu maior inimigo é você mesmo, o que por vezes pode ser fonte de reflexões – é quase impossível vencer sua própria confusão mental./

Mate a cobra, mostre o pau

É bem verdade que Snake deixa, em termos de dificuldade, muito Ikaruga no chinelo. O desfecho da narrativa ficará em débito, já que não consegui terminá-lo. Entretanto, a despeito de minha incapacidade para lidar com as muitas curvas e reveses do réptil, um jogador russo conseguiu finalizar o jogo com uma brilhante estratégia, numa partida de tirar o fôlego que pode ser conferida a seguir (contém spoilers):

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Essa é a história da serpente que desceu do morro

Embora seja pobre em termos de sonoplastia, a mágica do jogo se apresenta em forma tátil: o único recurso recurso sensorial (além do visual, é claro) que Snake utiliza é a vibração do aparelho que o reproduz, na maioria das vezes advinda da própria bateria do celular. Comeu o rato? Vibra. Encostou na parede? Vibra. Comeu o próprio rabo? Vibra. E é nesse ritmo que seguimos enquanto acompanhamos o emocionante percurso da naja: vibrando de emoção.

Nota: 9 de 10

Como foi meu reencontro com Snake








Smartbox: a caixa de correio high-tech do Google bem que poderia ser de verdade

Posted: 01 Apr 2015 11:14 AM PDT

O início de abril é marcado sempre pelas brincadeiras do dia da mentira. Não adianta: empresas do mundo inteiro tentam sair da formalidade para levar um pouco de risadas para o mundo. O Google é uma das empresas que se empenham até demais e fazem coisas mirabolantes.

Além do Pac-Man dentro do Google Maps, o gigante das buscas resolveu surpreender todo mundo com a Smartbox, uma caixa de correio inteligente. Ela organiza suas correspondências, notifica quando houver novas cartas, impede a ação de bisbilhoteiros e traz aplicativos para que você possa levá-la para qualquer lugar.

O mais legal de tudo isso é que o vídeo promove um serviço real da empresa, o Inbox, uma versão mais inteligente do Gmail. Lembrei do saudoso Gmail Paper.

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Não imaginaria que o Google faria seu primeiro uso do TLD .google em uma brincadeira de 1º de abril. É possível abrir uma versão inversa do Google digitando com.google no seu navegador. Sai tudo ao contrário – uma pena que ele não inverte as páginas da web também, mas acho que estou querendo demais.

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O Google também quer que você tenha um outro companheiro além do seu smartphone. Voltado para o mercado asiático, o Google Panda é um ursinho panda extremamente aconchegante que responde qualquer pergunta que você faça. Além de falar mais de 50 línguas, ele traz as respostas em 0,6 segundo. As garras do produto permitem que você carregue o Panda para onde for. Um weareable bem fofo, eu diria:

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Em dois tamanhos, o Google enfatiza que qualquer um pode usar o Panda, mesmo aqueles que não sabem usar o computador. Mal podemos aguardar para vê-lo nas prateleiras das lojas.

Smartbox: a caixa de correio high-tech do Google bem que poderia ser de verdade








Apple prepara inauguração da segunda Apple Store no Brasil, em São Paulo

Posted: 01 Apr 2015 10:30 AM PDT

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A Apple está terminando os preparativos para inaugurar a segunda Apple Store no Brasil: depois do Rio de Janeiro, é a vez da capital paulista receber uma unidade no MorumbiShopping, na zona sul da cidade. Nesta quarta-feira (1º), a empresa colocou um tapume com os dizeres "Apple Store Morumbi. Em breve", indicando que a inauguração deverá acontecer nas próximas semanas.

Segundo o Blog do iPhone, a Apple levou 20 dias entre a colocação do tapume e a inauguração da Apple Store no VillageMall, no Rio de Janeiro, no ano passado. A sinalização foi colocada no dia 23 de janeiro de 2014, enquanto a loja foi aberta ao público no dia 15 de fevereiro, em um sábado. Se a Apple seguir o padrão, deveremos ver a Apple Store Morumbi inaugurada no final de abril ou início de maio.

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O MacMagazine diz que a Apple está encontrando dificuldades para compor uma equipe para trabalhar na Apple Store Morumbi — este é o mesmo problema que a Apple havia enfrentado no ano passado para inaugurar sua loja no Rio, segundo as informações da época. Para resolver a questão, a Apple deve enviar parte da equipe do Rio de Janeiro para São Paulo.

Quando inaugurada, a Apple Store Morumbi vai se juntar às outras 453 lojas físicas que a empresa possui em 14 países. Esse número vem aumentando significativamente nos últimos meses devido aos chineses: em seis semanas, a Apple inaugurou seis Apple Stores só na China. No último trimestre do ano passado, 120 milhões de pessoas visitaram as lojas da Apple.

