Windows 10 suportará autenticação via chave USB e biometria (mais 2 notícias) |
- Windows 10 suportará autenticação via chave USB e biometria
- Snapdragon 415, 425, 618 e 620: os novos chips da Qualcomm para aparelhos não tão caros
- Como funciona o HTTP/2 e o que ele muda na sua vida
Windows 10 suportará autenticação via chave USB e biometria Posted: 18 Feb 2015 11:25 AM PST No rol de novidades que o Windows 10 promete trazer também há recursos de segurança: recentemente, a Microsoft revelou que a plataforma terá suporte nativo às especificações FIDO (Fast Identity Online). O que isso significa? Que você poderá fazer login no sistema operacional utilizando chaves USB e sensores biométricos de variados tipos. É verdade que, de uma forma ou de outra, o Windows já suporta autenticação biométrica. Prova disso é que não é difícil encontrar laptops com leitor de impressão digital, especialmente em ambientes corporativos. Mas, em muitos casos, este recurso funciona como uma camada adicional de proteção. O objetivo da Microsoft é oferecer um meio de autenticação que dispense digitação de senhas no login, mas que se mostre tão seguro quanto este método – ou mais. A FIDO Alliance vem trabalhando em uma solução que tenta atender a esta necessidade há meses. O resultado destes esforços é a criação das especificações atuais que, basicamente, combinam dois protocolos: UAF (Universal Authentication Framework), para autenticação sem digitação de senha, e U2F (Universal 2nd Factor), usado para login com um segundo fator de proteção (como um código fornecido por token). O U2F já é suportado, por exemplo, pelo Google. Em outubro de 2014, a empresa anunciou que o acesso aos seus serviços via Chrome pode ser protegido com uma chave USB compatível com o protocolo. Google e Microsoft fazem parte da FIDO Alliance, assim como tantas outras companhias, incluindo ARM, MasterCard, Visa, PayPal, Qualcomm e Samsung. Este aspecto remete à proposta das especificações FIDO: oferecer um padrão de autenticação universal, isto é, que pode ser adotado por várias empresas. No caso do Windows 10, o usuário poderá fazer login utilizando chaves USB, leitores de impressão digital, sistemas de reconhecimento de íris e qualquer outro mecanismo para autenticação biométrica, basta que haja compatibilidade com as especificações FIDO. Não termina aí: segundo a Microsoft, o usuário também poderá utilizar chave ou autenticação biométrica em serviços como Office 365, Exchange Online e Azure Active Directory, além de ferramentas de SaaS (Software as a Service) fornecidas por empresas parceiras. Por conta da integração mais ampla com o Windows 10, o acesso ao OneDrive e ao Outlook.com também será facilitado. A Microsoft explica que a atual build do Windows 10 Technical Preview já tem suporte à novidade. O problema é que testá-la não será uma tarefa tão simples: a quantidade de dispositivos para autenticação compatíveis com FIDO é muito pequena. Pode ser que este cenário mude radicalmente com a implementação das especificações no Windows 10, dada a abrangência da plataforma. Mas, até lá, as senhas continuam sendo um “mal necessário” à maioria dos usuários. Com informações: ZDNet Windows 10 suportará autenticação via chave USB e biometria |
Snapdragon 415, 425, 618 e 620: os novos chips da Qualcomm para aparelhos não tão caros Posted: 18 Feb 2015 09:44 AM PST A Qualcomm anunciou nesta quarta-feira (18) uma nova linha de processadores para smartphones e tablets intermediários. Os novos Snapdragon 415, 425, 618 e 620 possuem suporte a conexões 4G, trazem tecnologias atualizadas e devem aparecer no mercado até o segundo semestre do ano. O chip mais poderoso dos quatro é o Snapdragon 620, que deverá equipar dispositivos um pouco mais caros, aqueles que você normalmente encontra por pouco mais de mil reais. Ele traz um processador octa-core, sendo quatro núcleos Cortex-A53 de 1,2 GHz (baixo consumo) e outros quatro novíssimos Cortex-A72 de 1,8 GHz (alto desempenho), que a ARM apresentou no início do mês e entregam até 90% mais performance. O Snapdragon 620 terá uma GPU Adreno da "próxima geração", que a Qualcomm ainda não detalhou, suportará câmeras de 21 MP e possui modem LTE Cat 7 (300 Mb/s de download e 100 Mb/s de upload). Assim como o Snapdragon 810, ele está preparado para vídeos em 4K, com decodificação de HEVC por hardware. As telas, no entanto, "só" podem ir até 2560×1600 pixels — o Snapdragon 810 permite displays 4K. Já o Snapdragon 618 é o irmão hexa-core do Snapdragon 620. Todas as especificações são