Apple prepara inauguração da segunda Apple Store no Brasil, em São Paulo








Como picuinhas políticas estão atrapalhando o desenvolvimento de startups

Posted: 01 Apr 2015 06:50 AM PDT

Quando os membros do SEED, aceleradora de startups sediada em Belo Horizonte, chegaram ao local de trabalho na última segunda-feira (30), tiveram uma baita surpresa. E não foi das boas:

Desculpe, estamos fechados (Foto: Christophe Chavey)

Desculpe, estamos fechados (Foto: Christophe Chavey)

Seria ótimo se fosse apenas uma brincadeira de primeiro de abril antecipada. Não era.

A SEED (Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development) é um programa de aceleração de ideias e está localizado no San Pedro Valley, em Belo Horizonte. Feita para “pessoas com brilho nos olhos, que sonham alto e querem fazer acontecer”, como consta no site oficial, o programa foi criado em 2013 pelo então governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB).

O programa era internacionalmente reconhecido como uma das mais importantes iniciativas de desenvolvimento do empreendedorismo no Brasil, sendo responsável por fomentar as ideias de 73 companhias de 12 países, que juntas faturavam R$ 23 milhões, gerando 145 empregos.

Entre os benefícios do programa estavam 40 mil dólares por equipe, um escritório compartilhado incrível, treinamentos, workshops, rede de empreendedores, parceiros, investidores… soa maravilhoso, não? E realmente era. Era.

seed

O programa começou a ser reavaliado no início de 2015, quando Fernando Pimentel (PT) tomou posse como governador. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) – para a qual o SEED foi subordinado neste ano – negou que o programa estaria em risco e que a reavaliação fazia parte de um amplo processo feito pelo governo para avaliar as iniciativas e políticas públicas criadas pelo último governo.

Apesar disso, diversos empreendedores foram surpreendidos com um recado no Facebook dado por uma ex-gestora: “Caros empreendedores, venho informar a todos que, infelizmente, a partir de amanhã o escritório compartilhado do SEED estará fechado. Sinto muito por avisá-los em cima da hora, mas ficamos esperando definições que até o presente momento não chegaram.” Segundo nota do governo, um “fechamento temporário”, mas sem garantias de que o programa irá retornar.

Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora e ex-membro do conselho que participou da criação do SEED, publicou alguns tweets que dizem muito sobre o descaso pelo qual o programa foi submetido. Ele afirma que se demitiu do cargo de conselho depois de não ser consultado sobre nenhuma recente decisão do programa. Mas que… bem, não havia a quem informar sua decisão:

O Estadão menciona que pode haver uma disputa pelo controle do programa entre Miguel Corrêa (PT), Secretário de Ciências e Tecnologia de Minas Gerais, e Altamir Rôso (PMDB), Secretário de Desenvolvimento. A informação foi negada.

Mas o que importa é: no presente momento, startups estão sem seus escritórios. Imagine chegar ao seu local de trabalho, aonde diariamente você se esforça para que suas ideias e sonhos aconteçam, e ele simplesmente está fechado. Desesperador. No entanto, como menciona Leandro Faria, o San Pedro Valley continua forte e ativo em Belo Horizonte. E melhor: sem depender do suporte do governo.

Capa da página do SEED no Facebook: ''O valor de uma ideia reside na sua utilização.'' (Thomas Edison)

Capa da página do SEED no Facebook: ”O valor de uma ideia reside na sua utilização.” (Thomas Edison)

E que aquele “brilho nos olhos” que a descrição oficial do SEED menciona retorne logo aos olhos de quem o encontrou fechado. Boas ideias são muito mais fortes que o descaso e picuinhas governamentais. Façamos elas acontecerem.

Como picuinhas políticas estão atrapalhando o desenvolvimento de startups








Review: Kit Kat capricha no design, mas peca no conteúdo pré-instalado

Posted: 01 Apr 2015 06:00 AM PDT

frente

O Kit Kat se tornou muito importante para o mercado de dispositivos móveis desde outubro de 2013. A versão 4.4 do sistema operacional do Google em parceria com a Nestlé está presente em diversos gadgets, como smartphones, tablets e barrinhas de chocolate. A novidade que está abalando o momento é o ovo de páscoa Kit Kat: será que ele é bom? O que compensa comprar, ovo de páscoa ou Moto G? Resolvemos colocar o tal do Kit Kat à prova.

Design, pegada e acabamento

Frente aos seus concorrentes, o Kit Kat é apresentado de forma bastante diferente. Começando que não se trata da embalagem convencional de um ovo de páscoa: por fora, uma embalagem de papelão (bem reforçado, por sinal) protege o Kit Kat contra as intempéries do tempo. Esse papelão forma uma espécie de caixa, isolando até mesmo a parte inferior do ovo.

Por causa dessa embalagem, é raro encontrar o Kit Kat junto dos seus concorrentes pendurados em varais – o acabamento premium faz com que o produto se encontre ao lado de concorrentes de ecossistemas mais fechados, como Ferrero Rocher e Kinder Ovo. Isso pode ser bom, já que melhora o posicionamento da marca, mas pode prejudicar as vendas, uma vez que o produto está distante do restante do mercado.