iguais, com exceção da CPU: aqui, são quatro núcleos Cortex-A53 de 1,2 GHz e apenas mais dois Cortex-A72 de 1,8 GHz. Para smartphones intermediários, como o Moto G, a Qualcomm está lançando processadores octa-core mais acessíveis. O Snapdragon 415 é um octa-core Cortex-A53 de até 1,4 GHz, enquanto o Snapdragon 425 chega a 1,7 GHz. Ambos trazem uma GPU mais simples, a Adreno 405, suportam apenas 1080p e se conectam a redes LTE — Cat 4 no Snapdragon 415 (150 Mb/s e 50 Mb/s de download e upload) e Cat 7 no Snapdragon 425 (300 Mb/s e 100 Mb/s). Os novos chips da Qualcomm também são uma resposta à MediaTek, que, se ainda não oferece processadores de altíssimo desempenho como o Snapdragon 810, vem trazendo boas opções nos segmentos mais baixos, com chips octa-core para smartphones e tablets acessíveis. É quase um novo Intel vs. AMD. Snapdragon 415, 425, 618 e 620 devem chegar ao mercado nos smartphones e tablets lançados na segunda metade de 2015. Segundo o IDC, os aparelhos intermediários de até R$ 900 são os que mais vendem no Brasil — justamente a faixa de preço que os novos processadores da Qualcomm devem ocupar. Veremos o que vem por aí. Snapdragon 415, 425, 618 e 620: os novos chips da Qualcomm para aparelhos não tão caros |
Como funciona o HTTP/2 e o que ele muda na sua vida Posted: 18 Feb 2015 08:39 AM PST Quando você começou a acessar a internet? Se foi depois de 1999, você está usando o mesmo protocolo que usa atualmente para acessar páginas da web, o HTTP/1.1. Após 16 anos sem grandes atualizações, o Internet Engineering Steering Group (IESG), órgão responsável por revisões técnicas nos padrões da internet, aprovou o HTTP/2 nesta quarta-feira (18). Mas o que é isso? E o mais importante: que diferença ele vai fazer na sua vida? A gente explica. O que é HTTP? Como se alimenta? Como se reproduz?A internet é formada por algumas camadas (quatro ou sete, dependendo da sua religião). A mais próxima de você é a camada de aplicação, que reúne protocolos para funções específicas. Tem o IMAP, que seu cliente de email usa para baixar suas mensagens; o NTP, que mantém o relógio do seu computador sincronizado; o FTP, para baixar e enviar arquivos; o BitTorrent, usado para fazer download de… distribuições Linux; e muitos outros. O HTTP é um protocolo desenvolvido originalmente para distribuir conteúdo hipertexto — ou seja, textos com hiperlinks que conseguem levar você a outros textos com hiperlinks. Você usa o HTTP todos os dias para acessar páginas da web, e ele está tão onipresente que seu navegador provavelmente já nem exibe mais o http:// na barra de endereços como fazia antigamente. A primeira versão do HTTP que conhecemos é o HTTP/0.9, publicada em 1991, que servia apenas para transferir texto de um servidor para o seu computador. Em 1996, quando a internet comercial engatinhava no Brasil, foi finalizado o HTTP/1.0. Entre as novidades estavam a possibilidade de incluir outros tipos de arquivos numa página, como imagens (uau!) e o novo método POST, para permitir que os usuários não apenas recebessem, mas também enviassem informações para um servidor, como termos de pesquisa num buscador e mensagens em redes sociais. O protocolo que a maioria dos sites usa atualmente é o HTTP/1.1, lançado em 1999. Ele permitiu que a web continuasse crescendo ao resolver alguns problemas do HTTP/1.0, como o alto uso de dados. Com o novo HTTP/1.1, as páginas poderiam ser comprimidas pelos servidores e descomprimidas pelo computador do usuário. Dessa forma, seria possível baixar de maneira mais rápida uma página com um incrível modem de 28.800 bits por segundo de última geração. Se o HTTP/1.1 está funcionando, por que inventaram outra versão?Na verdade, assim como aconteceu na transição do HTTP/1.0 para o HTTP/1.1, a versão atual do protocolo está começando a mostrar sinais de cansaço. As páginas da web ficaram muito mais pesadas nos últimos anos, incorporando cada vez mais imagens, vídeos e outros elementos externos, como fontes personalizadas e arquivos CSS e JavaScript. O problema de muitos elementos numa página é que o HTTP/1.1 é um protocolo sequencial: seu navegador abre uma conexão, solicita um arquivo ao servidor do site, recebe o arquivo e só depois pede outro arquivo. Para minimizar essa perda de tempo, os navegadores normalmente abrem múltiplas conexões (algo entre quatro e oito) por servidor. Assim, o browser pode baixar vários elementos ao mesmo tempo e acelerar o carregamento da página. Mas, como boa parte das páginas incorporam elementos de vários servidores (vídeos no YouTube, fontes no Google e imagens num servidor de cache, por exemplo), isso significa que seu navegador pode acabar abrindo dezenas de conexões só para carregar uma página. Obviamente, isso congestiona e monopoliza o uso da rede, prejudicando outras aplicações, como ligações VoIP — é por isso que você configura um limite de conexões no seu cliente torrent. Além disso, abrir novas conexões a todo momento significa que seu navegador precisa fazer negociações a todo momento. Para cada solicitação de arquivo, o servidor do site e seu navegador trocam cabeçalhos, que incluem o user-agent, com a versão do seu navegador e sistema operacional, por exemplo. Algumas dessas informações não mudam a todo momento, então está havendo um grande desperdício de tráfego em páginas com muitos elementos no HTTP/1.1. Portanto, o principal problema que o HTTP/2 tenta resolver é o das múltiplas conexões. O que mudou em relação ao HTTP/1.1? E por que os sites vão ficar mais rápidos?No HTTP/1.1, o navegador abre uma conexão para baixar um único arquivo. Se essa conexão ficar ocupada por muito tempo, seja porque o arquivo é muito grande ou porque o servidor está lento para responder, o carregamento da página simplesmente trava no meio do processo. Há como amenizar esse problema abrindo múltiplas conexões, mas isso é apenas uma gambiarra, não uma solução. Já o HTTP/2 usa multiplexação, um nome complicado para dizer que o navegador abre uma única conexão para baixar múltiplos arquivos. As requisições e respostas são paralelas e assíncronas: seu navegador pede vários arquivos ao mesmo tempo e recebe-os assim que eles estiverem prontos, na mesma conexão. Mas e se uma imagem na página, por exemplo, for pesada demais? Não tem problema: na mesma conexão, é possível misturar os dados, recebendo parte da imagem, depois um arquivo totalmente diferente e por fim o resto da imagem que faltava. Sensacional, não? Outra novidade do HTTP/2 é o que está sendo chamado de server-push. Se você der uma olhada no código-fonte do Tecnoblog, verá que há uma série de chamadas para elementos externos, como arquivos CSS e JS. No HTTP/1.1, seu navegador precisa primeiro solicitar a página, ler o código-fonte em HTML, interpretar que ali há chamadas para elementos externos e então solicitar esses tais elementos. Só que, com HTTP/2, o servidor poderá mandar esses elementos antes do seu navegador pedi-los. Dessa forma, assim que seu navegador solicitar nosso index.html, o servidor poderá responder com o index.html, o style.css, o tb.css, o jquery.js e o favicon.png. Quando seu navegador se der conta de que precisa usar esses arquivos para renderizar a página, eles já estarão no seu computador, prontinhos para uso. Isso é mais eficiente e todo mundo fica feliz. Além disso, no HTTP/2, os cabeçalhos serão comprimidos com um formato chamado HPACK. Sempre que seu navegador solicita um arquivo, ele precisa baixar o cabeçalho desse arquivo, que pode conter o tamanho do arquivo, as informações do servidor e um cookie. Geralmente, um cabeçalho não passa de 1 KB, mas imagine isso se multiplicando por dezenas de arquivos? Com a compressão nos cabeçalhos, o uso de dados será menor — e as páginas carregarão mais rapidamente, claro. E quando vou poder usar isso?As especificações do HTTP/2 foram finalizadas nesta quarta-feira (18) e agora estão sendo encaminhadas para se tornarem um padrão. O Internet Explorer do Windows 10 Technical Preview já está pronto para o HTTP/2. O Google anunciou que o Chrome ganhará suporte ao HTTP/2 nas próximas semanas — o HTTP/2 traz algumas ideias do SPDY, protocolo que o Google começou a desenvolver em 2009 para acelerar a web; por causa do novo padrão, o SPDY será descontinuado. A Mozilla está testando o HTTP/2 no Firefox desde a versão 34. Do lado dos servidores, a coisa também está andando bem. Tanto o Apache quanto o nginx já incluem suporte experimental para o HTTP/2 com base nos rascunhos da especificação lançados em 2014. O IIS, da Microsoft, possui suporte ao HTTP/2 no Windows 10 Technical Preview. A adoção da nova versão do protocolo deverá acontecer ao longo dos próximos meses e anos — a migração acontecerá aos poucos, e certamente conviveremos com sites HTTP/1.1 e HTTP/2 lado a lado durante um bom tempo. Como os principais navegadores e servidores já estão preparados ou se preparando para o HTTP/2, ele não deve demorar para dominar a internet. Nossas conexões agradecem. Como funciona o HTTP/2 e o que ele muda na sua vida |
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