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A caixinha de papelão ajuda e muito na pegada do ovo de páscoa. Além de proteger o ovo, como disse anteriormente, ele evita a transmissão de calor da mão do usuário para o produto. No próprio papelão, existe também uma excelente feature que ajuda na hora de presentear: um campo de/para, que se encontra na parte traseira do produto. Me senti um pouco oprimido em relação a isso, uma vez que comprei o ovo de páscoa para mim mesmo.

traseira_detalhe

Unboxing

Dá para perceber os pequenos cuidados logo ao abrir o ovo: em vez de uma fita sem graça com o nome do fabricante, um laço cinza é responsável por selar o contato do ovo com o consumidor pela primeira vez. O mais legal de tudo é que o laço pode ser reaproveitado como uma gravata borboleta.

gravata_borboleta

Aberta a caixa, retirado o laço, hora de retirar o embrulho plástico. Na primeira abertura já é possível encontrar um objeto oval embalado em papel alumínio acima de uma base plástica similar a um copo para tomar canjica em festa junina de escola. Faltou aí o mesmo acabamento premium da embalagem: enquanto concorrentes como o iPhone até ostentam um acabamento metálico, fiquei decepcionado com o plástico barato adotado pela Nestlé.

ovo_aberto_aluminio

Retirado o papel alumínio, finalmente você encontra o produto.

ovo_aberto_estrias

Conteúdo pré-instalado

Com acabamento em pequenas estrias, a primeira vontade é largar logo a câmera, esquecer as fotos e comer logo o chocolate. Após as fotos, abri o ovo para finalmente descobrir o que vem dentro do ovo de páscoa.

ovo_interior

Eis aí a maior decepção até agora: a Nestlé só colocou um mísero Kit Kat minúsculo dentro do ovo!!! Desculpem-me, pessoal, mas cabiam confortavelmente mais duas barrinhas ou algum jogo ali dentro.

A segunda decepção surgiu logo depois: o preenchimento de Kit Kat na casca do ovo era extremamente deficiente e desigual: uma das cascas mal tinha qualquer calombinho de Kit Kat, como imaginava vendo a foto de divulgação. É um ovo que segue a experiência pure Google, mantendo o produto bem livre e permitindo que o consumidor recheie-o como preferir.

Desempenho

Peguei uma parte com os calombinhos de Kit Kat e comi. Gostei bastante do chocolate, embora tenha achado doce demais – pode ser porque prefiro chocolate mais amargo. A parte com o recheio é bem crocante, e a textura e sabor da parte bege do wafer balancearam um pouco o excesso de açúcar do chocolate.

pedaço

Comer a parte lisa é extremamente deprimente – se eu quisesse apenas chocolate ao leite, teria comprado um ovo de páscoa de chocolate ao leite. Com apenas um pequeno pedaço é possível se satisfazer de qualquer vontade de comer doce, já que tudo é doce demais.

Realizei todos os testes em um ambiente climatizado, com temperatura média de 20º. O chocolate não estava derretendo, mas estava longe de estar quebradiço – talvez a espessura do chocolate não ajudasse também.

É importante ressaltar o grande aroma de chocolate que começou a se exalar após a abertura. Meu quarto ficou parecendo uma loja da Cacau Show, de tanto cheiro de chocolate exalado no ambiente. Pelo menos o chocolate não é tão hidrogenado e gorduroso como o da loja.

Outro fator importantíssimo é que o Kit Kat roda com agilidade em dispositivos iOS. Veja o teste que fiz com meu iPhone 6 Plus:

kitkat

Considerações finais

Não está sendo fácil para o Google concorrer num mercado tão abrangente como os ovos de páscoa. Dado que estamos vivenciando uma crise econômica no nosso país, as fabricantes precisam convencer o consumidor de que aquele produto é ideal para ela. A embalagem do Kit Kat é extremamente chamativa, mas a localização no supermercado pode deixar a desejar.

traseira

Mesmo considerando todos os problemas de falta de uniformidade na distribuição de pedaços de Kit Kat, não posso negar que gostei do produto. Ao contrário de um chocolate ao leite convencional, a textura crocante coloca o Kit Kat em um patamar completamente diferente.

No mercado, a versão de 400 gramas é encontrada entre R$ 40 e R$ 50, valor bastante salgado para um simples doce. Se for para comparar o valor da barra com o ovo de páscoa, é óbvio que vale muito mais a pena comprar apenas as barras, já que elas entregam a melhor relação custo-benefício. No entanto, a barra não gera o mesmo efeito caso você resolva presentear alguém – é capaz do seu sobrinho não querer olhar na sua cara nunca mais.

Review: Kit Kat capricha no design, mas peca no conteúdo pré-instalado